Citações sobre o Índio
Aupaba
Vejo a lança do índio guerreiro, que pesca no rio.
A flecha, o assobio.
O barulho de caça.
A mandioca que a índia amassa.
A goma fresquinha na coité.
A tribo dos índios kanidé.
Jenipapo e paiacus, que habitam a terra santa.
Ouço o barulho da mudança.
O cimento, o concreto da construção.
Ouço barulho de expulsão.
O índio teve que sair.
A terra que existe ali é caminho grande.
Foi cortada por ponte.
Temos que construir.
E no meio do nada nasceu o civil.
A ponte foi sendo erguida.
E o povo a seguia, e foi aumentando.
Aumentando!
E já é gente demais.
Lavadeira o que faz?
Lava roupa no rio.
Cozinheira no fogão.
Fazendo o feijão-de-corda.
Plantado a beira-rio.
Grande população.
Dentro do casarão.
E onde antes era só rio.
Hoje tem civilização.
Tem sujeito, e aquele vilarejo.
É como massa de pão.
Que cresce e cresce.
E que luta pelo direito.
E conseguiu se emancipar.
Com bravura com vontade.
Hoje tem identidade.
Tem história de verdade.
Povo sofrido que cresceu.
Ali naquele lugar.
Terra santa milagrosa, berço do homem da cruz.
Foi palco de um milagre.
Do nosso menino Jesus.
Terra rica de fartura.
Artesanato e cultura popular.
Muita castanha pra apanhar.
E seguir nesse enredo.
E na noite eu festejo, no forrozinho do bar.
E aqui nesse Chorozinho.
Tenho orgulho de morar.
Legado do Índio Guarani, o chimarrão é um costume que de mão em mão num afeto aconchegante invade ranchos, galpões do nosso pago gaudério, mantendo assim acesa esta chama tradicional dos nossos rincões do Sul.
Era um vez o indio que estava andando na feira
e nao tinha nada pra comprar .
Comprou uma cueca de pano dai ele foi embora
chegou em casa e a mulher do indio pergunta:amor porque sua cueca esta rasgada?
O indio responde: indioo forte cueca fraca indio peida cueca rasga.
No outro dia o indio compra uma de madeira.
E a india perguta: poque esta rachada?
indio responde: indio forte cueca fraca indio peida cueca racha.
No outro dia o indio compra uma de vidro.
E a india perguta: poque esta trincada.
indio responde: indio forte cueca fraca indio peida cueca trinca.
No outro dia o indio compra uma de aço.
E a india perguta: porque vc esta chorando.
indio responde chorando: indio fraco cueca forti indio peida cú esprode!!!
COMO ÍNDIO
O que acontece de repente
Quando ela se pinta diante do espelho,
Batom, sobrancelhas e cílios...
Tomara que caia justinho,
Cambraia estampada,
Nem lembra dos filhos
O que fantasia, tão bela diante do espelho
Com poses e closes pra postar no face,
O marido disfarça, fingindo reler um jornal antigo,
Mas instiga, seus risos e bicos,
Meu amigo malandro metido a filósofo
Dizia que mulher é como índio
Quando se pinta quer guerra
E a vejo tão bela com a escova
E um decote generoso
Falando em lift e massagem
E uma taruagem na coxa,
Poxa ninguém é de ferro e parece provocação,
Mas tem a tal “maria da penha”
O que fazer com o ciúme
Se trejeitos e excesso de perfume
Me fizerem perder a cabeça?
Meu amigo dizia por experiencia própria
Que mulher é como índio
Quando se pinta quer guerra...
Eu sou o branco que tu vê
O negro que tu tanto discrimina e maltrata
O índio que tu mata
Sou o mesmo que você.
Sou Don Quixote Pantaneiro
Singrando nos corixos
Em minha Canoa de um Pau Só.
Sou índio Guató.
E o verde camalote
É uma colcha que enfeita o Rio Paraguai.
E a Garça Branca
Pincela o céu azul.
Caboclo índio.
Eu,
Eu sou aquele menino índio,
Um indio sonhador,
Tomo água de coco,
Sou caboclo sinsinhor,
Nasci em uma ilha,
No arquipelago do amor,
Na minha palhoça,
Moro eu,
E comigo mora também Deus,
Tenho um cachorro vira lata,
Que de mim nunca se apartou,
Sou eu que colho os frutos,
E degusto com sabor,
Não sou assassino,
Não mato os animais,
Sou roceiro e muito trabalhador,
Sou de uma visão muito aguçada,
E carrego comigo meus trapulhos,
Sou como uma ave,
Que voa alto como condor,
Corto cipó e pulo de galho em galho,
Aqui é meu parque de diversões,
Não uso lamparina,
As estrelas cadentes me conduzem,
E o luar é meu lampião,
Tenho uma baladeira,
Para as onças espantar,
Não sou de cantar sozinho,
Pois já choro com os passarinhos,.
A floresta é meu lazer,
Quando eu vou dormir cansado,
Me estendo no relento,
Cultivo lavouras,
E a natureza me da o que preciso
Enquanto eu for um indio,
Minh'alma,
Estará sempre evoluindo....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
O índio,
analisando a sociedade
intransigente,
colocou mais uma pena
em seu cocar:
a pena da gente.
Nenhum martelo acadiano me parece um sorriso, um velho medo, um velho preto, um velho Chico
Índio cinzeiro! Índio plantar... E ver se vai brotar
💜🐺💜
Temos comemorações
Na floresta
O povo índio
Onde meu lobo
É descendente
Preparou uma festa
Para o bebê
O povo índio comemora
Tudo
O plantio, a colheita
A caça, a pesca
Quando uma criança nasce
O nascimento é a esperança
A vida tem continuidade
Nessa festa o pajé
Reza aos espíritos
A noite toda
Para que surja um nome
Que lhe dê coragem para
Enfrentar a vida
Para o índio o nome
É sagrado
O meu nome índio é
Loba que persegue a lua
Mas sou Mary
Meu lobo é Johnny
Como índio
Homem lobo
A festa tem.muitas danças
Várias comidas
Para os índios e os lobos
Uma noite linda
Quente
Estrelada
Muito distante de quem eu era
As vezes fico nostálgica
Mas quando olho todos
E principalmente meu
Johnny
Esqueço de quase tudo
Ele me abraça
Me carrega pra cabana
Boa noite
O beijo
Do dia que o índio beijou o beija-flor...
Cansado de beijar a flor,
E não ser correspondido,
O beija-flor encontrou o índio.
No beijo do índio, realizou o sonho de ser amado.
O beijo do(de) ser amado.
Todos pensam que o índio é selvagem
Mas parem para pensar
O índio não inventou o desemprego, nem à bomba nuclear
Não é o responsável pela pela fome mundial
Tão pouco pela miséria e opressão, que está latende no ar
Menino índio
Menino tupi
Menino de roça
Menino guarani
Menino do arado
Menino do mato
Menino do samba
Menino que canta
Menino criança
Menino que ama
Menino sereno
Menino que chama a mo-re-na
Assim... "Mi-nha"
O Velho Indio Sábio Do Rio
O velho índio sábio
Tantas vezes um homem sério
Hoje finalmente ele sorriu
Pois ele é quem guarda e conhece
Todos os segredos
E mistérios do rio
E como a palma da sua mão
Conhece também
O profundo vazio
Que cerca e invade
O seu coração
O teu sorriso vivia esquecido
Até que um dia ele se abriu
Foi como de novo ele ter nascido
E tudo que é anjo do jardim saiu
Muita história ele tem pra contar
Algumas até são de arrepiar
O indio sabia de tudo
Mas não queria falar
Por isso fingia de cego
E outras vezes de mudo
Pois tinha medo do abismo
E de ser jogado no fim do mundo
O indio sabia demais
De todos os Mistérios
E segredos do rio
Desde ali até o cais
E até dentro do navio
O indio conhecia
A alma de cada pescador
Como quem conhece a cara
Que silencia um pecador
Ele sabia onde o seu calo apertava
E quem te causava essa dor
Quem botava a lenha na fogueira
E acendia a chama do amor.
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