Coisas Novas

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A imagem diferente do espelho neoliberal é a ameaça ao avanço do projeto capitalista como um todo, no final do século.

Inserida por cristiane_neder

Com a revolução digital, é possível, para populações de inúmeras nações, integrarem-se sem sair do lugar físico onde estão situadas; é uma espécie de “alma digital”, que se desloca do corpo físico através da conexão entre objeto-máquina com o ser humano, em formato cibernético, pois o ser humano deixou de ser somente um corpo físico representado em uma figura com pele e osso e passou a ser um elemento imaginário dentro de uma rede eletrônica chamada de “information superhighway”, interligando
todas as pessoas, empresas e órgãos políticos e diversos segmentos sociais
por meio da Internet, da televisão a cabo, do computador, dos satélites de
comunicação e da telefonia celular.

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Com o advento das novas tecnologias de comunicação, no campo
de domínio territorial, o que se vê é que hoje o mais importante não é delimitar
os espaços de ocupação territorial (como antes era por espaço físico ocupado) ou por partes de determinado solo de uma nação sobre a outra. Hoje, a ocupação de idéias nos espaços mutantes das nações é o mais importante. Espaço mutante, porque é o espaço ocupado de forma globalizada, ou seja, um pedaço de cada nação em que não há nação nenhuma.

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As idéias flutuantes em espaços transnacionais geram comportamentos coletivos, e são muito mais perigosas do que as forças armadas de uma nação, porque as forças armadas usam força e violência para ocupar determinado solo, enquanto os meios de comunicação usam a sedução, a linguagem ideológica disfarçada de entretenimento e informação,
e sem espaço aéreo delimitado. Porque as parabólicas e os satélites são os
melhores soldados contemporâneos.

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Hoje, o mais alarmante para a humanidade não são as armas
químicas, como na Guerra Fria e nas Guerras da Terra. A Era da Informática
e da Informação é marcada pelas bombas de dominação psicológica, pelas bombas das desigualdades sociais produzidas pela globalização, mais nocivas do que bombas químicas porque derrubam e atacam nações e
governos sem demonstrar de forma transparente a arma que foi usada; formam opiniões e “estrangeirizam” nações inteiras sem mobilizar nenhum
representante do exterior. Tudo é feito por meio de imagens e mensagens de
forma estrategicamente elaborada e oficializada, como se nenhuma palha
tivesse sido movida do palheiro.

Inserida por cristiane_neder

O sonho do homem de estar em vários lugares ao mesmo tempo começa a se realizar por meio das novas tecnologias de comunicação. A maior influência, assim, é satisfazer sua vontade de ter infinidade na vida e no espírito, deixando seus rastros, marcas e registros históricos marcados para o
futuro.

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Devemos analisar o quanto a sociedade se apresenta como meio de sedução para os meios de comunicação e, por outro lado, o quanto os meios de comunicação também são sedutores, por serem objetos de poder de informação e de domínio público.

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O poder não é um elemento próprio enraizado nos meios de comunicação, mas um elemento que faz parte da condição normal do ato de passar informação, da posse do saber ou da crença de saber.

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O discurso das falas ideológicas é mais perigoso do que as forças armadas para ocupar uma nação.

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Cabe discutir em que grau de persuasão ocorre a interferência
do poder das mídias na sociedade, quais são suas influências, pequenas ou grandes, na esfera política. Independentemente se de forma civilizatória ou colonizadora, não há como negar um papel político aos meios de comunicação e que seus poderes foram ampliados com a chegada das novas tecnologias de comunicação, prolongando, aumentando e até modificando
aquilo que o rádio e a televisão já fizeram.

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O problema é que há sempre, por detrás desses interesses, um boneco ou símbolo para representar seu funcionamento, como talvez Gorbachev e a Perestroika foram. É aquilo que os meios reforçam como desejo popular.

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Na antigüidade, a religião (clero) e a nobreza (reis) simbolizavam o
poder e, para não serem contestados usaram durante séculos uma estranha
figura sem face para simbolizar Deus. Da figura platônica do paraíso
representado pelo céu, que ninguém sabe como é, ainda hoje as instituições
conservadoras mantêm essas incógnitas intactas, no intuito de resguardar o seu poder.

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Houve, nesses anos todos, a capacidade de mudança da
colocação de poder, sendo que o poder nunca morre: ele só se transforma e se
personifica em outras espécies, como nas entidades políticas e em seus
representantes; amanhã, pode ser nos robôs, na moderna tecnologia, e depois
transferir-se para a mídia.

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O poder já não se concentra nas mãos dos políticos somente, até
porque essa classe anda perdendo o poder para artistas, religiosos,
empresários e outras personalidades que a mídia fabrica, ou para o próprio
poder da mídia, colocando-se como poder principal através da sua influência na sociedade, apresentando vácuos de imperfeição na vida e na imagem dos políticos, nos casos de corrupção, traição familiar, falta de ética, etc. Porque a grande preocupação da mídia é resguardar o poder para si própria em primeiro
lugar.

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Uma das maiores influências que as novas tecnologias de comunicação podem exercer na formação e na estrutura política mundial é a de auxiliar regimes e sistemas políticos a ficarem descobertos.

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As novas tecnologias de comunicação servem como o “buraco da fechadura” de um país para o outro, em que um país pode supervisionar o outro sem usar espiões, aviões ou submarinos, radares terrestres, aéreos ou marítimos; elas anulam por completo a velha idéia de muros altos para sistemas políticos fortes e autoritários.

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As idéias de muro de Berlim e Cortina de Ferro estão anuladas, não porque o comunismo mudou ou porque a Guerra Fria, tenha acabado, mas porque as comunicações no mundo mudaram. A grande revolução não veio das armas, mas da palavra e da imagem. Havia um mundo estruturado antes e depois do muro de Berlim e da Cortina de Ferro; havia também um mundo estruturado antes e depois de satélites, parabólicas e Internet.

Inserida por cristiane_neder

Não há como pensar mais em “guardar segredos” em um mundo globalizado, televisionado, plugado e conectado, do Oriente ao Ocidente, 24 horas por dia, de sol a sol. E por mais que jornal, televisão ou rádio tentem enganar as pessoas com idéias ou imagens manipuladas sobre determinado
assunto, pessoa ou coisa, não conseguem mais, porque há os movimentos de poder alternativos, os grupos que não se atemorizam com a pressão de governos, religiões ou empresa e capital.

Inserida por cristiane_neder

Os grupos alternativos de poder são os que, por exemplo, fazem na Internet movimentos contra Pinochet; são os zapatistas; são os curdos. Deles
todos recebo mensagens via Internet. A eles, os meios de comunicação nunca deram licença para se manifestar, e só agora, com a Internet, eles podem tirar o “esparadrapo da boca”. Antes, puderam fazê-lo com as rádios piratas e os jornais alternativos, como o Pasquim, mas com a ameaça constante de intervenção do Estado:
agora os Estados não têm controle sobre a imensa Torre de Babel da
Internet, porque a rede é muito maior do que a malha de qualquer autoridade.

Inserida por cristiane_neder

Os novos rebeldes, hoje, são os guetos que nascem à margem do
desenvolvimento tecnológico, enquanto a tecnologia se reproduz nos
laboratórios das multinacionais, vinda do berço das forças armadas, sendo que foi do medo americano de um ataque nuclear soviético que se originou a rede das redes, tornando possível a conexão entre milhões de computadores diferentes. A ideia de multiplicar a rede surgiu nos anos 60, quando Paul Baran concebeu uma rede de computadores na qual cada máquina seria capaz de orientar o trabalho das outras, independentemente.

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