Citações sobre o Índio
Fico profundamente angustiada quando vejo os povos indígenas serem expulsos de suas terras tradicionais. Gostaria de ver essa "ditadura velada" que se tornou o nosso país fazer justiça a esses povos tão valorosos e essenciais para a vida de todos, pois eles nos ensinam o que é uma verdadeira nação. Eles, sim, sabem reconhecer a importância da terra onde nasceram; sabem valorizar os recursos de que dispõem sem desperdiçá-los; sabem valorizar a convivência em grupo; sabem contemplar a beleza natural de todas as coisas; sabem respeitar as tradições coletivas e preservar o legado de seus antepassados; sabem viver em unidade e em comunhão com Deus. Eles têm muito a nos ensinar, uma vez que mal valorizamos o chão onde pisamos, mal contemplamos as belezas naturais que ainda nos cercam.
Será que meus irmãos indígenas só conseguirão um pouco de terra quando forem sepultados?
Eu sou multicolorida. Explico: Tenho descendência negra, européia e indígena.
Por mais bacana que pareça a campanha lançada pelo Neymar que diz "Somos Todos Macacos", eu discordo!
NINGUÉM É MACACO! Somos todos pessoas, seres humanos e independentemente da cor, merecemos ser respeitados. Até os macacos merecem respeito!!!!
EU NÃO SOU MACACO e NÃO CONHEÇO NINGUÉM que mereça ser chamado de macaco, a não ser, os seres irracionais que andam indo aos estádios com suas bananas e como seres irracionais que são, atiram sua merendinha ao campo!
Sonhos também fazem parte do narrar indígena, são histórias contadas por muitas gerações e fonte de grandes saberes passados...Por isso precisamos tecer os fios dos quais nascem nosso saber. As folhas não podem ser expostas e levadas pelo tempo. Mesmo sabendo que é preciso ser inciado em uma não linguagem que faz parte de uma leitura de vida plena nas curvas de muitos rios que andam pela terra e são invisíveis para as mentes civilizadas. Não é uma visão mágica ou romantizada do viver, é pura ciência da vida mas de um outro jeito de ver, outro lugar de fala, e se relaciona com as palavras, diferente dos signos linguísticos conhecidos e interpretados. É mais complexo do que se mostra aos desprevenidos e narcotizados pelos não sentidos.
Nossa sobrevivência depende da transmissão do saber indígena de uma geração para a outra além de se munir da cultura do colonizador para fazê-lo entender que temos o direito de sermos diferentes. Não é o fato de nossas culturas serem antigas que nos impede de ser contemporâneos, na verdade enfrentamos o desafio de para poder sobreviver, dever fazê-lo em dois mundos: ser bilíngues em países que não reconhecem as línguas da própria terra, precisamos entender a burocracia e as leis que os colonizadores “globalizaram” no mundo, e lutar ara que a democracia nos contemple.
Algumas associações, projetos ou organizações, administradas pelos não indígenas que impõem sua forma de trabalhar e pensar ainda são motivos de reflexão sobre até que ponto foram rompidas as correntes de pensamento e práticas coloniais. Benfeitores se espalham por todos os lados, áreas e segmentos da sociedade, com o discurso de prestar auxílio aos povos indígenas mantendo a politica indigenista e não indígena. Muitos, imbuídos de boas intenções, mas acostumados com a postura etnocêntrica, reproduzindo um paternalismo dominante que não ajuda na conquista de um protagonismo real indígena.
Muito se fala em dar voz e espaço ao indígena, mas até quando é conquistado esse direito surgem interlocutores, facilitadores, especialistas e muitos outros, para segurar o microfone dessa interlocução.
Qualquer coisa que comprometa a narrativa indígena abre discussão para questionamentos sobre conteúdos indígenas e indigenistas. É muito comum haver confusão entre os dois e o lugar de fala de cada um. No cinema cresce cada vez mais o número de documentários e filmes indigenistas, em que não indígenas trazem seu olhar sobre as temáticas indígenas por meio de depoimentos de indígenas dos diferentes povos no Brasil.
A colonização audiovisual em filmes que mostram as culturas indígenas é frequente pois diretores muitas vezes não percebem que estão impondo também sua perspectiva colonial em seu trabalho.
Quando falamos em comunicação indígena não estamos limitados ao formato jornalístico padronizado ou apenas na missão de produzir notícias indígenas feitas por diferentes etnias, mas falamos de uma comunicação ampla, além das palavras, imagens, ativismo ou faits divers. A força da comunicação oral é a mesma que permite memórias e saberes serem compartilhados por gerações. Um bom comunicador indígena possui uma sensibilidade que ultrapassa o mundo físico.
Guardais as florestas o utópico sertanejo
É o lendário indígena traz consigo seu símbolo um gracejo
Intrínseco no nome, lavor e alto pundonor primoroso
Como ostenta no curral glorioso
Defensores da estrela do boi piranga
Da dançarina flutuando a nossa cunhã-poranga
A batida envolvente, que contagia a nação
Da marujada de guerra que assevera a empolgação
Marca em meu pulso corado e desgastado
O astro porque nessas veias o sangue azul e confirmado
Vaqueirada tutelem o preferido do amo
Deixa ele brilhar desenvolver, agora eu clamo
Pajé abençoai o manto cerúleo, índigo e anil
Desse boi que me faz pulsar no céu no mar no ar azulanil
De Parintins para o mundo trazendo um amor tão charmoso
Venha se consagrar meu guerreiro caprichoso.
Você pode dançar indigenamente ao redor de uma garrafa de Ciroc, Old Parr, Dom Perignon e outros totens sociais etílicos ao som de sua cacofonia preferida, fazendo selfs se sua miséria velada, sem se dar conta que tem gente que mal tem a água de um barreiro para cozinhar o que resta de meia porção de arroz para três pessoas e nada mais. E a única canção é a aquela, à capela, do desabafo sofrido do coração, mediante a voz impotente e embargada, onde o único amparo e força é a fé em Deus, mas a fome não da trégua e literalmente dói. Você pode chamar de esmola aquela “bolsa do governo”, daquilo que considera pouco, ao tempo que esnoba (direta ou indiretamente), chamando de vagabundo aquele em que a fome literalmente machuca em todos os sentidos morais e emocionais. Entendo, também não sei o que é fome, assim como alguns não sabem o que signifique o termo "literalmente". Mas, como diria Mino, certo cartunista cearense: "há quem jogue caviar no lixo e há quem no lixo procure um pedaço de pão".
Mais de meio milênio se passou desde a colonização portuguesa no Brasil e os indígenas permanecem em estado de sujeição. Nem tudo evolui.
Nós, indígenas, somos a prova de que a sustentabilidade não é apenas responsabilidade governamental.
O saber indígena consiste no silêncio dos ventos, no canto dos pássaros, no embalar das folhas, no olhar indígena, no balanço do maracá e na pisada firme.
Vendo alguns videos de crianças brincando em comunidades indígenas e rurais, percebo o quanto nossas crianças aqui de São Paulo não dispõem de espaços adequados para soltar a imaginação e serem elas mesmas.
Crianças indígenas, enfileiradas lado a lado, apresentam canções de seus ancestrais no centro das grandes metrópoles, enquanto suas mães debruçadas em paredes ou pilares, expõem os seus trabalhos artesanais. Crianças brancas pintam suas caras nas escolas de todo o país. Semáforos testemunham os olhos amendoados, cheios de esperança, de pequenos índios na busca por uma moeda. Estes com certeza são apenas alguns dos contrastes evidenciados hoje nas cidades, em razão de anos de exploração de ontem, anteontem e de todos os dias destes 511 anos de Brasil. A forma como o índio é tratado nos dias atuais pouco se difere dos tempos da chegada das naus portuguesas.
O cidadão indígena quer apenas sobreviver em paz, ter o que comer, onde morar. Não se tratam de seres sedentos por dinheiro e poder, salvo alguns já hipnotizados pelas riquezas do universo “civilizado”. A grande maioria só quer a garantia de um futuro digno para que todos da aldeia possam viver bem. Isso para eles é como voar, um sonho distante, e por isso lutam. Não por um sonho individual, mas por um desejo coletivo de viverem em paz nas florestas, e sempre juntos, como em um panapaná.
Eu sou indigena, indigena em contexto urbano.
Dentro do meu corpo território, também já houveram invasões.
Primeira invasão foi ao nascer nesse mundo e ser arrancada do pertencimento da minha cultura.
Segunda invasão foi na infância, saquearam minha inocência de achar que éramos todos iguais.
Em todos lugares, tentaram me marginalizar, escantear e dizer que eu era menos, apenas por ser na indígena.
A terceira invasão foi na adolescência, onde acharam que meu corpo tinha que ter dono, pois uma mulher indigena é considerada apenas objeto de dominação.
Cor do pecado, olhos que hipnotizam, exótica, selvagem, são palavras usadas pra normalizar a violência e o abuso sob nosso corpo território.
Dominaram e destroçaram meu espírito mais vezes do que eu saberia contar, mas eu nunca abaixei minha cabeça, ando com nariz empinado em qualquer lugar que eu passo porque apesar de me tratarem como invasora da minha própria terra, eu resisto e insisto em mostrar que estaremos aqui.
Sempre estaremos aqui, na nossa terra, com nossos ancestrais nos levantando em cada caída rumo a nossa re(tomada). ✊🏽
A morte é coisa do homem branco, para o indígena brasileiro, a alma é imortal e quando chega o momento certo,pega a grande canoa e sobe o rio contra correntena sua ultima viagem ate a terra dos ancestrais.Lugar sagrado de onde veio.
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