Citações de Livros
Quem sou e quem precisa de mim
Quem sou e quem desejo ser
Quem sou vive com quem ignorava a existência
Quem veio comigo e partiu
Quem me deu a vida e esqueceu-se
Quem sou, sobretudo, sei uma só verdade...,
Não estou mais só!
Tenho suas digitais em minha pele
Só me reconheço quando assisto meu reflexo
Nas retinas dos olhos dessa bela! Eu... Fera!
Márcia Morelli
06/10/2008
Sei do meu fardo, minhas feras, meus pecados, meus pontos fracos.
Minha humanidade se delata réu confesso, improviso uma desculpa,
Mas, não convenço. Eu não escapo.
Basta um olhar...
Um riso assim de canto de lábios,
Ah! Sua boca...
Um conflito de emoções
Eva do meu Paraíso
Nesse momento de tentação explícita,
Luto e me detenho... Um sobrevivente no Saara.
Minha alma em chamas!
Então, olho novamente para a boca que me chama
Amor: vamos para cama?
E adivinha...
Amanhã serão umas cem Aves Marias
Márcia Morelli
06/10/2009
O ENIGMA
Como uma canção que soa ao vento,
Ouço a cantiga enrouquecida de um galo.
De longe, avisto a paisagem patética, como um vão.
É como se alguma coisa parasse no tempo.
Uma estrada pedregulhada eu avisto, e caminho sem parar, sem nada ver.
Aquela paisagem vai chegando ou eu...
Que chego com ela?
Um cachorro magro me late. Em pouco,
A vista me parece escura, o enigma continua.
Chegarei ali, um dia? Talvez, um dia!
Um dia...
Paracatu
Terra amada e hospitaleira,
Onde repousam os mais belos colibris.
A serra da Boa Vista
abre as vistas a ela,
cidade cantada por Afonso Arinos,
Oliveira Melo, Lavoisier Albernaz,
Aparecida Teixeira e muitos mais.
Terra varrida pelos escravos,
em busca do ouro que brilha.
Aqui se fez muita história.
Aqui se faz muita glória.
Tem pequi, jatobá, murici e ingá.
No canto dos bem-te–vis,
Há alegria e poesia.
No sossego das fazendas,
no molejo das morenas
e no gosto da cachaça
fazem belas serenatas.
Paracatu...
Isabela
Tão magricela!
Não gosta de berinjela, não gosta de pimentão.
Mas adora chupar limão.
Isabela menina bela!
Brinca sozinha, encolhidinha,
Olhando a Lua numa bolha de sabão.
Isabela vai a janela!
Olhar pra rua olhar pra lua.
Quer ser livre como uma pluma.
Isabela, morena cor de canela!
Come o que gosta, brinca com a Lua
Sonha com a liberdade na passarela.
Assassinou a sua própria história? Não, não. Assassinou tudo aquilo que não era seu, e que por não ser seu, era puramente ela. Matou-se um pouquinho só, e pronto.
Pensou até que a vida fosse sua, pobre Dona Estella, teve a sua epifania dura e desorientada, como se descobrisse então o clímax de toda sua história em um momento doido que ela jamais teria imaginado acontecer-lhe, quando criança.
Se és capaz de me sentim bem perto, embora longe um dia me encontrar, se só te embalam sonhos mil que ao certo, verás que sabes mais e mais me amar.
A gente segue assim, aprendendo a reinventar sorrisos, a perdoar e ter a verdadeira paz. Muitas vezes precisamos silenciar-nos para que as palavras tragam sabedoria.
Precisamos construir o caminho todos os dias, arrancando espinhos, derrubando barreiras, aterrando vales, pois ele ainda não está feito.
Temos pressa em tudo, aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesma provoca, por pura ansiedade, de não aguardar o tempo certo.
Temos que saber nos aquietar na hora certa. Se permitirmos, a vida nos ensina a sermos serenas, ela vai nos ensinar a calar quando não temos respostas
Como gostaria de ter o poder para aumentar a noite e poder sonhar... Sonhar com campos verdejantes, onde as flores refletem o seu frescor e expelem o seu perfume... Queria um campo que fosse só meu, para poder correr entre as flores atrás de borboletas".(Marilina Baccarat De Almeida Leão)
Existem segredos que jamais revelados aos olhos do homem. Eles nasceram e permanecerão ocultos até o último dia de vossa existência.
A poesia é o meio mais seguro de esconder do mundo todos os segredos e todas as vontades; também é uma forma de se chegar mais perto dele.
Alma! Algo intenso e grandioso, não podemos mensurar e nem definir; ela pesa o que sentimos no momento.
O mar presenciará o fim de vossos dias. Ele não dorme, vive em constante vigília. Mesmo quando em maré baixa, parecendo-vos esmorecido, ele observa e ouve atento e silencioso os vossos lamentos.
Assim como o verão se finda e o outono se aproxima, o ciclo de vossas vidas também findará como as estações do ano.