Coleção pessoal de adrianogama

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Ela tem um olhar como o cosmo, misterioso, porém cheio de brilhos!

A vida é passageira, por isso busco passear com você!

Eu viajo na velocidade da luz, veja... — Fui e voltei, você nem percebeu.

Nunca provoque a ira de alguém, mais tarde quem pode ficar irado é você.

AMOR E MEDO

É na grande explosão do amor
Que não conhecemos o efeito

Que causa no coração, um defeito
Incomum e nos invoca uma dor
De tanto tormento, de tanto pavor
Faz cair sobre a magnitude o feito

Da espada que se engasta no peito,
É o Amor que exprime o seu valor.

A tensão cresce, alucina mas prefere
Saber que nem a dor, nem o medo
Possa vencer o Amor que se refere,
Realça o medo de perder-te que cedo

Trouxe a dor nessa explosão célere,
Meu Amor por ti não é mais segredo.

A CARÍCIA PERFEITA

Valiosos afagos, que desejei
Ofertou-me com benevolência
Num gesto castiço e decência
Do puro amor que saberei

Se eterno ou célere, ocasional
Cicatriz tatuada no confinamento
No suspense do maior sentimento
O amor nasce de modo especial

Do nobre sentimento vivenciado
Que não tem fim ou de ocasião
Seu amor descomunal, sou viciado

Tanto bem faz ao meu coração
Desse vício não quero ser curado
Esse amor não tem explicação.

FIM DE UMA ESPERA

A ânsia desta espera
finda-se ao sentir
teu alento voraz,
que devolve a meu peito
o fôlego da existência.
O calor do nosso beijo
acende meu coração,
aquece a minha alma
e liberta a perspectiva,
antes encarcerada na solidão
dos meus silenciosos sonhos.
O brilho do teu olhar
reflete no mar azul
do nosso Amor
a intensa emoção,
salva na confiança
de cada amanhecer
fazer valer
a nossa esperança.

Se quem ama cuida, por que será que você não cuidou de mim?

A decepção é a vida te livrando do mal em que você estava.

Embaracei-me no platônico,
já jurei o incondicional,
apenas encontrei um eterno:
— O Amor de Mãe é especial!

As melhores coisas da vida estão na simplicidade.

ESFERA DO AMANHECER

A luz do sol ainda parca entalha
Aurora em vidas ora interferidas
Pelas farpas de espinhos e feridas
Quão árduas marcas de batalha,

A luz do sol ainda fraca trabalha
Em vidas de histórias fenecidas
Renegando qualidades perecidas
Impetradas de uma jornada falha,

A luz do sol que crema se conhece
Os acúleos de um fluxo irregular
Deixados pelos azos de uma fera,

A luz do sol que tece e amanhece
A procura deste influxo singular
A doar a paz extensa nesta esfera.

TEMPO DE RAPINA


Tempo de rapina que me impressa
Monções com ampla velocidade
Onde o segundo não se interessa
Em passar na queixa da saudade,

Mesmo que passe com muita pressa
Nos dias com certa dificuldade
Pois não há nada que me impeça
Em tempo transir amenidade!

Pois, a hora fria que se importe,
Vou ao encontro do inusitado
Nos versos cálidos que me aquece,

Porque poesia como suporte
Que leva a um mundo ilimitado
Pára o tempo e a gente o esquece.

POEMA DO RECOMEÇO

Não mais que de repente
O absurdo saiu do raio
De um círculo aparentemente
Regular

Não transparecia sua forma
Tal qual seu ego coincidia

Por se mesmo respaldava-se
Ignorando os sentidos
Que lhe foram atribuídos
A extinguir suas intolerâncias

Com tanto peso e absurdo
O círculo partiu-se em meia lua

Uma banda sem sentido
Tomou o espaço sem respaldo
E se perdeu dentre as estrelas
Não conseguiu retornar

A outra
Não mais que de repente
N’outra banda
Recomeçou a brilhar.

PROCURA-SE UM AMOR

— Procura-se um Amor.
Dizia desesperadamente
A placa... Ao súbito.
Afinal, onde encontrá-lo?

Sim, o Amor pode estar
Dentro do inusitado,
Escondido numa sombra
Ou atrás dos olhos fechados

De uma mulher a espera.

Abra-te mãos e mostre
Suas feridas marcadas
Pelos aplausos aos
Amores ludibriados, mas,

O Amor não se decepciona,
Ele se renova, revigora mesmo
Quando não é estimulado;
Ah, esse Amor, onde estás?

Meu Amor, saia da sombra,

Abra os olhos, não espera,
Veja meu coração palpitado
E receba de seu interior o Amor
De onde nunca foi citado.

POEMA DA SEPARAÇÃO

De um núcleo da degenerescência
Escapou para a vida irresoluta
E alma bendita que outrora
Encontrara disposta a enfrentar
O vale das incertezas

E o tempo que passou foi pouco
Pelo que outorgou, mesmo assim
Alivia em si a compleição de bronze
Intercalada na pele
E formas meticulosas

Alí onde e antes encobria
O desejo venerado
Que escarpava o terreno
Do rubro músculo
Que não parava de pulsar

Ainda que a luz devorasse as sombras

E eles iam, sonhavam e deleitavam
Caiam, levantavam e andavam
Até que um dia
Caíram num núcleo e...
Degeneraram-se.

OBLAÇÃO DO PENSAMENTO

Em uma longa vibração positiva
Que vem de um lugar distante
Toca meu coração a cada instante
Como uma energia cheia de vida

Que vem ao vento, traz sentimentos
Provocado pelo anseio de te querer
E livra-me da solidão só em saber
Que estás comigo em pensamentos.

Eu fecho os olhos, esqueço de tudo,
Vou ao seu encontro e nossa metade
Une-se como nunca antes aconteceu

E a restrição do mundo fica mudo,
Perde o tempo e o espaço à vontade
Porque agora só existe Você e Eu.

MENINA DANADINHA

Menina danadinha
na fiúza do que faz,
vou em busca outra vez
dos teus temidos ais!

Menina danadinha
repleta de confiança,
nas curvas do teu corpo
está a minha pujança,

A noite uma criança
na fiúza do que faz,
bate em minha porta
mas, ela, não me traz,

Irei encontrar talvez
debaixo desta lua,
vou em busca outra vez
da volúpia pele tua,

As minhas alegrias
não se apagarão jamais
nas exterioridades
dos teus temidos ais!

FACE A FARSA


Feixe — de vara — sujo e condenado
Em contorno de um machado afiado
Subversor medido a golpe dado
Marcha com o corpo decapitado;

Procuras patente que não se aponta
— Ainda devotarias apreço militante
Se conotar símbolo semelhante
Prenda-o que será temida afronta;

Acéfalo de natureza — anomalia
Se procuras amainar esqueça
Aceite-se que és um ser sem cabeça;

Paradoxo de incerteza — antinomia
Se outrora via-se versus a ver
Conjugas agora o verbo vencer.

CORAÇÃO VALENTE

Estreitas veredas
não remetem a nostalgia
sobrepujada no trajeto
de infinitos passos,

Imunes às provocações
que a vida impôs,
traduzis imponente precursor
do mistério abstruso d′esta passagem,

De coração denodado
conformação oblata,
chegarás até o fim.
Mesmo sabendo que não tem fim.