Clarice Lispector frases sobre Tempo

Cerca de 89 frases Clarice Lispector sobre Tempo

Segunda-feira é um dia mais difícil porque é sempre a tentativa do começo de vida nova. Façamos cada domingo de noite um réveillon modesto, pois se meia-noite de domingo não é começo de Ano Novo, é começo de semana nova, o que significa fazer planos e fabricar sonhos.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica E amanhã é domingo.

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O segredo destas flores fechadas é que exatamente no primeiro dia da primavera elas se abrem e se dão ao mundo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Primavera se abrindo.

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A mensagem é clara: não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência dos agoras é que você existe.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Aprendendo a viver.

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E eu impávida finjo que não tenho dono. Pontas de cigarro apagadas eu recebo. Um dia vou pegar fogo. De noite fico sozinha no escuro, vazia, pousada num canto do chão. Meu silêncio fede. Ai de mim, que sou o receptáculo da morte das coisas.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Hoje é dia de muita estrela no céu, pelo menos assim promete esta tarde triste que uma palavra humana salvaria.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica “Brain storm”.

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Meus dias são um só clímax: vivo à beira.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Sou tímida e ousada ao mesmo tempo.

Clarice Lispector

Nota: Citação dita durante a entrevista a Júlio Lerner, no programa "Panorama", na TV Cultura, em fevereiro de 1977.

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Certamente hoje é grãos de terra. Olha para cima, para o céu, durante todo o tempo. Às vezes chove, ela fica cheia e redonda nos seus grãos. Depois vai secando com o estio e qualquer vento a dispersa. Ela é eterna agora.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Passo o tempo todo pensando – não raciocinando, não meditando mas pensando, pensando sem parar. E aprendendo, não sei o quê, mas aprendendo.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 5 de outubro de 1953.

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Depois de um certo tempo cada um é responsável pela cara que tem.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Ocupei-me o tempo todo para disfarçar a saudade.

Clarice Lispector
Montero, Teresa (org.). Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta escrita a Paulo Gurgel Valente, em 26 de janeiro de 1969.

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Sei que as coisas são complicadas. Mas são ao mesmo tempo simples. Elas se complicam à medida em que se tem medo da simplicidade – porque essa simplicidade seja o fato em si, a verdade.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Tania Kaufmann, escrita em 13 de agosto de 1947.

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E eu impávida finjo que não tenho dono. Pontas de cigarro apagadas eu recebo. Um dia vou pegar fogo.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Mas um dia ainda hei de ir, sem me importar para onde o ir me levará.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho de Ir contra uma maré.

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Vivemos exclusivamente no presente, pois sempre e eternamente é o dia de hoje, e o dia de amanhã será um hoje, a eternidade é o estado das coisas nesse momento.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Um dia, quando eu tiver mais vontade e se você ainda quiser, eu lhe falarei de como me mexo dentro de Deus.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Silêncio.
Se um dia Deus vier à terra, haverá um silêncio grande.
O silêncio é tal que nem o pensamento pensa.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O tempo passa depressa demais e a vida é tão curta. Então – para que eu não seja engolido pela voracidade das horas e pelas novidades que fazem o tempo passar depressa – eu cultivo um certo tédio. Degusto assim cada detestável minuto. E cultivo também o vazio silêncio da eternidade da espécie. Quero viver muitos minutos num só minuto.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Eu preciso de algumas horas de solidão por dia senão “me muero”.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

(...) passava o resto do dia representando com obediência o papel de ser.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.