Citações sobre Crianças
ATÉ CHEGAR MINAS GERAIS
O vento carrega as folhas das lembranças como as cirandas de crianças que na vida vi passar. O vento sopra indolente com seu riso quase inconsequente as velhas folhas que ajudei a desenhar.
De rabisco nos braços o tempo passo a passo mostra as cicatrizes que vieram meu corpo marcar. Companheiras de jornada seguem juntas pela estrada alertando onde não mais posso errar.
Então, bate aquela saudade das primeiras amizades de um tempo sem culpa onde o dorso da morte jamais ousa se arriscar. Tempo de brincadeiras pueris, de histórias e sonhos inocentes. Sonhos que se tornam sementes, onde algumas vingam outras não. Algumas dão frutos, outras jamais darão.
Mas a vida é assim e segue seu curso mesmo quando o dorso se avizinha. Afinal, para domar a fera da morte não há herói que se alinha, mas com um pouco de sorte e conversa fiada quem sabe a fera durma um pouco mais e a estrada prossiga até chegar Minas Gerais.
Quando ÉRAMOS crianças,pensávamos o pior do BEIJO NA BOCA.
...Hoje,eu quero que me digas o que
te passava pela cabeça?
...Será que ainda tens as mesmas idéias?
Sei que ja pensaste que era um NOJO.
"A grande maioria só "aceita", imaturos como crianças pequenas. Questionar não deve ser opcional. Questionar deve ser mais habitual que respirar, esse é o caminho para diminuir a escuridão em nós, porque o cosmos jaz em luz."
Olhando a beleza do mundo eu vi a razão de viver;
Eu vi as flores, com sua beleza;
Eu vi crianças felizes a crescer;
Eu vi a noite, eu vi o dia;
Eu vi o amanha e o anoitecer.
Pedi então, para aqui voltar;
Para viver, para sorrir, para cantar.
Cantando paz, cantando amor e alegria;
E esperar feliz o raiar de um novo dia.
Existe uma coisa que mexe muito comigo, crianças sofrerem nas mazelas do mundo. Estava tão confortável, em meu sofá. Quentinho na tarde de domingo. Até que vi na CNN imagens ao vivo da guerra na faixa de gaza. Crianças desesperadas, atingidas! Choravam, gritavam. Acredito que nesse instante já tenham morrido. Hospital? Destruído! - Não me sinto mais feliz que eles, mas, impotente, triste e miserável. Não quero saber daquelas discussões filosóficas intermináveis sobre a razão da guerra, tampouco como acabar com elas, ninguém nunca teve a resposta. Eu estou do lado das crianças e ponto. Igor Brito Leão
O mundo não nasce colorido. São os olhos
das crianças que enxergam tudo colorido.
Mas quando crescem pensam que o mundo
está ficando cada vez mais preto e branco.
E se esquecem que quem colore ele somos nós!
Para cada problema que te aparece, mil crianças morrem de fome na África. Para cada pensamento ruim que passa na sua cabeça, uma mulher é estuprada no Brasil.
Por isso "Don't Worry, be Happy!"... não se preocupe, pois vc não é uma criança, não mora na África e tampouco é mulher.
Porque não viajar aos nossos tempos de quando éramos crianças?
Voltar as nossas raízes;
Mergulhar um pouco naquilo que está guardado para sempre dentro de nós.
O mato, o campinho improvisado da bola, os criadouros dos passarinhos;
Os pássaros soltos cantando sem parar, a casa do João de barro;
As soltadas das pipas.
As brincadeiras do pique – esconde, o amarelinho;
Todas as outras simples brincadeiras que nos faziam felizes;
Nada é segredo dessa época.
Porque não lembrar do lugarejo sem luz em que vivíamos?
A lama que enlameava o pé na rua de barro ao cair da chuva.
É .... O chão era mesmo de terra batida;
Lembrar da poeira num calor brando ou forte depois do secar das águas das chuvas;
Essa fase passa e aí vem a nossa adolescência.
E porque não viajar também aos nossos tempos dela?
Era o pré-vestibular para o inicio da nossa maturidade, não é verdade?
O primeiro emprego numa birosca de miúdos;
O conviver com a turma da cachaça que nela servíamos;
O uso da sinuca como instrumento de brincadeira dessa fase mais madura.
A caminhada até o colégio público.
O chegar à casa um pouco mais tarde do habitual;
As broncas dos nossos pais.
E o primeiro namoro porque não lembrar?
O primeiro namoro que quase sempre se constitui no primeiro grande amor da nossa vida.
Ele sempre nasce nessa fase da nossa vida;
O primeiro beijo que não sabíamos dar e que tivemos de aprender;
Aquele amor que pra onde íamos o carregávamos de forma intensa;
Como uma joia preciosa imperdível que não precisava lapidar;
Como se fosse algo infinito;
Que nunca acreditávamos que fosse acabar.
Lembrar de tudo isso nos dá saudades;
Porque tudo é absolutamente inesquecível.
Carlos Drummond de Andrade a respeito do tema, disse:
“Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa; se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.”
Tenho que admitir: as crianças tem muito a ensinar. Quando querer alguma coisa pedem, insistem, choram, falam com um, não resolveu, fala com outro e conseguem. Se gosta ou não de algo demonstram na hora, são transparentes. São espontâneas, fazem amizade com facilidade. Já nós, intitulados "adultos" desistimos muito facilmente do que queremos, no máximo dois 'nãos', e já é motivo para repensar sobre o assunto. Nem sempre somos transparentes, omitimos opinião, fazer amizade então ... passamos por tantas pessoas na rua o tempo todo, e com nosso mal-humor, viramos a cara, como se elas tivessem alguma culpa de algo ter dado errado para nós. Tolo que somos, orgulhos, prepotentes, arrogantes, individualistas. Solitários em um mundinho.
Alessandra Gonçalves
Você já ouviu a voz de um anjo?
É como o canto dos passarinhos,
o sorriso de todas as crianças do mundo.
É como um sussurro da brisa da manhã e as gotas de orvalho que se equilibram nas pétalas das flores. A brandura dos anjos nos inspira a sermos melhores...
Profª Lourdes Duarte
Em uma sala de aula havia várias crianças. Quando uma delas perguntou à professora:
- Professora, o que é o amor?
A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e que trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.
As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse:
- Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.
A primeira criança disse:
- Eu trouxe esta flor, não é linda?
A segunda criança falou:
- Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.
A terceira criança completou:
- Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?
E assim as crianças foram se colocando.
Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.
A professora se dirigiu a ela e perguntou:
- Meu bem, porque você nada trouxe?
E a criança, timidamente, respondeu:
- Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto, professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?
A professora agradeceu, pois ela fora a única criança que percebera que só podemos trazer o amor no coração.
“Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem. Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Todas as criaturas em desgraça têm o mesmo direito a ser protegido”. - São Francisco de Assis
Saber admirar o cotidiano é entender a alegria no brincar das crianças, independente das circunstâncias ao seu lado...
Para imaginarmos o paraíso, o qual ainda não temos merecimento de viver, basta observar as crianças, creio que o paraíso deve ser assim...viver como crianças em toda sua plenitude.
"Boa maneira" não é somente saber sentar-se a mesa; também é entender as crianças, respeitar os idosos, valorizar os amigos, e principalmente distribuir sorrisos e alegrias.
O POEMA DAS CRIANÇAS TRAÍDAS
Eu vim da geração das crianças traídas
Eu vim de um montão de coisas destroçadas
Eu tentei unir células e nervos mas o rebanho morreu.
Eu fui à tarefa num tempo de drama.
Eu cerzi o tambor da ternura, quebrado.
Eu fui às cidades destruídas para viver os soldados mortos.
Eu caminhei no caos com uma mensagem.
Eu fui lírico de granadas presas à respiração.
Eu visualizei as perspectivas de cada catacumba.
Eu não levei serragem aos corações dos ditadores.
Eu recolhi as lágrimas de todas as mães numa bacia de sombra.
Eu tive a função de porta-estandarte nas revoluções.
Eu amei uma menina virgem.
Eu arranquei das pocilgas um brado.
Eu amei os amigos de pés no chão.
Eu fui a criança sem ciranda.
Eu acreditei numa igualdade total.
Eu não fui canção mas grito de dor.
Eu tive por linguagem materna, roçar de bombas, baionetas.
Eu fechei-me numa redoma para abrir meu coração triste.
Eu fui a metamorfose de Deus.
Eu vasculhei nos lixos para redescobrir a pureza.
Eu desci ao centro da terra para colher o girassol que morava no eixo.
Eu descobri que são incontáveis os grãos do fundo do mar
mas tão raros os que sabem o caminho da pérola.
Eu tentei persistir para além e para aquém do contexto humano,
o que foi errado.
Eu procurei um avião liquidado para fazer a casa.
Eu inventei um brinquedo das molas de um tanque enferrujado.
Eu construí uma flor de arame farpado para levar na solidão.
Eu desci um balde no poço para salvar o rosto do mundo.
Eu nasci conflito para ser amálgama.
II
Eu sou a geração das crianças traídas.
Eu tenho várias psicoses que não me invalidam.
Eu sou do automóvel a duzentos quilômetros por hora
com o vento a bater-me na cara
na disputa da última loucura que adolesceu.
Eu sou o anti-mundo à medida que se procura o não-existir.
Eu faço de tudo a fonte para alimentar a não-limitação.
Eu sei que não posso afastar o corpo que não transcende
mas sei que posso fazer dele a catapulta para sublimar-me.
Meu coração é um prisma.
Eu sou o que constrói porque é mais difícil.
Eu sou o que não é contra mas o que impõe.
Eu sou o que quando destrói, destrói com ternura
e quando arranca, arranca até a raiz
e põe a semente no lugar.
Eu sou o grande delta dos antros
Os amigos mais autênticos são as águas que me acorrem.
Eu sou o que está com você, solitário.
Quando evito a entrega, restrinjo-me.
Quando laboro a superfície é para exaurir-me.
Quando exploro o profundo é para encontrar-me.
Quando estribo braços e pernas na praça sobre o não alterável
É para andar a galope sobre a não-liberdade.
III
Sem bandeira que indique morte qualquer,
avanço das caliças.
Sem porto fixo à espera, nem lar de maternas mãos
ou rua de reencontro.
Ostento meus adeuses.
Sem credo a não ser à humanidade dos que me amam e desamam,
anuncio a catarse numa sintaxe de construção.
Eu escreverei para um universo de concessões.
Eu saberei que a morte não é esterco,
mas infinda capacidade de colher no chão menor adubado,
que poderei sorvê-la como à laranja que esqueceu de madurar,
que serei alimento para o verme primeiro da madrugada,
que a vida é a faca que se incorpora em forma de espasmo,
que tudo será diferente, que tudo será diferente, tão diferente...
Eu quero um plano de vida para conviver.
Eu ostentarei minha loucura erudita.
Eu manterei meu ódio a todos os cetros, cifras, tiranos e exércitos.
Eu manterei meu ódio à toda arrogante mediocridade dos covardes.
Eu manterei meu ódio à hecatombe de pseudo-amor entre os homens.
Eu manterei meu ódio aos fabricantes das neuroses de paz.
Eu direi coisas sem nexo em cada crepúsculo de lua nova.
Eu denunciarei todas as fraudes de nossa sobrevivência.
Eu estarei na vanguarda para conferir esplendores.
Eu me abastardarei da espécie humana.
Eu farei exceções a todos os que souberam amar.
Já reparou que as crianças quando brigam, sempre voltam a brincar juntas? É porque vale mais a felicidade que o orgulho!
Crianças são gigantes futuras estrelas da nação!
Levando papas e milagres entre ruas de reis!
Tentam descobrir os mistérios as certezas!
Carregando suas crenças que lhe fazem seguir!
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