Cidade Linda
Ode à Campo Grande
Quando estou triste
Fico à caminhar pelas ruas da cidade
Oh! Majestosa morena.
Entre tantas outras é a mais bela.
Quando estou alegre
Vou até a praça
Tomar tereré com os amigos.
Belíssimas praças só encontramos aqui
Oh! Inigualável cidade.
Quando estou ansiosa
Meu refúgio é caminhar pela Via Morena.
Oh! Sublime cidade.
Pretendo nunca afastar-me dela.
Quando estou nervosa
Acalmo-me vendo o pôr-do-sol
No parque das nações indígenas
Oh! Lugar repleto de maravilhosas paisagens
Essa terra é abençoada.
Quando estou triste ou alegre
Ansiosa ou nervosa
Somente essa ‘‘morena” tem a solução.
Oh! Campo Grande
O melhor lugar para viver.
Partindo de um sonho
A essa cidade
Partindo de mim
Oh realidade
Qual será meu fim
Caminhando agora
Sobre esse teu chão
Cheio de incertezas
Eu que sou menina
E não sei de nada
Eu que sem vacina
Dei a cara á tapa
Pra essa tal de vida me contaminar
Lhe pergunto agora com essa mesma voz
Se o tempo, os anos, ou quantos raios tiverem
De partir
Desmancharão esses nós
Desfarão os por quês que trago em mim?
Já caí tanto e ainda não to madura
Olha, essa tal de vida é mesmo dura
Só me resta deixá-la correr
Enquanto isso eu vou brincando de viver
Mundo de ilusão
Moro numa casa deserta
Na rua da solidão
Cidade da desilusão
Há tempo que tento
Mudar meu endereço
Mas a solidão tornou-se aconchego
Tua ausencia levou-me para este endereço
Apenas a tua presença pode fazer a diferença
Levar-me de volta para vida e tirar-me
Do mundo de apenas existencia.
Parece sem sentido tudo isto que está escrito
Mas é o que no momento sinto...
Sem tua presença não vivo
Apenas existo...
Ergue-se um manto de estrelas sobre a cidade
No alto a lua com toda a sua impetuosidade
Silêncio somente …
Uma mesa e cadeiras no centro
Onde costumamos tomar café nas noites mais quentes
Como esta.
Sinto um arrepio … de repente
É como se uma presença estranha estivesse no terraço
Sinto o toque do teu olhar penetrante
Desnudando o meu corpo
Que eu apenas cobrira com um manto branco
Uma breve troca de sorrisos
E sinto o toque da tua mão no meu rosto
Silencias-me com a ponta dos dedos
Enquanto me conduzes até à espreguiçadeira mais próxima
Fazes com que me sente e me deite
Ajoelhas-te a meu lado como se eu fosse uma Deusa …
A tua Deusa !
Os minutos parecem eternos e os nossos corpos estremecem
A cada toque, na descoberta de todos os mistérios
Carícias que penetram a pele e desfazem a alma de prazer
Sofreguidão daquele momento místico
Dos corpos apenas banhados pela lua cheia
Num movimento que nos leva à loucura, ao cume do prazer
… e repousamos por momentos infinitos.
Faz um pouco de silêncio!
O quarto está escuro,
a cidade está dormindo,
mas essas vozes não param...
Faz um pouco de silêncio,
por favor!
Deixe-me dormir!
Saia um pouco de perto de mim,
vá dar uma volta
e por um instante
me esqueça!
Deixe o silêncio aqui,
por um momento,
cuidando do meu sono
e tocando minha mão.
Posso te falar dos sonhos, das flores...
de como a cidade mudou...
Posso te falar do medo, do meu desejo...
do meu amor...
Posso falar da tarde que cai
E aos poucos deixa ver no céu a Lua
Que um dia eu te dei
Gosto de fechar os olhos
Fugir do tempo, de me perder
Posso até perder a hora
Mas sei que já passou das seis
Sei que não há no mundo
Quem possa te dizer
Que não é tua a Lua que eu te dei
Pra brilhar por onde você for
Me queira bem
Durma bem
Meu Amor
Ivete Sangalo
Fiz todas terapias que tem na cidade. A conclusão veio depressa...O meu problema era felicidade.Não fiquei desesperado, não, felicidade quando é no começo ainda é controlável."
Depois das 23:30, todos estao dormindo, Numa cidade que Nunca para. Numa Vida sem destino e sem Muito menos Alegria, depois das 23:30 as fortes Luzes da Cidade Se apagam, e fica Tudo Tao escuro Que quase nao consigo ver quem atravessa na esquina do meu apartamento, Quase nao consigo ir Muito Longe para despertar Curiosidades No meio da neblina da MadruGada, Depois das 23:30 ja chega a Madrugada, eu pego Minha água, e olho pela última vez a cidade que Nunca Dormi no meio de toda aquela escuridao No meio de tantos predios, casas, pronta para estar lá de novo no proximo dia pronta para ser o nosso lixo Por mais Uma Vez...
É noite na cidade, mais uma noite no fim do mundo
A isolação traz, a preocupação do vazio sentimental...
Mas que absurdo! É só outro buraco sem fundo,
Tanto espaço vazio e ainda nos sentimos tão normal...
Ainda é noite na cidade, mais uma noite no fim do mundo,
As luzes não são escudos, abrigos seguros, para nossas baladas...
Mas onde estão os “caras”?...Daqui eu só vejo fantasmas!
E tantas luzes para se iluminar tão pouco o caminho de casa..."
Repimboca da parafuzeta
Era final de tarde, numa pequena cidade chamada Repimboca da Parafuzeta, na qual ninguém fora dela atrevia-se a citar seu nome, por uma espécie de vergonha.
Mas, vergonha por quê? Vou lhe explicar...
Repimboca é uma cidade como qualquer outra, mas com algumas diferenças.
Neste lugar as pessoas são chamadas de Djow, as crianças sabem voar, e os aviões andam de bonde. O macaco joga futebol, computador é sofrimento, caderno é paz, roupa é parede. A grosseria é substituída por carinho, o racismo pelo respeito. Pulseiras são sentimentos, saudade é paciência, amizade é família. Mulheres têm vergonha, os olhos são criativos. A amizade tem amor, e o amor gera o beijo.
Você deve estar se perguntando: ok. Mas porque vergonha?
Vergonha porque vivemos em uma cidade em que as pessoas são chamadas de gente, e essa gente é racista e grosseira. Pensa que nos viemos do macaco, caderno é sofrimento, computador é criatividade, família não sabe o que é carinho. Sentimentos geram vergonha. Quem voa é avião, o bonde trás poluição, saudade vive no fundo dos olhos, o amor só é amor se existir beijo. Mulheres usam pulseiras no lugar de roupas, a “parede” separa a paciência do respeito. Amigos denominam Djow como gíria. Nesta cidade uma das coisas que não existe é paz.
Agora você entendeu o porquê da vergonha?
Ah, esqueci de falar... Repimboca da Parafuzeta é apenas um de vários sonhos, que não passarão de sonhos.
Chamada a cobrar. . . Após o sinal, diga seu nome e a cidade de onde esta falando. . . Thuuunú! Vou falar rapidinho. Só liguei pra dizer que eu adoro você. E que você é muito especial pra mim... E que você mora no meu coração. A ligação é a cobrar mais vai sair de graça afinal amizade não tem preço. Um abraço. ¿ Mande para as pessoas que você acha que merece a amizade sem preço, inclusive pra mim se for uma delas. Se você recebeu a mensagem significa que você vale mto! E agora; Quem eu amoo é .............. . . . Tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu... Caiu a ligação ... ¿mo vcê . ¿ Não quebre ¿ corrente m¿nde p¿r¿ 9 ¿miigos (e p¿r¿ mim tbm) e terá um¿ bo¿ notíci¿ dentro de 9 minutos
Dê uma olhada para fora da sua janela. Você já viu nas praças da sua cidade monumentos erguidos em homenagem a uma sala de reunião? Não. Geralmente você encontra um busto. Pois esse solitário foi aquele que tomou a decisão.
A CIDADE DOS MEUS OLHOS
Já houve um tempo em que da janela,
Se via uma cidade projetada na calçada,
Um espaço curto e fraterno,
Onde as pessoas se acenavam de perto,
Beijavam-se de perto,
Despediam-se de perto,
E se abraçavam várias vezes no dia.
A janela existe com uma fila de jarros,
Com flores silvestres, tiradas dos beirais das serras.
Meus olhos me arremetem ao tempo da Cidade,
Agora esverdeada em sua base,
E colorida em seu cume.
Mas deu noutro lugar diferente.
As pessoas de dispersaram,
Alguns venderam outros compraram,
Pedaços, vãos inteiros de terras.
E tomaram distância umas das outras
Ainda bem que resistiu o amor.
E elas agora se beijam de longe,
Acenam-se de longe,
Despedem-se de longe,
E quase não se vêem.
O QUE ME DIZ?
Azul e rosa
Cidade e roça
Eu peço um beijo
Durmo com o desejo
Ela nega tudo
Insisto, seguro
Quero abraço forte
Ela diz: 'não terá sorte'
Só me vira as costas
Eu lhe abro as portas
À repreensão
Eu digo: 'desisto não!'.
Faz cara feia
Eu sorrio, ela despenteia
Lhe retiro as forças
Se entrega, moça!
Não há desvio
Quando o caminho
Pertence ao tempo
Que nem cinzento
Se faz escuro
Pra cobrir o muro
Que o amor detona
Quando aquela dona
É a destinada
Para ser amada
Por toda vida
Então, permita
E abrace a hora
Que é agora
Será feliz
O que me diz?
ARTIGO GENÉRICO DA SACANAGEM
Uma cidade cujo poder público é dono da iniciativa privada... O judiciário teme o legislativo... A oposição política tem código de barras... Bandidos cuidam da segurança e o povo gosta, é uma cidade sem cidadãos.
Numa cidade sem cidadãos, qualquer esmola compra um voto; qualquer promessa infundada ganha crédito e a massa não cansa de sofrer... Por isso repete os votos vendidos, de cabresto, nos mesmos nomes ou em nomes vinculados aos velhos clãs do vício, do abandono,a mentira e a corrupção.
Estou numa cidade sem cidadãos... E não adianta lutar isoladamente - mesmo assim não desisto - contra os que roubam minha cidadania. Estou no todo; sou artigo genérico da sacanagem que viciou este povo.
Frio. Dedos gelados, pés endurecidos, abraço solitário. Frio. Barulho de chuva, cheiro de cidade molhada , sentimento de vazio. Frio. Árvores debatendo-se junto ao vento, carros e água correndo, em movimento , aspecto monónoto , sombrio. Frio. Céu nublado, brisa e tempo gelado, solidão, pensamentos, devaneios, mais de mil. São tantos significados dentro da palavra frio.