Citações de Filósofos

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Quem não sabe encontrar o caminho para o «seu» ideal vive de um modo mais leviano e insolente que o homem sem ideal.

Não existem fatos, apenas interpretações.

É terrível morrer de sede no mar. Por que haveis então de salgar a vossa verdade de modo a que não mate já a sede?

Friedrich Nietzsche
Além do bem e do mal. São Paulo: Companhia de Bolso, 2005.

Não é só a razão, mas também a nossa consciência, que se submetem ao nosso instinto mais forte, ao tirano que habita em nós.

Os advogados de um criminoso só raras vezes são suficientemente artistas para aproveitar em favor do réu a terrível beleza do seu ato.

No elogio há mais impertinência do que na censura.

Ter-se vergonha da sua imoralidade: é um degrau na escada em cujo extremo se tem também vergonha da nossa moralidade.

Observou-se mal a vida se não se tiver visto também a mão que, de uma maneira especialmente cuidadosa - mata.

O aforismo, a sentença, nos quais pela primeira vez sou mestre entre os alemães, são formas de «eternidade»: a minha ambição é dizer em dez frases o que outro qualquer diz num livro -, o que outro qualquer «não» diz nem num livro inteiro....

Não há outro critério da verdade senão o crescimento do sentimento de poder.

A nossa vaidade gostaria que o que fazemos melhor fosse considerado como aquilo que mais nos custa. Para explicar a origem de certas morais.

Devemos ter uma boa memória para sermos capazes de cumprir as promessas que fazemos.

Se temos que mudar de opinião a respeito de alguém levamos-lhe muito a mal o incómodo que assim nos causa.

Onde amor e ódio não concorrem ao jogo, o jogo da mulher torna-se medíocre.

O filósofo, como o entendo, é um explosivo terrível na presença do qual tudo está em perigo.

O amor por um só é uma barbaridade: porque se exerce à custa de todos os outros. O mesmo quanto ao amor por Deus.

Em certas pessoas, o alegrar-se com um elogio é apenas uma delicadeza do coração - e precisamente o contrário de uma vaidade do espírito.

Quem atinge o seu ideal, ultrapassa-o precisamente por isso.

Comparando no seu conjunto homem e mulher pode dizer-se: a mulher não teria engenho para se enfeitar se não tivesse o instinto do papel «secundário» que desempenha.

«O nosso próximo não é o nosso vizinho, mas o vizinho deste» - assim pensam todos os povos.