Coleção pessoal de AgacianeLima
A Última Recepção
Quando a morte, imponente e inexorável, se revelar à minha porta, eu a acolherei com uma serenidade contemplativa, pois sou uma alma desgastada, vagando nas profundezas nebulosas de uma mente inquieta, onde a melancolia se aninha como um eco persistente, reverberando as fragilidades da existência. Ao me buscar, seu abraço gélido será um convite à verdadeira libertação, envolvendo-me na escuridão sem reservas, descortinando a verdade de que, há muito, já era um espectro, perdida em um mundo indiferente ao meu sofrimento.
Quando a morte se aproximar, o temor e a ansiedade se dissiparão como névoa ao amanhecer, dando lugar a um último suspiro, ansioso por abraçar a paz tão ardentemente desejada, encerrando o ciclo de tormentos que me perseguiu em um labirinto de ilusões e quimeras. E se, ao chegar, a morte tentar me aprisionar, direi que não há luz capaz de dissipar a escuridão que reside na essência do meu ser. Quando finalmente decidir me levar, não será um fim, mas uma transcendência, a tão almejada emancipação de uma angústia que, sem razão aparente, me mantém cativa nesta cela de dor e solidão, onde a busca pelo sentido se transforma em um eco distante, ecoando na vastidão do cosmos, convidando-me a dançar entre as estrelas da eternidade.
Estrela Noturna
Na calma da noite, teu encanto se mostra,
Pele suave, cabelos como a noite gostosa.
Um sorriso que hipnotiza, uma voz que encanta,
Inteligência cativante, em ti o mundo se encanta.
Nos versos da vida, te encontrei,
Como estrela brilhante, te admirei.
Me fazes bem, como uma brisa suave,
Tua presença é meu abrigo, meu porto seguro e chave.
Teus olhos, estrelas em um céu sereno,
Em teus braços, encontro meu refúgio ameno.
Teu ser, um encanto que seduz,
Em teus olhos, um céu de luz.