Cintura
Sentindo uma vontade irrefreável de atirar-me enlaçada em sua cintura,
Em atar-me a você e a desligar o tempo,
Em beijar sua boca de todas as formas e em todos os sentidos,
E deixar minha mão perdida debaixo do seu cabelo.
Será que a lua está cheia lá fora? Ou essa volúpia apresentou-se tão forte encorajada tão somente pela noite estrelada?
É tão bom acordar tendo você ao meu lado. Seus braços em torno da minha cintura, sua respiração ainda que sonolenta no meu ouvido e seus olhos me fitando com demasiada demora. Tudo é tão lindo e quero guardar esse momento para todo o sempre.
Filipe II
tinha um colar de oiro
tinha um colar de oiro
com pedras rubis.
Cingia a cintura
com cinto de coiro,
com fivela de oiro,
olho de perdiz
Comia num prato
de prata lavrada
girafa trufada,
rissóis de serpente.
O copo era um gomo
que em flor desabrocha,
de cristal de rocha
do mais transparente.
Andava nas salas
forradas de Arrás,
com panos por cima,
pela frente e por trás.
Tapetes flamengos,
combates de galos,
alões e podengos,
falcões e cavalos.
Dormia na cama
de prata maciça
com dossel de lhama
de franja roliça.
Na mesa do canto
vermelho damasco
a tíbia de um santo
guardada num frasco.
Foi dono da terra,
foi senhor do mundo,
nada lhe faltava,
Filipe Segundo.
Tinha oiro e prata,
pedras nunca vistas,
safira, topázios,
rubis, ametistas.
Tinha tudo, tudo
sem peso nem conta,
bragas de veludo,
peliças de lontra.
Um homem tão grande
tem tudo o que quer.
O que ele não tinha
era um fecho éclair.
Nunca dormimos, medo de ser sonho, medo de acordar. O seu braço enlaçado à minha cintura, não soltou nunca. Os amantes são assim, eles bebem até a última gota a seiva doce e embriagante da paixão. Se entregam a ela como viciados numa droga forte até a exaustão.
A saudade me pegou ,me puxou pela cintura e disse vem que hoje você vai ser só minha.
Me bateu a madrugada toda , me espancou e continua me judiando até agora .
Eu não consigo mais segurar minhas lágrimas , já tá na hora do almoço e eu não paro de chorar!
Foram tantos os dias que eu fugi dela , com ela me perseguindo incansavelmente mas não teve jeito ela me achou e não quer ir embora.
Já ofereci boas lembranças , memórias felizes , fotos e músicas mas mesmo assim ela não quer me deixar .
Meu coração está apertado , parece que com suas mãos frias e gélidas ela esmaga cada centímetro de mim .
Eu não posso parar , tenho muitas coisas a fazer e ela é tão mal educada que está me acompanhando em tudo que faço.
Até dirigindo , não pude deixar de molhar o volante do carro com seus resquícios .
Nunca vi um sentimento tão cruel , frio e calculista, que espera o momento exato pra te atacar e te deixar no puro caos .
Eu espero que ela não volte muitas vezes , ela nem foi embora ainda e eu já estou ansiosa pela despedida .
E tudo isso é culpa sua , que me acostumou com tanto amor e carinho que por estarmos longes não aguento de tanta saudade .
Quando nos vermos novamente me promete não me deixar , promete ficar ao meu lado mesmo que seja impossível , não deixa eu sentir isso de novo , não sei se eu posso aguentar receber a visita da saudade novamente !
E L E
Era ele, de canastro robusto,
Sempre o foi, mas de cintura fina,
Calçava no pé, com perna de menina,
Quarenta a quarenta e um de justo.
Isto, é história dos anos de fusto:
Forte, baixote e de rosto sisudo,
Cantando e declamando poetas de rudo,
Mas moço bom de ímpeto augusto.
Poeta, por favores e epítetos tais,
Em recriações de fugidios tempos,
Tornados tormentos de amores reais.
Pouco desfrutou ele de galais eventos
Com luzes malignas, de cores fatais:
Por ser amante do escuro dos mortais.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 08-01-2023)
Minha arma não tem a dureza do aço e seu coldre é de ossos. Não vai pendurada à cintura, mas é sublimemente mortal e nunca se separa de mim.
Já me curei de você,
com essa mania de ser boa em tudo
com esse jogo de cintura
essa boca fantasiada de amor com chocolate
essa autoestima de mulher
esse sorriso de menina
esse olhar doce
com esse coração frio, transformando o meu sorriso em cinzas
meu olhar desolado
meus sentidos ignorados
me curei de você, como quem se cura de uma doença crônica
todo o dia o sol reflete na minha pele e me lembro da maciez da sua
na calada da noite, me lembro do aconchego dos seus braços
da respiração perto dos meus lábios
ai! me curei de você, mas não totalmente
não sendo indiferente
nem tão pouco exigente
me curei de você de maneira equivalente ao sol quando da espaço para a lua reinar
reserva a ela a opção de brilhar,
seja para o mar ou para amar
desde que você esteja a sorrir
mesmo que seja longe de mim.
O bambu é flexível, adaptável a situações adversas, tem 'jogo de cintura' , e não se curva porém finge que se curva. O que se curva não pode de forma alguma ser comparado, figurativamente, ao bambu que é um enganador, e que finge se curvar. O bambu é um sábio e inteligente, enganador necessário para sobreviver, não quebrar sua estrutura, pois sem ela nada é.
E há os que ignorantemente se curvam fácil. Eu, às vezes, me faço de bambu pela minha flexibilidade e adaptação. Porém vejo outros que sem perceber se curvam como no livro de José(Bíblia), apenas por som e imagem.
Uma palavra amarga muitas vezes inspira; a dócil, abana em contentamento sua cintura e seguramente morde.
DE MODO PROFUNDO (trecho)
... Teus braços me envolvendo o pescoço
eu te tomando a cintura
o jeito como nossos olhos se olhavam
era a versão explícita
de que desejávamosum ao outro ...
Enquanto conversávamos senti vontade de agarrá-la, pegar na sua cintura bem forte e beijá-la com força, colocar dentro dela toda minha energia, mergulhar nossas máscaras e roupas num balde de fogo com gasolina!
E assim fizemos!
doce felina, como eu a queria!
A diferença entre um professor sábio e o tolo está na habilidade no "jogo de cintura". o melhor sempre tem um plano "B" em funcionamento! O outro planeja demais.
Flexibilidade, sabedoria, jogo de cintura são determinantes para momentos de adversidades.
A planta que não enverga não resiste a tempestade.
Seja flexível com você.
O meu corpo a te desejar
Em cada toque, em cada olhar
Vc me puxa pela cintura
Sussura em meu ouvido
Me pega firme pela nuca
Me beija lentamente
Morde meu pescoço
Pele arrepia
Desliza sua mão boba...
Meu corpo treme
Coração dispara
Respiração está ofegante Embriagada de prazer
Carícias em êxtase
Bebo do teu fôlego
Como posso não querer?
Possua-me
