Coleção pessoal de Adhair
Se, ao acaso, um dia tu estiveres lendo isso, quero que saibas que eu nunca ti esqueci, que a minha vontade era sempre de ir ao teu encontro, abraçar-te e te beijar.
Minha vontade sempre foi me dissolver para dentro de ti, para que pudesse em ti permanecer e ir contigo a qualquer lugar, como a areia cai aonde o vento sopra.
Estar contigo é o que eu quero e o que sempre vou querer, voce querendo ou não, me ganhou, me tomou, sou seu, sempre...
No primeiro verso de criei,
No segundo, te descrevi.
O último verso iniciei,
Entretanto, não te conclui.
Assim deixo-te: começo e meio
Sem fim...
Agora, ando perdido em meus pensamentos na luta entre te esquecer e te lembrar, sendo que quando faço o primeiro o segundo acontece inconsciente.
Dizem que a força do pensamento atrai, se verdade fosse, estarias aqui.
Me pediu:
que não a deixasse,
que ficasse sempre.
Afirmou:
que eu era tudo aquilo que ela pediu a Deus,
que eu era seu porto seguro,
que percebeu o quanto precisava de mim.
E no final:
simplesmente me pediu para lhe esquecer...
Sentado aqui te vejo. Vejo minha vida, o futuro espelhado num denso brilho de olhos lupinos. A grande beleza de um pequeno ser.
E me pergunto se não é a vida novamente me preparando uma cilada: voluptuosa cilada! As marcas de um triste passado me faz temer o incerto futuro. Ah, o amor! Diga-me, porque não podes ser verdadeiro se quem me diz que é verdadeiro verdade não fala? Serás que realmente existe? Ou é simplesmente um sentimento criado para suprir a necessidade de não se estar sozinho?
A certeza que tenho se torna incerteza quando penso que ti tenho e ai vejo que já não tenho mais nada...
E se segue, a tortuosa e incógnita estrada da vida.