Cidade Linda
Senhora Noturna, Senhor Diurno
A senhora chegou primeiro a cidade,
era mais antiga na existência.
No baile do Gênesis
era a única de vestido negro e comprido.
Ela dominou toda a festa com elegância
e governou a vida onde habitava
até a chegada de um diferente senhor.
Lhe parecia tão fabuloso e estranho
encontrar alguém tão diferente dela.
O senhor esbanjava simpatia e leveza,
trazia um toque luminoso
que envolvia os habitantes da cidade
em seu encanto.
Em vestes amarelas distribuía
calor por entre todos.
E a senhora apenas observava tudo
atenta e temorosa
pelo momento em que tivesse
de conhecer tal senhor.
O tal a avista em deslumbre
a lhe observar e segue em sua direção.
Ao tocar as mãos,
ambos estremecem
e por segundos,
esquecem das diferenças
que aparentam entre si
e conectam-se em profundidade.
E percebem que aquele encontro
realmente foi marcado pelo Criador
e resolvem se casar.
Senhora Noite emocionada,
derrama lágrimas azul marinho
ao contemplar o Senhor Dia
em meio a seu sorriso dourado,
ajoelhado a lhe entregar a aliança
inquebrável do tempo,
que ambos nesse momento simbolizariam.
E dessa união nasceram as horas
e esses tiveram filhos:
as estações.
E a cidade Terra começava
a ser desenhada para a chegada do homem.
E até então,
os Senhores do tempo
abraçam a cidade
e fazem ciranda ao seu redor
dizendo que os opostos
não só se atraem
mas se complementam.
O Território e Eu.
Hoje esta um dia Nublado em Luanda, Cidade capital de angola.
É possível ao longe verificar aquela linha azulada infinita, a mesma linha que nos mostra a imensidão do local aonde habitamos, à terra.
Com o passar do tempo e a cada experiencia que vamos adquirindo com o bater do nosso coração começamos a perceber a vida de forma diferente, e nos olhos de cada presença humana uma visão discrepante que nos caracteriza.
Ora, actualmente parece tudo amarelo, amarelo que dá luz, amarelo que aquece…
Passamos por um turbinado momento de incertezas, tais como, problemas sociais, políticos, económicos, mas também psicológicos…
Opa! Os psicológicos…
Realmente nós os jovens de 80 tivemos o mínimo de exemplos de um sistema de valores e condutas e normas sociais que já se desvaneceram, e que como consequência levamos diariamente com uma febre amarela de convívio social, aonde as pessoas não querem ser tolerantes, ter ética , aonde as pessoas esquecessem-se diariamente do próximo mesmo estando diante nós e lagrimejando em silencio, não existe o botão do sentimento em funcionamento, tudo isto ao meu ver tem vindo acontecer porque nós estamos a destruir , temos criado bombas nucleares em volta de nós e acontece porque perdeu-se e não se “regenera “ as regras de conduta e como corolário, os relacionamentos se desorganizam a cada dia.
Realmente está Nublado… A tolerância perdeu a sua flor, a flor colorida, a flor de reconhecer as diferenças…
Realmente existe a necessidade de uma reforma política profunda no nosso país, tentar adaptar nosso sistema aos mais modernos em vigor a volta deste mundo, de forma que em ciclos temporais, possamos assinar ou não, aqueles que elegemos para nos representar, mas também temos de nós salvaguardar, perceber o que nos faz bem e o tempo que temos para desperdiçar nesta longa caminhada quente por de cima desta linha que nos amedronta diariamente um descarrilamento…
Nós não somos o que somos…nós podemos ser melhores do que nos apresentaram…
Ivan L Roseira costa.
E cada canto, parede, cada mínimo detalhe da cidade de papel. Quer significa que você pode recriar a sua história quantas vezes você quiser, e se um dia não tiver mais papel para escrever, não significa que é o FIM!
- ''E sim o começo de cada sonho escrito na quele papel''
Natália acorda bem cedo, antes do galo cantar na cidade de São Sebastião. Espera cinco minutos na cama, um bom momento pra pensar. Levanta lentamente ainda com os olhos fechados e coloca os pés frios no chão. Vai ate o banheiro, toma um banho quente e se olha cuidadosamente no espelho. Abri a porta dos fundos e coloca ração misturada com leite pro seu cão.
Bolinha acorda bem cedo, antes mesmo de Natália abrir os olhos. Espera cinco minutos antes de se levantar, um bom momento para abanar o rabinho. Boceja vagarosamente ainda com os olhos fechados e começa a se coçar. Vai ate sua caixa de areia, cheira e faz seu trabalho.
Natália abre a porta e bolinha começa a saltitar quase sujando sua calça branca. Ela o olhou com cara feia e disse “Não, não, não!”. Bolinha abaixa a cabeça e fica a observa Natália lhe servindo leite com ração.
Cidade em silêncio, como um luto intenso, me ponho a pensar e vejo no céu vazio a imagem triste de um olhar.
Foi fazer a viagem, nem comprou passagem e foi de repente deixando saudade que está guardada no coração.
Lembro em lamentos, daquele momentos, dos primeiros acordes do meu violão .
Ilha de Bras
Com as suas belas curvas
Em formato de avião
Minha rima é toda sua
Cidade do meu coração
A senhora dos mistérios
Do poder e da magia
Tem lá os seus privilégios
Emana muita energia
Em torno de seu concreto
Procuro por minha paz
Meu esconderijo secreto
Santuários naturais
Sou calango, sou cerrado
Raiz de tua geração
Nascido e também criado
Onde o céu quase beija o chão
Hoje, eu gostaria que minha cidade fosse um jardim, e onde você passasse só visse flores, exalasse flores, e até se sentisse uma rosa, a rainha das flores, e eu... Seu humilde jardineiro a cuidar de vc meu amor...
Demolido homem
Era um homem
Que a cidade engoliu
Um homem qualquer
Um mendigo
Um carroceiro
Um sem família
Que diferença faz
Se ninguém o conhecia?
Andava para cima e para baixo
Nessa pequena cidade do interior
com sua carrocinha catando papelão
e seu cachorro, seu verdadeiro amor.
Mas os mesmos entulhos que lhe sustentava a vida
foi também seu sepulto
onde lixos ali recolhia
entre a lâmina afiada da vida
mais um "lixo" ali ficou.
Em algum lugar do mundo (ou até mesmo da sua cidade) tem alguém que vai se encantar (ou já se encantou) pela sua cara de nada. Alguém que vai querer te encarar até descobrir a cor dos teus olhos e decorar o ritmo das suas piscadas. Vai enxergar tua beleza, mesmo se você não estiver nem perto de ser um Ian Somerhalder ou uma angel da Victoria's Secret. Alguém que vai achar que pode te ajudar em tudo e que não vai te deixar em paz até descobrir se está mesmo tudo bem. Alguém que trocaria uma pizzada com a galera por algumas horas falando com você.
Esta pessoa não vai querer ditar regras; vai te aceitar com os seus defeitos, seus medos, suas falhas e todos as suas manias irrecuperáveis. Vai entender quando você quiser um momento de silêncio e vai te ouvir quando você quiser falar sobre guerra, dramas, música, tempo ou simplesmente sobre o seu dia. Vai sentir que precisa cuidar de ti tanto quanto cuidaria de um filhotinho abandonado e vai se entregar a ponto de se ferir caso você não corresponda.
Este mesmo alguém vai achar graça da sua piadinha boba, vai tentar entender suas mudanças de humor, vai te dar apoio sempre que você precisar e vai se apaixonar pelo seu sorriso, pelo desenho da sua boca e, principalmente, por você... ou já se apaixonou, quem sabe?
Você pode achar que é loucura, mas existe alguém que te admira exatamente por causa do seu jeito único, alguém que não está nem aí se você está dentro ou fora dos padrões de beleza, alguém que quer estar ao seu lado nos melhores e nos piores momentos. Talvez tu ainda não tenhas percebido, mas esta pessoa é aquele alguém que gosta de você.
POLITICO NESSA CIDADE DE CUNHA, MAIS PARECE UM ORELHÃO, A CIDADE ESTA CHEIA DELES, SÓ QUE A METADE NÃO FUNCIONA E A OUTRA METADE ESTA SEMPRE NAQUELE TUM TUM TUM DIN DIN DIN PRA VOCÊ ...
NENE POLICIA
As artes, tradições e cultura de uma cidade histórica nunca revelam os pecados de idolatria e desobediência de seus habitantes, que atualmente vivem as consequências deploráveis da falta de espiritualidade, respeito e reverência a Deus.
Começando um dia animado
Pois em minha cidade é feriado
Padroeiro São José
O santo de nossa fé...
Bom dia meus queridos amigos!!!
As folhas caindo
Os prédios da cidade
O cheiro das padarias
As manhãs de sábado
Ainda consegue se lembrar?
Não seria legal se você estivesse lá?
As crianças brincando na rua
Os almoços na praça
Os jantares românticos
As noites iluminadas pelos olhares
Tudo perfeito, eu acho
Não seria legal se você estivesse lá?
DADOS BIOGRÁFICOS
(Paulo César De Miranda)
Nasceu aos 16 de Janeiro de 1955 na cidade de Dom Silvério – MG.
Dos 5 aos 12 anos viveu numa fazenda, em cidade próxima a cidade natal. Morou em Nova Era - MG, na adolescência, onde trabalhou no comércio local e posteriormente mudou-se para João Monlevade – MG.
Em João Monlevade trabalhou na Cia. Siderúrgica Belgo Mineira, hoje Arcelor Mital, durante 10 anos (1974 a 1984) como metalúrgico em área de produção de fio-máquina (arame). Foi também em João Monlevade que estudou no Centro Tecnológico Dr. Joseph Hein, formando-se Técnico em Metalurgia.
Em 1984, já casado com Sônia e pai da Maria Angélica, foi trabalhar no Município de Barcarena-Pa, cidade próxima a capital Belém. Na metalúrgica ALBRAS – Alumínio Brasileiro S/A, subsidiária da Vale do Rio Doce, trabalhou por 22 anos, exercendo a função de Gerente de equipe de produção de alumínio em fornos eletrolíticos. Foi também neste novo ambiente e período de sua vida que nasceu a segunda filha, Ana Paula. Aí, junto aos seus familiares, construíram várias amizades com pessoas de diversas localidades do Brasil.
Por volta de 1995, como estudioso e curioso, adotou como filosofia de vida o Espiritismo, frequentando e trabalhando no CEPAZ – Centro Espírita Trabalhadores da Paz, concretizando um sonho antigo e satisfazendo a necessidade de se esclarecer sobre vários aspectos da vida até então incompreendidos: filosóficos, científicos e religiosos. Já ingressado por convicção na Doutrina Espírita, exerceu a função de Diretor Financeiro do CEPAZ por 2 anos, coordenou grupos de estudos, criou e editou o Jornal “O Pacífico” e tornou-se Evangelizador Espírita, disseminando os Ensinamentos do Cristo para Evangelizandos a partir da idade da pré-adolescência.
Em 2006, já aposentado e desligado da ALBRAS, mudou-se para Belo Horizonte – MG, onde havia adquirido moradia. Dando continuidade aos trabalhos voluntários com foco no Espiritismo, passou a frequentar a Fraternidade Espírita Camilo Chaves, tornando-se em 2007, Evangelizador do 3º Ciclo na “Evangelização Pequeninos de Meimei”. A partir de Janeiro de 2011, como trabalho contíguo à Evangelização Espírita, criou e passou a editar o “Jornal Pequeninos de Meimei”, enfocando fatos e fotos relativos a esta Evangelização.
Com coragem, determinação e criatividade, neste ano de 2015, está completando 8 anos como Evangelizador no Camilo Chaves, escrevendo textos e crônicas, a luz da Doutrina Espírita e que fazem parte desta antologia.
Belo Horizonte – MG, 15 de Maio de 2015.
O Casarão...
Este é o último casarão
que restou na cidade;
arquivo abalroado de memória,
ressonância de passos repetidos milhões de vezes
pelos velhos corredores.
As paredes internas, são murais pintados de sangue
vertido das histórias de vampiros,
contadas às crianças nas noites de agosto.
As fotografias expostas nos cantos
lembram cenas de um filme em preto e branco:
pequenas e grandes cenas cotidianas;
alegria, dor, nascimento e morte:
o eterno repetir da aventura humana.
No sótão, os arcanjos guardam o pergaminho
da historia das Mil e uma noites.
No quintal, a serpente vigia o fruto proibido
para que Adões e Evas não possam tocá-lo.
CAMINHO INVERSO
Outro dia estive refletindo sobre o caminho inverso, a minha cidade de origem.Avaliei o risco desse projeto,pela ótica das variáveis - probabilidade e impacto.
E cheguei a uma conclusão:A probabilidade - as chances disso acontecer.
É alta;
E o impacto - o que essa decisão pode causar.
É baixo;
Partindo desse princípio,posso comprar a passagem e fazer o caminho inverso,ao lugar que nunca deveria ter saído: - Campos Belos - GO.
(22.03.15)
Então os soldados levaram Jesus. No caminho, eles encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, que vinha do campo. Agarraram Simão e o obrigaram a carregar a cruz, seguindo atrás de Jesus.
Uma grande multidão o seguia. Nela havia algumas mulheres que choravam e se lamentavam por causa dele. Jesus virou-se para elas e disse:
— Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim, mas por vocês e pelos seus filhos! Porque chegarão os dias em que todos vão dizer: “Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, que nunca deram à luz e que nunca amamentaram!” Chegará o tempo em que todos vão dizer às montanhas: “Caiam em cima de nós!” E dirão também aos montes: “Nos cubram!” Porque, se isso tudo é feito quando a lenha está verde, o que acontecerá, então, quando ela estiver seca?
Levaram também dois criminosos para serem mortos com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado “A Caveira”, ali crucificaram Jesus e junto com ele os dois criminosos, um à sua direita e o outro à sua esquerda.
[Então Jesus disse:
— Pai, perdoa esta gente! Eles não sabem o que estão fazendo.]
Em seguida, tirando a sorte com dados, os soldados repartiram entre si as roupas de Jesus. O povo ficou ali olhando, e os líderes judeus zombavam de Jesus, dizendo:
— Ele salvou os outros. Que salve a si mesmo, se é, de fato, o Messias que Deus escolheu!
Os soldados também zombavam de Jesus. Chegavam perto dele e lhe ofereciam vinho comum e diziam:
— Se você é o rei dos judeus, salve a você mesmo!
Na cruz, acima da sua cabeça, estavam escritas as seguintes palavras: “Este é o Rei dos Judeus”.
Um dos criminosos que estavam crucificados ali insultava Jesus, dizendo:
— Você não é o Messias? Então salve a você mesmo e a nós também!
Porém o outro o repreendeu, dizendo:
— Você não teme a Deus? Você está debaixo da mesma condenação que ele recebeu. A nossa condenação é justa, e por isso estamos recebendo o castigo que nós merecemos por causa das coisas que fizemos; mas ele não fez nada de mau.
Então disse:
— Jesus, lembre de mim quando o senhor vier como Rei!
Jesus respondeu:
— Eu afirmo a você que isto é verdade: hoje você estará comigo no paraíso.
Havia um homem chamado José, da cidade de Arimateia, na região da Judeia. Ele era bom e correto e esperava a vinda do Reino de Deus. Fazia parte do Conselho Superior, mas não tinha concordado com o que o Conselho havia resolvido e feito. José foi e pediu a Pilatos o corpo de Jesus. Então tirou o corpo da cruz e o enrolou num lençol de linho. Depois o colocou num túmulo cavado na rocha, que nunca havia sido usado. Isso foi na sexta-feira, e já estava para começar o sábado.
As mulheres que haviam seguido Jesus desde a Galileia foram com José e viram o túmulo e como Jesus tinha sido colocado ali. Depois voltaram para casa e prepararam perfumes e óleos para passar no corpo dele.
E no sábado elas descansaram, conforme a Lei manda.
Então Jesus os levou para fora da cidade até o povoado de Betânia. Ali levantou as mãos e os abençoou. Enquanto os estava abençoando, Jesus se afastou deles e foi levado para o céu. Eles o adoraram e voltaram para Jerusalém cheios de alegria. E passavam o tempo todo no pátio do Templo, louvando a Deus.
O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros (qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com que a pomba come seu grão de milho.
Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pombas e também o lance magnífico em que o gavião se despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint-Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador.