Classe
Só existe drogas na favela, porque os playboys sobem o morro para comprar, enquanto a classe desfavorável se marginaliza nos jardins supensos da babilônia criminal, os ricos se escondem através de leis que favorecem quem tem dinheiro. A marginalização é um fator histórico, cuja mentira da abolição é distorcida pela história, a escravidão social ainda impera em nosso país de maravilhas.
Sei que sei que daqui não sou,
Que não pertenço a essa classe,
Que hoje é apenas mais um dia de trabalho;
Daquelas sexta-feiras em que sentimos,
Sentimos a irreal sensação "dever cumprido".
Comemorando assim os únicos dois dias
Que são seus, e que realmente são úteis.
Por que será que agimos contra nós mesmos
Trocando nossas horas de céu azul por sédulas?
Quanta ironia, eu aqui disfarçando trabalhar
mas escrevendo isto dentro das 44.
Funcionário ingrato,
Que relata o que sente
Indo contra a corrente,
Sabotando o comum.
Há ingratidão,
Talvez de minha parte,
Talvez não.
Classe média, a classe oprimida
A classe média é quem paga as contas dos políticos e dos fodidos e fica sem dinheiro para pagar as próprias contas
Não quero julgar nem classificar pela cor, classe social nem nacionalidade.
Não quero rotular pelo temperamento explosivo e nem pela quantidade de parceiros sexuais.
Não quero separar gente em escaninhos pela marca da roupa que vestem ou o bairro onde moram.
Só tem uma classificação que quero cada vez mais lançar mão:
Gente do bem e gente do mal.
CRôNICA DE UMA PASSEATA
Preso à minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cinzenta. Melancolias, mercadorias espreitam-me. Devo seguir até o enjoo? Posso, sem armas, revoltar-me? Preso à minha classe vou pela rua sem pensar nesses versos de Drummond. Não estou só, vou bem acompanhado. Se não posso me despir das minhas roupas, trato de me despir do pronome singular. Vamos pela rua aos milhares, às dezenas ou centenas de milhares, não sabemos quantos somos. Vamos a passo lento, entoando cantos esparsos, escassas palavras de ordem, entregando-nos por vezes a um silêncio involuntário, carregado de indizíveis vontades. À minha frente, uma imensidade de dorsos se funde numa massa amorfa cujo início me foge aos olhos. Às minhas costas, cartazes e faixas atravessam a paisagem e não se adivinha onde a turba pode acabar. Noto que o silêncio me devolveu a mim, me distanciou da coletividade. Só quando um grupo grita que tomamos as principais avenidas de São Paulo, que ocupamos o centro do Rio, só quando ouço esses alardes eufóricos me dou conta de que formamos um único e enorme corpo, um corpo que parou o país.
Hoje abraçarei a minha vida com classe, e se eu tiver de esperar o que seja para colher, plantarei hoje mesmo, as boas sementes no solo da vida, para produzir o sorriso e colher a felicidade.
Virarei a minha pagina e darei um ponto final nas coisas que me fazem precorrer
uma caminhada sem sucesso.
Lembrarei sempre. Lutarei sempre para vencer a vida com determinação e confiança e já mas desistirei.
Eu creio em mim mesmo, e só forte, sempre sonho e acredito na vida com paz e amor
Amigo Jornalista...
Estou aqui para falar
De uma classe importante
Que em nosso dia a dia
Nos informa a todo instante
Sobre os acontecimentos por
Este mundo errante.,Seja dia
Ou seja noite, na cidade ou
No sertão, em tempos de paz
Ou na guerra em toda ocasião,
Lá estão os detentores da verdade
E da razão; Aos amigos (as)
jornalistas do rádio Ou televisão,
Aqui deixo o meu abraço em nome
De toda a nação, por esses
Guerreiros que fazem,
Da coragem, a razão.
Embora muitos queiram ser os comandantes, muitos só aceitem a primeira classe, um aviso aos navegantes: estamos todos no mesmo barco.
Ridículo é classe média pagar de favela e favela pagar de boy,mc´s pobres pagar de ostentação e pobres playboyzinhos mc´s de revolução.
Impossível disfarçar a estupidez, o mal gosto e a falta de classe com uma bolsa ou sapatos de grife.
A ideologia que a classe dominante prega sobre a classe dominadora, faz com que esta pense ser igual àquela.