Citações de Saudade
Lembrei, com saudade, dos Jarlich, três irmãos gêmeos, negociantes estabelecidos, com negócios de jóias, na Rua da Conceição, quase em frente a prefeitura. Se eu não me engano, Crisólita era o nome da loja. Quando eu ia lá com meu avô, era, na época, uma das melhores do ramo da cidade. De origem judaica, esses negociantes, extremamente simpáticos, gozavam de um vasto círculo de amizades grangeadas nos longos anos de comércio que exerceram com muita capacidade. Delicados ao extremo, lembro que, sorridentes, bastava conhecê-los para que uma amizade tivesse início. Sua freguesia era certa no ramo de jóias. Entendidos no assunto, honestíssimos, não eram como donos da H Stern ou Sara Jóias com a família Cabral. Vendiam a prazo, contou uma vez meu avô, muito antes dos serviços de proteção ao crédito (SPC) o que demonstra o alto grau de confiança que depositavam nos fregueses, mais selecionados pelas amizades do que, propriamente, pelas informações que pudessem obter em qualquer ficha cadastral hoje tão prática. A Crisólita, ou melhor, a calçada fronteira à loja, era o ponto obrigatório de todos os amigos e colegas do comércio dos irmãos Jarlich que, ali, às primeiras horas da manhã, iam provocar os parceiros infalíveis, para uma partida de "porrinha" valendo café. Nesses encontros não falava-se em política internacional. Isso porque, os parceiros, sem que houvesse acordo nesse sentido, sabiam que não seria conveniente qualquer comentário ou opinião sobre a luta travada entre árabes e judeus. Ainda mais sabendo que Hajjat e outros patrícios árabes evitavam comentar sobre a luta na qual os judeus levavam nítida vantagem na ocasião. Essa, aliás, é uma das características da comunidade niteroiense no que tange ao relacionamento de estrangeiros lá residentes. Como é natural, todos têm suas religiões, clubes e festejam suas datas festivas tradicionais, mas, uma coisa é certa, jamais deixam de cooperar juntos pelo progresso de Niterói. E, o que é mais importante, o conceito social de todos eles é dos mais respeitáveis e sempre nivelados pelo trabalho honesto e pelas atividades executadas nos clubes de serviços e em obras sociais diversas. Amam suas pátrias de origem, como não podia ser de outro modo, mas, sem dúvida, há em todos eles e em seus descendentes um demonstrável amor por Niterói, onde vivem, crescem e terminam seus dias. Mas, voltando à reunião habitual pela disputa do café, os anos foram passando e consolidando cada vez mais, a amizade entre os componentes da roda, até que, um dia, um dos irmãos gêmeos, o Isaac, morreu. Foi como se num tripé faltasse um dos apoios. Os sobreviventes sentiram demais a perda. Não eram mais os mesmos. Vislumbrava-se, agora, nos seus semblantes, a marca triste das perdas irreparáveis. Não passou muito tempo, Moysés, o segundo irmão, partiu também para o eterno descanso. A ruptura deste vínculo fez desaparecer no sobrevivente o sorriso que, antes, era o traço marcante da sua fisionomia. Taciturno, já não sentia prazer em conversar com os amigos e a impressão que nos dava era o desânimo. Até que um dia, Germano também foi se unir aos irmãos, deixando um vazio imenso na roda que, com o tempo, foi-se desfazendo pelo mesmo motivo, a morte. E lembro o meu avô dizer: "Meu neto, quando você for mais velho, vai começar a ver as pessoas indo embora." E não deu outra. Já um pouco mais velho, fui vendo, ao lado do meu avô, o Serrão, da casa de ferragens, Souza e Carvalho, os banqueiros, Hajjat, da camisaria Sul América; e outros mais, indo embora, até que chegou a hora mais difícil: ver também o meu avô, meu ídolo, partir. Devem estar hoje em qualquer plano do espaço, fechando as mãos com os três fósforos, disputando qualquer coisa sem valor com os irmãos Jarlich, os saudosos companheiros da disputa do cafezinho matinal. Nós, que ficamos apenas com saudades deles, não podemos deixar de reconhecer que, no fundo, a morte não é tão ruim. A chatice dela está no vazio que provoca, quando arrebata, sem apelação, pessoas que amamos. Os Jarlich deixaram saudades. Homens assim fazem falta à comunidade. Eles, sem dúvida, contribuíram para o progresso de Niterói. Sua loja primava pelo bom gosto. No gênero, em certa época, foi das melhores em instalação, e, inegavelmente, é uma forma eficaz de ajudar uma cidade, dando-lhe vida, através de um estabelecimento comercial bem montado e sortido. Niterói que possui, hoje, nesse gênero de comércio, vistosas e excelentes lojas, que tanto contribuem para o seu progresso como a Gran jóias, dirigida pelo Antônio, a Garbier, da propriedade do Alberto, a Jóia Niterói Ltda, sob a direção do Salomão, não pode esquecer dos irmãos Jarlich que alinhavam a competência comercial ao bom gosto uma excepcional capacidade de fazer amigos. Mas uma amizade que, sem dúvida, passava longe da amizade desses novos empresários de jóias com a família Cabral. Saudades dos irmãos Jarlich.
Quando a saudade está quase indo embora, a lembrança grita chamando-a, e convidando-a a ficar mais um pouco.
Alegro a saudade que virá, com a triste
nota do pesar olhando a partida do poeta, que era tudo que ainda resta.
"De tudo que nos resta as lembranças e a saudade pode ser um elemento que exprime realmente o quanto valeu a penas estarmos junto, pois não importa as distâncias para dizer que realmente valeu apena e foi assim mais na mesma proporção que o tempo nos uniu parece ter nos afastado, mais com uma diferença. Podemos dizer que temos amigos (as)a distância mais que na sensação obstinada dos pensamentos e anseios os trazem para bem perto".
Saudades
Sinto falta
Falta algo
Algo especial
Especial é o q sinto
Por você
Saudades
Das nossas felicidades
Contar as novidades
Fazer tuas vontades
Vontade
De ver tuas covinhas
Que são minhas
Saudade
Querendo te abraçar
Acariciar
Apertar
Amar
Saudades
Da minha namorada
Da minha amada
Apaixonada
Sem Amarras
Onde tu andas
Não deixas pegadas
Não queres ninguém te seguindo
Se a saudade apertar
Podes até pensar
Em um dia voltar
Não tens amarras
Medo de se entregar
Já teve nos olhos as lágrimas
Sofrimento sem cessar.
Um rio...
E quando deixamos a saudade seguir sozinha, há sempre um novo caminho, um rio que leva a nossa imaginação para distâncias incalculáveis, sem medo, vamos virando na próxima curva, lá, as opções são infindáveis, há beiradas onde a sombra ameniza o calor, e a brisa, parece gostar da nossa companhia.
by/erotildes vittoria
SAUDADE
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam
Saudade sentimento que vive eternamente na lembrança, não obriga a presença, não importa a distância, o tempo afasta mas não mata a esperança.
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudades!
Palavra composta de quatro vogais e quatro consoantes, que quer dizer tudo e não diz nada.
Na saudade está o silêncio...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nunca concretizou...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos;
Saudades! Sim... Talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte.
Que bem pensara vê-lo um dia. Esquecer! Para quê?... Ah!
Sera que conseguirei.
O que e tudo isso, Amor? Não sei... Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar, Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar. Mais a saudade anda presa a mim!
"A saudade se desencanta quando acaba uma oportunidade de encontro,mas o amor ....se sacia no enlace ! ".
Piedosas Intenções
soneto
Na verdade há um grito na minha voz,
Um suspiro de saudade em mim a vaguear,
Nos meus olhos , uma vontade de estar só
Que me deixa em cada canto a chorar!
E choro por mim, por ti, por todos nós ...
Choro por tudo aquilo que não vivi,
Por aquilo que não tive de todos vós,
P'lo que tive, não guardei e até o que perdi!
Mas talvez não haja solução, meu amor,
Mãos que não dão o que podem receber?!
E no horizonte apenas vejo dor ...
Vejo espuma, névoa e loucura,
Um barco nos meus olhos a perder
A alegria e tantas ondas d'amargura!
Estou caminhando entre uma multidão
E um vazio faz morada dentro de mim
A saudade maltrata esse meu coração
Nada consegue me fazer sorrir
Sem você minha vida é solidão
Só ao teu lado me sinto feliz
Hoje em minha cama só resta recordação
O teu cheiro ainda está grudado aqui
Agora sinto que o frio mais frio fica
Se não há você em minha vida
Minha primavera perdeu suas flores
E em meu arco-íris acinzentaram as cores
Não existe outro alguém
Que meu coração consiga amar
Não existe outra mão
Que minha mão queira segurar
Não existe outro corpo
Onde meu corpo queira se abrigar
Não há ninguém
Que ocupe o teu lugar.
"Quando a saudade apertar demais, feche os olhos e reviva a sua melhor lembrança. Por mais que seja uma felicidade ilusória, ela existe porque em algum momento foi uma felicidade real."
O amor... é uma ligação de dois corações! conservados em um só sentimento,mas para saudade, está sempre ocupado!".
O Amor acontece não quando você conhece uma pessoa, mas quando a Saudade de alguém nos aperta o peito e a distância parece infinita.
QUANTA SAUDADE, DE MIM! SIM,DA MINHA INOCÊNCIA, BELEZA TERNA E CATIVANTE! POR QUE CRESCI? AH! QUIMERAS! TUDO DEU LUGAR,A UM MUNDO,NOVO,OBSCURO,MAS COM A CERTEZA DE VERDADEIRA CLARIDADE E INOCÊNCIA!
Ah... saudade dos tempos que podíamos prosear sentados numa praça, com um jardim florido, sem medo e felizes com pouco. A simplicidade deu a vez para as complexidades, e com elas vem o saudosismo de um tempo irrecuperável que tinha cheiro da vida.
Que a memória não se renda e faça sempre o seu papel, pois é ela quem sobra do passado e que consegue sobreviver no futuro.