Citações
Eu não sou legal, não mesmo. Acho que sempre tenho razão e quando minhas previsões dão certo olho com a cara mais abominável do mundo, dou um sorriso irônico e falo o clássico eu-te-avisei. É que, em geral, eu tenho razão. Essa é a primeira – e mais importante – coisa que você precisa aprender a meu respeito. (...) Não sei receber elogios, fico sem saber o que fazer, me atrapalho e acabo trocando de assunto – quando não troco as pernas e tropeço em algum canto de mim. Sorrio para disfarçar desconfortos. Se eu não gosto de você é bem provável que você tenha medo do meu olhar. E eu posso simplesmente não gostar de você de graça. Se eu gostar de você aviso de antemão que você é uma pessoa de sorte. Eu me entrego. Quem vive comigo sabe. Quem convive comigo sente. Eu amo poucos. Mas esses poucos, pode apostar, amo muito.
Acho que a única razão de sermos tão apegados em memórias é que elas não mudam, mesmo que as pessoas tenham mudado.
Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.
Me sinto sozinha, deprimida, carente, cansada, mas acho que ninguém liga para isso. Afinal, é só colocar um sorriso falso no rosto.
"Eu não vou ficar chorando pelo que os outros falam...eu faço o que acho certo e o que eu tenho vontade. Não me arrependo de nada e seria até capaz de repetir tudo de novo. Pelo menos sei que mesmo tendo dados tantos erros, eu tentei, eu fui em frente, e eu não me envergonho.
Não vou julgar os outros que falam de mim, afinal, quem sou eu pra julgar os que me julgam?"
Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício, acho medonho alguém viver sem paixões.
Acho que te criei no interior da minha mente.
Nota: Trecho do poema "Canção de Amor da Jovem Louca".
...MaisEi, só vim avisar que estou desistindo, ok? Acho que assim será melhor, com ou sem você, já não importa mais. Venho vivendo em um permanente e inútil sacrifício, apenas mudarei o foco. Prometo esquecer-te. Aprendi a lembrar de ti a todo momento, agora bastará lembrar de te esquecer. Não vai ser difícil, vou tentar lembrar do muito que te dei e do pouco que recebi, vou lembrar dos sorrisos que desejei enquanto as lágrimas tomavam conta de mim, vou lembrar do quanto te amei e o que isso significou pra você. Bom, será assim. Vou sofrer como antes, mas dessa vez terei amor próprio, cuidarei mais do meu "eu". Posso ter sido mais uma pra você, mas sou única pra mim.
Acho que o fim de um relacionamento é sempre difícil, a saudades das coisas mais banais fazem parecer que seu mundo acabou, mas não... a vida continua e um dia a dor passa, é só você querer, pode demorar um dia, uma semana, um mês, um ano. Mas um dia passa.
Temos a impressão que a pessoa é nossa, que nos pertence como se fosse alguma coisa que compramos, mas ela tem seus direitos, de não te querer mais, de não querer falar com você e de simplesmente querer lembrar que foi uma coisa boa.
Ficamos loucos como se tivéssemos perdido um pedaço de nós.
E querendo ou não, temos que chegar a conclusão que acabou, e que não foi por causa de uma coisa ou outra ou que foi por causa de você ou dele(a), acabou porque acabou!
E foi bom enquanto durou, deu certo durante um tempo!!! A melhor coisa a se fazer e ficar quieto não procurar, não ligar, não fazer nada. Pense.
É difícil aceitar isso, mas é o jeito! E se for pra ser... um dia vai ser, um dia volta.
Exaltemos as coisas boas, mas temos que lembrar que também existiram coisas ruins, mas a nostalgia é assim; reciclada, cortamos o que faz mal e editamos as partes felizes como um filme de auto-ajuda.
E por favor, não se acomode, varie sua rotina, saia com pessoas diferentes, até mesmo aquelas que você não quer ver, vá a lugares diferentes! Experimente! Às vezes as melhores experiências estão nas oportunidades mais inesperadas. Faça isso sozinho e em especial com a pessoa que está do seu lado.
Não se critique demais nem se parabenize demais, suas chances vão continuar sendo as mesmas.
Cometemos muitos erros enquanto estamos de cabeça quente e solitários, o problema é que só percebemos isso depois. Mas isso é bom porque não os faremos de novo. Por isso lembre-se quando estiver nervoso, não faça nada, por mais que queira gritar, ligar, brigar, fique quieto, quando estiver mais tranqüilo pense e depois disso pense de novo, não estrague as coisas por causa de um impulso.
A vida da outra pessoa é dela, e dela somente, não podemos interferir, nem dar opinião, nem conversar com as pessoas próximas dela, lembre-se, se acabou... Acabou!
Não fique com raiva da outra pessoa, ela não tem culpa por não te querer mais, ou às vezes até quer, mas a convivência estava tão difícil que é melhor ficar separados, pode ser para sempre, pode ser por um tempo, mas reflita sobre isso. Só o tempo irá dizer.
E depois de um tempo... é bom conversar, colocar as cartas na mesa, pedir desculpas! O ressentimento não faz bem a ninguém, o carinho sim... este faz bem, não falo daquele carinho louco que temos quando o amor nos domina, mas o carinho de que a pessoa foi especial e mudou sua vida de um jeito impressionante. Deixe isso claro, nunca sabemos o que pode acontecer no futuro.
Tiremos nosso próprio tempo para pensar, amadurecemos sozinhos!
Escute seus amigos mais experientes eles sabem o que dizem, escute seus pais, eles só querem seu bem.
A saudade como disse antes pode voltar quando você menos imagina, não fique pensando que é uma coisa ruim, é bom você lembra de um momento bom da sua vida, mas pense que isso só te acrescentou e foi uma forma de aprendizado.
Quando pensar nos seus erros, não sofra pois é com eles que você verdadeiramente aprendeu.
E assim é a vida... uma série de ciclos, que começam e terminam. Alguns voltam outros não! Mas deixe que eles se fechem naturalmente, não se force a sentir coisas que você sabe que não são verdadeiras, se for para chorar, chore. A sinceridade umas das coisas mais lindas da vida.
Todo mundo sofre por amor, quem não ama não vive.
O amor é assim, enquanto te traz a maior felicidade do mundo também te traz a maior tristeza. É um paradoxo.
O amor é lindo somente quando sabemos perdoar, e nunca se iluda que existe uma pessoa perfeita, todos temos defeitos, e em uma relação lembre-se deles, nunca se esqueça, pois eles ajudam a você entender a pessoa que está a seu lado. Escute a pessoa que te fala para mudar ou para maneirar em algumas coisas, ela só quer seu bem. Tente se colocar no lugar dela.
Tente entender as preferências e as atitudes dos outros, respeite-as.
Não implique, não xingue, não brigue, saiba lidar com as diferenças puramente humanas, não nascemos todos na mesma família não vivemos no mesmo meio, não somos iguais, mas nos entendemos e isso sim é amor.
Também não seja um santo, quando alguma coisa te incomoda, fale o que pensa, o que quer, isso constrói base indestrutíveis, mostra caráter, maturidade. Ninguém quer estar sempre certo, precisamos ser contrariados. Uma relação nunca vai ser sempre linda, cheia de paz, querendo ou não e por mais absurdo que pareça brigas ajudam.
Não temos uma conexão divina com o outro, temos carinho, amor e respeito, infelizmente este último muitas vezes é esquecido.
O amor vem em ondas, tem dias que não queremos ver a pessoa, tem dias que queremos ficar abraçados 24 horas. Respeite essas escolhas, não exija que fiquem com você, simplesmente por que você quer, essa pode ser a pior forma de egoísmo da mundo. Essas ondas podem não voltar como também podem voltar depois de um longo tempo.
A distância dá saudade. Ficar juntos é ótimo, mas também precisamos entender que a temos vidas separadas que também são felizes, e que juntos somos mais ainda. Muito mais. Tenha seu próprio espaço, sua própria individualidade, sua própria felicidade. Não sufoque a pessoa, não exija o que não pode ser dado, só por que você quer, isso machuca, estraga. Respeite o espaço e as escolhas.
Não seja indiferente com os sentimentos dos outros e não deixe que sejam com os seus, uma palavra pode doer mais do que mil facadas.
Assim é o amor, ao mesmo tempo que nos conforta ele também maltrata.
Incompreensível... Imprevisível....
Quem sabe um dia ele bate na sua porta de novo... melhor e maior.
Mas quem sou eu para falar disso, só tenho a consciência que percebi essas coisas tarde demais.
Acho que não precisava ser assim. É tudo tão forte, tão profundo, tão bonito, não precisava doer como dói. Eu não podia apenas sorrir quando me lembrasse de você? Mas acontece tipo assim: lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro, do seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir, é assim mesmo, automático, como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante a pessoa mais feliz do mundo, mas que só você, de algum modo, fosse capaz de ativar. Eu sei, é lindo. Mas logo em seguida, quando penso em quão longe você está sinto-me despedaçar por inteiro. Sabe a sensação de arrancar um doce de uma criança? Pois é, sou essa criança. E dói. Uma dor cujo único remédio é a sua presença. Então sigo assim, penso em você, sorrio, sofro e rezo, peço pra Deus cuidar da gente, amenizar essa dor e trazer logo a minha cura.
Eu realmente acho lindo essa coisa de duas pessoas não quererem nada que seja bom no mundo além de uma a outra. E eu queria você, muito. O querer mais bonito que pode existir era seu, só seu.
Não quero um amor rasgado, remendado, pela metade. Demorei tanto tempo pra encontrar essa paz, acho que mereço uma coisa inteira, intensa, indestrutível.
Acho que, se a gente pudesse correr sem nunca se cansar, nunca mais iria querer parar. Mas às vezes existem razões muito especiais para se parar.
A complicada arte de ver
Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".
Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".
A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.
Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as tem na mão e olha devagar para elas".
Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...
Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder.