Clarice Lispector Frases de Livros

Cerca de 1521 frases Clarice Lispector de Livros

O divino para mim é o real.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Perdi alguma coisa que me era essencial, que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar, mas que fazia de mim um tripé estável.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu estava agora tão maior que já não me via mais. Tão grande como uma paisagem ao longe. (...) como poderei dizer senão timidamente assim: a vida se me é. A vida se me é, e eu não entendo o que digo. E então adoro.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E, mesmo, quem já não desejou possuir um ser humano só para si? O que, é verdade, nem sempre seria cômodo, há horas em que não se quer ter sentimentos.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E eu? quem sou? como é que me classificaram? Deram-me um número? Sinto-me numerificada e toda apertada. Mal caibo dentro de mim. Eu sou um euzinho muito mixa. Mas com certa classe.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho da crônica Brasília: esplendor.

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu presto atenção só por prestar atenção: no fundo eu não quero saber.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema. No entanto se deveria dizer assim: ele está muito feliz porque finalmente foi desiludido.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Há um livro em cada um de nós.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Meu trabalho é o de viver os meus prazeres e as minhas dores. É necessário que eu tenha a modéstia de viver.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto O ovo e a galinha.

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Só os grandes amam a monotonia.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E, livre, nem ela mesma sabia o que pensava.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector

Nota: Trecho citado por Anna Maria Knobel em "Moreno Em Ato", atribuído a Clarice Lispector.

E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção... porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada.

Clarice Lispector
Gotlib, Nádia B. Clarice: uma vida que se conta. São Paulo: Ática, 1995.

– Pois olhe – declarou de repente uma velha fechando o jornal com decisão – pois olhe, eu só lhe digo uma coisa: Deus sabe o que faz.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto A menor mulher do mundo.

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(...) não sei, às vezes me parece que estou perdendo tempo (...)

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

(...) vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica "Precisa-se".

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Vou fazer um pedido para vocês: todas as vezes que vocês sentirem solitários, isto é, sozinhos, procurem uma pessoa para conversar. Escolham uma pessoa grande que seja muito boa para crianças e que entenda que às vezes um menino ou uma menina estão sofrendo.

Clarice Lispector
A mulher que matou os peixes. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Pelo menos o futuro tinha a vantagem de não ser o presente, sempre há um melhor para o ruim.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.