Coleção pessoal de AdiosGuri
Pampa
Eu no pampa a observar
E tu vens de vermelho
Vende vermelho
Na mirada, no andar
Eu te compro sem zelo
Me aflora a alma
És a flor aguardada
Na minha flora, floreiro
Se acerca, tão amarga Alvorada
Logo, Faiscante aurora vermelha
Vai embora, noutrora noiteia
Do cerco, Quero-quero em revoada
Vil ilusão que a mente cria
Luna ao cerrado se faz presente
Serrado o anseio e de presente
Tu, verso andante vermelharia
E em todas aquelas idas e vindas, já
não existe mais cor,
As palavras perderam o valor,
Culpa do teu erro...
...do nosso erro!
Não preciso que me queiras,
Nem que as minhas verdades sejam
por ti aceitas.
Apenas não me olhes mais,
Deixe-me em paz.
Acredito que algum dia alguém
entendera,
Um dia vão saber,
Nos meus olhos irão notar,
E tudo ira se resolver.
E não, eu não quero recomeçar,
Não quero uma nova chance,
Eu não quero escultar,
Não quero uma revanche.
(eu não quero nem saber)
Eu preciso me afastar,
Preciso de um tempo,
Preciso me encontrar,
Tocar minhas mágoas ao vento.
(preciso de paz)
Ah guria, porque demoras tanto a
chegar?
Porque foste tão longe?
Eu preciso te abraçar.
Falar que você é importante.
Apenas saiba que amor igual ao meu
não terás,
Nunca irá sentir,
Pois não existe quem queira-te mais
E nunca irá existir.
Eu nunca fui de lembrar,
Prefiro esquecer...
Em teus olhos não mais olhar,
Dos meus ouvidos a tua voz
emudecer.
Eu vaguei por longínquas ruas,
Dormi nos mais duros colchões,
Eu vi nascer e morrer diversas luas,
Encontrei as minhas e as tuas
desilusões.
(mesmo assim eu não queria voltar.)
E se eu queimar,
toda memória existente,
E acreditar,
Que existe um mundo diferente.
Eu vou chegar em um lugar só meu.
...Pois entre nós havia algo celestial,
que eu precisava ter,
algo gigantescamente especial,
que eu não conseguia entender.
(nem explicar.)