Cobra
As entregas que a vida cobra de quem renega o vazio não têm que ser sofridas, como sempre ocorre nesses casos de vidas que se juntam. É uma regra básica das questões de fusão sentimental e dos encontros amorosos tecidos pela sorte. Urge que as tais entregas de fato sejam trocas. De nada adianta esse velho doar que faz doer pelo quanto se flagra solitário. Pelo que se percebe num aquário tão triste quanto belo.
Esse tal “a dois”, eivado de vantagens para só um, antecipa o vazio que se nega pelas palavras e, no entanto, rega o caminho dos que sobram dessas vantagens. Daí se faz necessário que a verdade se muna do amor que nos une a outra pessoa. Faz-se de fato imprescindível que ninguém ame se não for para ser feliz. Amor não combina com infelicidade, sob pena de não ser amor, mas uma grave patologia.
A visão da esquerda, cheia de inveja e ressentimento, cobra seu pior preço daqueles que estão na base – sejam negros ou brancos – que encontram nessa visão paranoica uma desculpa para atitudes e comportamentos contraproducentes e, em última análise, autodestrutivos.
Ainda sinto,teu corpo,
Como sinto...
A volúpia ardente dos teus beijos,
e meu prazer cobra-me tua presença,
quando em lembranças me pego.
Meus sentidos arrepiam-se,e os desejos
afloram nessa busca louca por teu corpo.
Quero você como poesias minhas,nu e entregue.
Já despi-me e não quero vestir-me.
Mas despida sem ti,não desejo
ainda que tua imagem,
traga-me prazeres imensos..
não decifro-me sem ti.
Sou faminta e nutro-me de ti,quero mergulhar
em tuas partes mais íntimas,
e só assim, saciar minha fome de tí....
Não gaste seu tempo se vingando.
Quem dá troco é comerciante.
Mas quem cobra a conta é a vida e ninguém deixa esse mundo devendo nada;
a vida não faz fiado.
Ando a ver. O caracol sai ao arrebol. A cobra se concebe curva. O mar barulha de ira e de noite. Temo igualmente angústias e delícias. Nunca entendi o bocejo e o pôr-do-sol. Por absurdo que pareça, a gente nasce, vive, morre. Tudo se finge, primeiro; germina autêntico é depois. Um escrito, será que basta? Meu duvidar é uma petição de mais certeza.
O Amor e a Morte
Sobre essa estrada ilumineira e parda
dorme o Lajedo ao sol, como uma Cobra.
Tua nudez na minha se desdobra
— ó Corça branca, ó ruiva Leoparda.
O Anjo sopra a corneta e se retarda:
seu Cinzel corta a pedra e o Porco sobra.
Ao toque do Divino, o bronze dobra,
enquanto assolo os peitos da javarda.
Vê: um dia, a bigorna desses Paços
cortará, no martelo de seus aços,
e o sangue, hão de abrasá-lo os inimigos.
E a Morte, em trajos pretos e amarelos,
brandirá, contra nós, doidos Cutelos
e as Asas rubras dos Dragões antigos.
Aposte em mudanças, ninguém irá mudar por nós. Mude você, o seu ponto de vista, a rua que caminha, os lugares que frequenta, evite ao máximo circular por lugares e na companhia de pessoas venenosas. Acredite! "A cobra muitas vezes, esconde o veneno no olhar".
Cuidado em quem confia; a cobra se arrasta sem fazer barulhos e acabamos deixando o calcanhar exposto, portanto, não entregue fácil o seu coração.
Quem de vocês dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? / Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? / Se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas a seus filhos, quanto mais o Pai de vocês que está no céu dará coisas boas aos que lhe pedirem.
Mt 7,9-11
O ser humano, rouba, mente, pratica traição, mata, quase não se preocupa com o próximo, tem preconceitos de quase tudo na vida e ainda diz que a cobra é o simbolo do pecado...
Com o tempo, a gente desenvolve o próprio soro antiofídico contra mordida de cobras venenosas de espécie não catalogada.