Citações Obesidade
Como nós futuros educadores físicos vamos fazer para conter o avanço da obesidade se os maus hábitos começam na mesa de casa?
Aqui me refiro aos casos de má alimentação e sedentarismo. O que vejo casa vez mais e mais são as pessoas trocando o café da manha, almoço ou o jantar por alimentos vazios, pobres em nutrientes, vitaminas e minerais. Ricos em sal, açúcar, gorduras saturadas, corantes. Transformam em hábito a ingesta de sanduíches, pizzas, refrigerantes, frituras, salgados de padarias ou de lanchonetes, chocolates, tortas açucaradas, bebidas alcoólicas, tira-gostos em barzinho. Tudo isso com pouca ou nenhuma atividade física, para mim isso se configura como o novo câncer da sociedade. Depois se enganam e vivem a se lamentar que não conseguem emagrecer e que a cada dia fazem é engordar e culpam a tudo e a todos menos a eles mesmos, tampouco querem ouvir conselhos ou mudar de vida.
Presenciei recentemente crianças de 4 e 5 anos, crianças até com grau de obesidade evidente se empaturrando de docinhos com muitoooo açúcar, manteiga, gordura, corantes, chocolates, salgadinhos fritos em óleo, bolos e tortas com muito recheio e coberturas, pães e muito muito muito refrigerante de todas as cores e sabores. Balas e pirulitos. E adivinhem tudo isso comprado com o dinheiro dos seus próprios pais. Ai pode ser que chegue alguém aqui e diga assim:
isso é exagero você é neurótica, foi apenas uma festinha.
Eu contudo, digo assim:
não é apenas 1 festinha, são festinhas, aniversários, confraternizações, reuniões de escola e de igreja, passeios na praia, tardes na piscina, e assim vai..
Não se tem o hábito de comer frutas no Brasil, pasmem, um pais rico em todos os tipos de frutas. Se alguém sugerir que se faça uma confraternização regada a frutas e massas integrais vão dizer que não tem sentido, que não tem graça. Que fruta e caro. Caro é um sanduíche por 10 reais ou mais, caro é um refrigerante por 5 reais uma pizza por 40 reais, um absurdo, quantos kg de frutas podemos comprar com 40 reais? podemos comprar 1 kg de maça, rica em fibras, licopeno, água, pectina e fitosterol por menos de 3 reais em qualquer supermercado. Não se trata apenas de vaidade como muitos pensam. Tratar ou evitar a obesidade é questão de saúde e bem estar físico, mental, social e emocional.
Então minha gente vamos parar de arrumar desculpas e mudar de vida JÁ!!!!!!!!
Texto de:
Veruscka Pires Pina Tuma.
Graduanda em Educação Física pela Universidade Estadual Da Paraíba - UEPB
Seus avós agradecem por terem vivido em uma época onde a obesidade não era "vírus" e a internet não era uma "droga".
Não minimize os esforços de quem emagreceu com cirurgia.
Toda pessoa que luta contra a obesidade e vence, merece respeito
“É preciso muito cuidado com a obesidade mental, às vezes, uma boa leitura promove o fim do sedentarismo intelectual”
A trama da obesidade
Os desafios no tratamento do paciente com obesidade são enormes. Não temos uma especialidade que cuide do obeso de forma geral. O endocrinologista investiga se há alguma alteração hormonal ou algum erro no metabolismo como um hipercortisolismo e um hipotireoidismo. O nutrólogo e o nutricionista checam algum erro alimentar. E o psiquiatra e o psicólogo avaliam e acompanham o componente emocional nesse processo. Assim, o tratamento da obesidade está compartimentalizado, com cada profissional cuidando do seu “pedaço” e entrando muito pouco no espaço do outro profissional. Fazendo com que haja poucas chances de uma abordagem mais unificada.
Estamos longe de tratar o corpo como um organismo único e indivisível. Estruturamos nosso atendimento e compreensão das doenças em especialidades e diversas subespecialidades. Imaginemos o quão longe estamos de tratar esse corpo em conjunto com a mente/alma (como um todo). Não há como negar a comunicação existente entre corpo e alma. Um tratamento e/ou acompanhamento tenderá e realmente tende a uma baixa resposta, se o sujeito estiver sob um olhar meramente somático ou psicológico, sem a integração dessas duas formas de olhar e sentir o individuo.
A formação médica e dos profissionais da saúde em geral é organicista, engessada e cartesiana. Formando profissionais aterrorizados na escuta do subjetivo. Com muitas dificuldades de lidar com as emoções destes. Tendo sempre a pretensão de extirpa o “problema” do paciente, já que esse é totalmente orgânico/físico.
A obesidade é tratada como uma questão voluntária, em que o paciente obeso é totalmente culpado por sua condição. Fazendo desta, uma questão meramente de ingestão/gasto calórico. Deixando de lado o pra quê se come, o momento e a historia de cada individuo.
Assim, com essa visão simplória, restrita e minimalista da obesidade, os profissionais da saúde tem ajudado muito pouco os pacientes que desenvolvem essa condição. Os tratamentos são na grande maioria das vezes frustros.
Além de toda essa debilidade no nosso entendimento e abordagem da obesidade, temos as questões envoltas no sentimento do paciente. Este por sua vez espera um tratamento rápido, fácil e extirpador. Milagroso mesmo. Delegando ações que deveriam ser dele para os profissionais da saúde, familiares e pessoas próximas do seu convívio. Querendo atingir metas irreais em tempo ínfimo. Questão essa alimentada por nós mesmos.
O paciente faz pouca associação de toda complexidade de influentes que o levaram a chegar àquele peso. E sem esse processo de associação e autoconhecimento, os tratamentos estão e estarão sempre em xeque, com pouquíssima efetividade na melhoria da qualidade de vida e bem-estar.
Obesidade cerebral
O conhecimento não colocado em prática.
Conhece alguém assim?
Não aplica, apenas palpita.
Excesso de conhecimento que não é colocado em prática se torna obesidade cerebral.
— Conhecimento é o meio, não é o fim. —
(Leia de novo)
O meio para você construir seus objetivos!
Diploma pendurado na parede que não tem um fim não serve pra nada.
Conhecimento só serve como — meio — para você atingir um fim.
Fim = Objetivo
Muitas pessoas têm dificuldade e não conseguem conectar o meio com o fim.
Se você compreender isso, seu jogo muda.
Quando falamos de obesidade poucos sabemos os parâmetros ou os riscos, falamos sobre comer saudável mas não sabemos o que é não ser saudável de fato, apenas sabemos que não é saudável mas oque seria esse não saudável? Vamos começar pela dilatação do coração e cobertura de gordura acompanhada geralmente de uma hipertensão e complicações cardiovasculares “Das seis doenças que mais levam à óbito no Brasil, quatro estão diretamente ligadas à obesidade: acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, diabetes e hipertensão. Quando associadas, elas são responsáveis por cerca de 72% dos casos de morte”, então não é sobre ter uma aparência melhor, não é sobre vestir números menores de roupa, é sobre sua qualidade de vida e sua vida!!! Obesidade mata!! Não deixe para amanhã a vida saudável que tanto promete para si mesmo!
Estar acima do peso não é falta de vergonha na cara. Na maioria das vezes a obesidade não é auto controlável. É um reflexo de alguma disfunção física, mental, econômica ou social. Não devemos taxar o obeso como negligente da própria saúde. Primeiro não taxar, segundo ter empatia
Há quem meça os outros somente pelo lado da obesidade, esquecendo-se das qualidades nobres de cada um.
Eu, pelo contrário, meço essa gente pelo comprimento desmedido das suas línguas viperinas, pela largura desmesurada da sua asnice e pela altura doentia do seu coeficiente zero em sensatez.
Há quem pense que a obesidade é um problema que pode ser tratado facilmente e que não é doença, ledo engano, a compulsividade da obesidade é pior até que a compulsividade por droga!
Não adianta fazer dieta, cortar isso ou aquilo, se o seu cérebro continua sem tratamento.
A gente precisa parar de normalizar, de romantizar a obesidade. As influenciadoras das redes sociais ganham com isso, você não. Obesidade é um problema de saúde pública, é uma doença e uma doença grave. Existe um limite onde a gordura deixa de ser coisa de gente bem resolvida e se transforma em doença. Ser obeso não é só ter uns quilinhos a mais. Uns quilinhos a mais tudo bem, ninguém precisa viver refém de dieta e escravo da balança, mas quando o peso extra começa afetar a nossa saúde é um motivo para preocupação. Mais que uma questão estética, a obesidade é a porta de entrada para várias outras doenças e algumas delas como a diabetes é irreversível. Não existe essa história de "sou um gordo saudável", gordo não é saudável. Com raras exceções a autoestima de pessoas gordas também é baixíssima. Não tem como ficar feliz com um corpo que nos causa dores, vergonha, constrangimentos e nos submete a vários tipos de vexames.
Aí, eu me amo assim. Não ama não. A pessoa que realmente se ama não se conforma com a obesidade, a pessoa que se ama se cuida, não só para ter um corpo bonito, mas sobretudo, para ter um corpo e uma mente saudável. A gente tem que ser feliz com o corpo que tem? Tem que ser feliz sim, mas não com os quilos extras que colocamos sobre ele.
Não romantize a obesidade, mas também não se torne refém das dietas e escrava da balança. A vida pede equilíbrio e uns quilinhos a mais não faz você melhor nem pior que as outros. Estar satisfeita com o seu corpo, sim faz de você uma pessoa muito mais feliz que quem não está. Então, seja feliz!
Já me acusaram de obesidade mental. Mas confesso que estou tão consciente do meu consumo diário, que tenho pensado em evoluir para obesidade mórbida!