Coleção pessoal de Agno_marl
Ando no traçado do tempo a procura de mim mesmo até hoje não sei quem sou, mas sou um caminhante e não um conformista.
Sou um eterno aprendiz que no traçado da história tenta entender quem sou. Sou apenas um caminhante à procura de mim mesmo.
Há muitos anos me pergunto quem eu sou. Quanto mais me pergunto, menos sei quem sou. O que penso que sou não é o que sou.
Eu não falo porque quero salvar alguém. Eu falo porque gosto. Quem sou eu para salvar alguém? Eu é que tenho que me salvar!
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.
Aliás – descubro eu agora – eu também não faço a menor falta, e até o que escrevo um outro escreveria.
Eu choro, eu rio, eu amo
Eu apaixono, eu gosto, eu odeio
Sabe por que?
Porque eu posso, porque sou humano
Que eu seja melhor, não melhor que ele ou que ela;
mas melhor que eu mesmo.
Que eu possa surpreender, não por fazer melhor que os outros;
Mas por fazer acima daquilo que eu acreditava ser meu limite.
Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio – e eis que a verdade se me revela.
Me descubro um pouco mais a cada dia, minhas ânsias e desejos... isso é fundamental para dizer quem eu sou, porque às vezes eu mesma me surpreendo...
Minha vida está nos meus poemas,
meus poemas são eu mesmo,
nunca escrevi uma vírgula
que não fosse uma confissão.
A depender de mim
Os psicanalistas estão fritos
Eu mesmo é que resolvo os meus conflitos
Com aspirina, amor ou com cachaça
Os gritos todos virarão fumaça
A dor é coisa que dói e que passa
Curar feridas só o tempo há de.
Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Eu não sei quem sou
Nem porque "faço"
E às vezes me sinto vivo
Quando quebro um desses objetos chatos
Que a gente esbarra sem querer
Daí escreve como quem levasse uma topada.