Cidade Linda
Que você seja o seu primeiro pensamento do dia.
Conceda sua atenção, veja se precisa de algo e agradeça pelo que tem.
E os outros?
Serão o segundo pensamento,
se o merecerem.
Confusão...
Amor em profusão
Desejo a galope
Pensamentos vãos
Tormenta a reboque!
Incertezas mil
Respostas confusas
Amores bravios
Leveza e doçura!
Instabilidade constante
Controle inexistente
Encanto latejante
O amor é latente!
O ceticismo ronda
O lamento quase dói
Como uma forte onda
Na verdade que corrói!
Perguntas sem resposta
Certezas advirão?
A confusão prossegue
Inundando o coração!
Posseiro...
Você chegou mansamente...
Qual posseiro se instalando
Com a perícia dos amantes
Envolvendo-me no seu canto.
Você chegou de repente...
Sem licença concedida
Alimentando a semente
Fazendo mais linda a vida.
Você chegou lindamente...
Qual príncipe galopante
Que com seu corcel vibrante
Encantou e se fez amante.
Você chegou docemente...
No carinho e cuidado constante
Acariciando minha mente
Abrindo meu coração vacilante.
Você chegou simplesmente...
Fazendo-me sonhar acordada
Instalando-se definitivamente
Tornando minh´alma iluminada
Amor sem Futuro...
Nossa história não prevê futuro
O presente é tudo o que temos
E vivemo-lo tão intensamente
Que até transpusemos o tempo.
Nosso amor é aqui e agora
Sem pensar no lá e então
É tão forte que me apavora
É tão frágil e sem ambição.
Nossa paixão transpôs o limite
Do racional e do permissivo
É cega, não atende, insiste
É mola do amor impulsivo.
Nosso encontro é arrebatador
Como as ondas do mar agitado
Vem quebrando os tabus com ardor
Vai deixando o coração apertado.
Mas como diz o poeta Quintana
Coisas inatingíveis, por que não querê-las?
O amor invade, me leva ao nirvana
Para quê futuro? O presente é minha teia!
Toque de Amor...
Tocaste meu coração
Como o orvalho toca a flor
Como a lua em comunhão
Com a noite em seu esplendor.
Preencheste minha vida
Como uma balada de amor
Que envolve e se faz acolhida
Na dança com todo ardor.
Invadiste minha praia
Como onda turbulenta
Espantando a calmaria
Deixando-me mais sedenta.
Iluminaste meu mundo
Como o sol clareando a aurora
Com teus raios me invadindo
De um jeito que tudo aflora!
Celebração...
Quero celebrar o tempo que passamos juntos
E guardar com carinho as nossas lembranças
Quantos momentos lindos de amor vivemos
Quantas viagens ao infinito fizemos.
Quero festejar tua estada na minha vida
E as mudanças que você causou em mim
Adoro a pessoa que sou quando estou com você
Adoro pensar que nossa história não tem fim.
Saber que estás feliz acalma o meu coração
O que houve entre nós pra sempre vai existir
Mas agora é preciso te deixar partir
Singrar outros rios, ver outro olhar, construir!
Soltando as Amarras...
Sei que é hora de deixar de te amar
Ouvir a voz da razão, me equilibrar
Buscar esquecer e não mais pensar
Nas delícias que sentimos a bailar.
Sei que é hora de soltar minhas amarras
Deixar-te livre para sonhar e navegar
Conhecer outros portos, se aventurar
Realinhar tuas velas e se preparar para amar.
Sei que nunca vamos esquecer
Do nosso mundo de amor proibido
Das poesias que marcaram nossos dias
Das fantasias que beiraram o infinito!
Nosso Refúgio...
Atrás daquela porta um outro mundo
Iluminado na penumbra reluzente
Na paixão encoberta e desvairada
No desejo lânguido e irreverente.
Atrás daquele amor uma poesia
Pura e forte na essência primitiva
Eterno amor na solidão acompanhada
Transcende os muros da distância invasiva.
Atrás daquele beijo uma saída
Tortuosa e livre na sublime intenção
Sacia a fome do ultrajante desejo
Liberdade aceita em perfeita ilusão.
Atrás daquele tempo a eternidade
Na vastidão dos caminhos a percorrer
Voracidade na vivência lírica
Rendição consentida, reencontrando o ser.
Não precisa de olhar no espelho para se ver linda.
Ame-se em primeiro lugar, e você será linda:
Hoje, amanhã e sempre!
Nem S de super nem S de sabedoria. Quero um S de Serenidade que me trará Sabedoria para Superar tudo o que não posso alcançar.
E eu me curvo.
Me curvo despido de medo, de irreverências irreversíveis, de bem mal aproveitado e de vestes materiais.
E eu me deixo.
Desvencilho-me da minha carne, da minh’alma terrestre, da matéria veredita e mal criada.
E eu me vou.
Me vou feliz, longe de provas e expiações, longe de malícias e mágoas, de hipocrisia e vida mal submetida.
"Deus,
andei.. andei
procurei e não te achei
cansei, parei de andar e olhei,
do meu lado te encontrei.."