Cidade
Belém do Pará;
Cidade morena das chuvas da tarde,
Cidade das mangueiras e frutas a vontade,
Cidade pequena, mas grande na fé,
Cidade do gigante, Círio de Nazaré.
Do açaí, da tapioca,
Do tucupí da mandioca,
Do cupuaçú, do taperebá,
Da nossa castanha do Pará,
Da maniçoba, do tacacá,
Do carimbó e do siriá.
Tem tudo isso e muito mais,
Cidade rica de cultura e paz,
Lugar pai d'égua, venha visitar,
Todos que provam querem ficar!
A partir do momento em que a população de uma cidade não tem mais tranquilidade para andar na rua, a criminalidade venceu.
"Distâncias próximas "
Os honestos mora na mesma cidade que os ladrões,quem não acredita mais no amor de uma pessoa, mora na mesma rua do casal que se casou ontem
Nós estamos vivendo decadência e fingimos viver uma vida descente,alguns finge amor outros vivem o amor,tem pessoas tão falsas que não esconde no seu olhar tanta falsidade,o preconceito sempre venceu a batalha o rascismo brilha em cada rua desta cidade
A distância entre o proclamador de paz e a pessoa que promove a violência é tão próxima,que o jovem já tem marcas de paz e violência na sua mente,e escolhe promover a paz rodeado de violência,ou ser outro que irá fazer refém uma pessoa de família
Duas quadras atrás de uma casa onde mora duas pessoas apaixonadas,vivi alguém chorando por um amor que já acabou
Nós estamos vivendo decadência e fingimos viver uma vida descente
No mesmo estado que mora o presidente,mora um pai de família que não dar mais presentes para sua família porque o salário não permite,e a corrupção maltrata seu bolso,mas ele provê o necessário
Nós estamos vivendo decadência e fingimos viver uma vida descente
Muitas vezes pensamos em mudarmos de lugar, de uma cidade para outra, de um país para o outro em busca de uma vida melhor, até mesmo mudar de cônjuge, os homens procuram uma nova mulher, e as mulheres um novo marido (pedir o divórcio) a separação imediata, visando uma nova vida sentimental, mas a questão x de tudo isso é que em muitos momentos nós procuramos vários lugares e alternativas para solucionar e nos livrarmos de muitos problemas. E nos esquecemos de pararmos por um momento, e irmos até lá visitar um dos lugares onde tudo se começa, que é em nossa própria mente, a qualidade dos nossos pensamentos.
Hoje cruzei com várias pessoas pelas ruas dessa cidade, algumas carregavam flores e outras sorrisos, o astral era diferente. O espaço na loja de chocolate estava disputado, não tanto quanto os refinados restaurantes, que esta noite servirão de cenário para pedidos de casamento ou apenas a celebração do dia especial que é o Valentines. E eu? Bom, eu estou aqui sentado numa cafeteria, tomando um chocolate quente e tentando ver o céu através do vidro, procuro encontrar uma estrela para pôr a culpa de hoje eu ser apenas um mero espectador diante do espetáculo que o amor causa nas pessoas.
"Outro lado da cidade"
Tento te encontrar nos lugares que já andamos de mãos dadas, tenho tanto a lhe dizer, preciso te abraçar denovo
Sorte que nós temos, só consigo te amar, e não tenho o que duvidar do seu amor por mim, como é bom amar você, como é real e lindo o seu amor por mim
O tempo passa e sempre passará, e tempo nenhum conseguiu terminar o nosso amor, que o nosso para sempre permanece pra sempre, que não quebramos nossas promesas que fizemos tempos atrás
Quero te fazer feliz como eu fiz ontem, sempre quis, que o tempo vem e o nosso amor continue para sempre
Mesmo não conseguindo te ver, pois agora você está do outro lado da cidade vindo me encontrar, tento encontrar seu cheiro no nosso lugar que ficamos juntos, na areia da praia de frente para o mar, escutando os barulhos das ondas, e conversando com a lua para ela continuar estando no alcance dos meus olhos, para iluminar nosso amor quando você chegar
Que essa distância um dia termine, que possa chegar um dia, que você não morará mais do outro lado da cidade e venha morar na minha rua, que um dia não tenhamos mais saudades das faltas de nossas presenças
Da roça, fugimos para cidade grande em busca de uma vida melhor e, longo tempo depois, voltamos pelo mesmo motivo.
Minha amada e querida
Honrada e sentida
Ô cidade dividida
Em ser em minha vida
Um lugar de chegada e partida.
A noite fria cai sobre a cidade.
Chove lá fora e aqui dentro.
Chove saudade e me afoga.
Só me resta saber por onde seu calor escapou.
Sou menino criado na cidade
nunca tive uma infância na fazenda
o sertão para mim foi uma lenda
que pairou sobre a minha mocidade.
Conheci o sertão, isto é verdade,
assistindo o cinema brasileiro;
Glauber Rocha me deu esse roteiro
e eu que sou bom aluno fui atrás...
Os chocalhos são sinos matinais
nas dolentes canções do bom vaqueiro.
O GARANHÃO CHEGOU
Aluguei um flete no centro da cidade
Tô morando sozinho
Solteiro de verdade
Todo dia vou pra balada pensando em maldade.
Porém tudo que começa
Um dia tem um fim
Encontrei uma namorada
Encontrei uma mulher pra mim
Acabei de encontrar o caminho da felicidade
Fica na rua de baixo
Onde está situada
A casa dela
Se bobear eu vou morar com ela.
garanhão chegou
garanhão chegou
Pode se preparar que a noite tem amor
garanhão chegou
garanhão chegou
Pode se preparar que o garanhão chegou.
Poeta Antonio Luis
Em uma certa cidade existia uma história muito conhecida, uma certa noite uma garota fez um pedido a uma estrela, esse pedido se tornou realidade e graças as estrelas, ela pôde sair de onde morava, depois disso algumas estrelas começaram a cair do céu, parece que as estrelas amavam tanto aquela moça que fizeram de tudo para deixá-la feliz, ainda que assim, elas fossem morrendo aos poucos... - As estrelas estão tão tristes que estão caindo do céu!
Tão longe, tão perto...
Ontem encontrei uma senhora em um café na cidade de Braga. Brasileira do Rio de Janeiro. Logo mais estaria pegando o comboio para Famalicão ia visitar a filha. Olhei para seu rosto marcado e depois para seu corpo e perguntei:
“Há quantos anos esta morando neste país”
- Há trinta anos – disse-me ela
Trinta anos... Pensei atônita
Levei um choque ao retornar lentamente no tempo de trinta anos...
Novamente olhei para seu rosto, suas mãos enquanto pegava a xícara de café e com a outra mão procurava um lanche, pão com queijo, na carteira (bolsa) que trazia no braço... Devo dizer que fiquei chocada. Trinta anos de angústia... É claro que não iria perguntar a ela como se sente hoje como se sentiu dia a dia, ano após ano. Claro que não. Pois já sabia o que iria dizer, iria mentir e dizer o quanto foi feliz e hoje vitoriosa... Sentia a verdade em seus olhos escuros e em seu sorriso triste. Do seu coração ainda se podia ouvir gritos de socorro durante aqueles trinta anos....
Esse fato me levou a outro... Ano passado em frente à igreja de Cedofeita encontrei aqueles dois portugueses que tomavam um lanche e bebiam um vinho em um muro espécie de banco... Ao me verem ali do lado perguntaram se eu estava servida. É claro que sim. Providenciaram um copo e me ofereceram. O mais falante perguntou se eu era brasileira. Disse que sim. Respondeu que seu avô há muitos anos foi para o Brasil, deixando a família, avó, netos, filhos e tudo o mais. Um belo dia com uma desculpa qualquer se foi. Falou sobre o fato com grande mágoa com um olhar que não me desfitava e com cólera. Quando terminou perguntei a ele se alguma vez ele voltou ou se alguém foi visita-lo. Ele disse que não... Que nunca mais voltou... Abandonou tudo. No Brasil viveu, no Brasil morreu...
A angústia e a saudade daquele senhor que se foi e nunca mais voltou se abateu sobre mim, disfarcei olhando a igreja, o chão, o vento balançando as folhas das árvores ele me olhava com o olhar parado esperando uma resposta e tive vontade de dizer ao homem ali parado na minha frente que seu avô se tornou um morto-vivo. Dizer algo seria pedir demais a minha coragem, só porque eu era corajosa. Olhando-o, desanimei: Faltava-me a coragem de desiludi-lo. O que ele queria? Que seu avô voltasse e de joelhos pedisse perdão? Ou que a tortura eterna fosse a sua punição? Furtivamente olhei-o de lado e recuei deixando que o vinho fizesse a sua parte. Era cedo demais para eu ver tanto.
A lenda dos Três Macacos Sábios, do Santuário Toshogu, na cidade de Nikkõ, Japão, ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século XVII, e baseia a sua origem num provérbio japonês, com uma simbologia vinda de uma lenda Tendai – budista, a qual transmite o ensinamento de não ouvir, ver ou falar mal, pois, só assim, evitando-se fazer o mal e impedindo que este se espalhe, se pode viver pacificamente em paz e harmonia, como uma oportunidade para se olhar para dentro e se respeitar o mundo dos outros, funcionando como um melhoramento espiritual a cada dia.
A sua máxima “não ver, não ouvir e não dizer nada de mau” foi adotada por Gandhi.
Kikazaru, o macaco que tapa os ouvidos, adota a postura interior de não querer ouvir certas palavras, a fim de preservar o seu equilíbrio (“não ouvir o que leve a fazer maldades”).
Iwazaru, o macaco que tapa a boca, revela a sabedoria de não transmitir o mal, boatos, julgamentos e críticas destrutivas (“não falar mal”).
Mizaru, o macaco cego, convida ao que é útil e faz bem, sem deixar, contudo, de combater o mal com o bem (“não ver as más ações como algo natural”).
Três máximas a considerar no nosso quotidiano, com a finalidade de protegermos a nossa integridade e a de preservarmos a nossa felicidade, pois, como estabeleceu paralelamente Sócrates, com a história dos seus três filtros - Verdade, Bondade e Utilidade - precisamos ser, acima de tudo, sãos de espírito.
Nas cercanias, poesia na fortaleza de nós apregoa frio e garoa inverno em Sampa lava a cidade de pedras esfria a alma.
Eternidade.
A cidade amanheceu cansada, velha demais para continuar.
Prédios sussurram as igrejas que a nobreza do tempo, acabou.
Amanheceu e banhou-se no mar, a sombra da belíssima construção.
O cavalo corta a rua com seus cascos calejados e cansados de fendas e buracos.
Para, respira, bebe a santa agua e prossegue, cansado como a cidade.
Olhares perdem-se com as poeiras de eras, centenárias cenas, casas grandes e pequenas, bordado longo, calmamente elaborado.
Tijolo por tijolo o tempo desfaz, uma saudosa brisa curva-se sobre telhados e janelas.
É a mesma de vidas atrás.
Só os personagens mudaram.
A cidade vai dormir cansada para acordar disposta a brilhar por mais um pouco, na eternidade da memória.
Lá fora a chuva cai
Fria, em uma manhã anti sonora
Em uma cidade que descansa
Do ronronar de feras terríveis
Cruéis sem coração, quente ou frio.
Ou melhor, coração têm.
Mas não sentem um só único sentimento
Bom ou mal interferindo, se ferindo.
Retroalimentando a ganância do capital
Ainda me lembro de como eram as manhãs
Manhas lindas de sol, desnudando tudo.
Ao alvorecer em todas as nuanças
Como um desenrolar de uma pintura
Que dos mais pasteis dos tons possui; Agora não!
Vem uma fera sem coração
Como um míssil maquinal maquiavélico
Composto de fluidos e metal.
De cores berrantes, como antes havia os matizes.
Mais perfeitos de todo tipo, borboleta, Flutuantes calmas anti- sonoras
Agora só o estrondo da fera desembestada
Em um poste elétrico tirando uma vida
Com o caos sonoro já não mais se dividia as vísceras
De quem era o mestre daquela pobre fera
Sangue e carne se retorcem em metal
O capitalismo retroalimentando
Ferindo interferindo quente ou frio, Coração, cruéis.
Ferindo interferindo quente ou frio, Coração, cruéis.
O capitalismo retroalimentando
Sangue e carne se retorcem em metal
De quem era o mestre daquela pobre fera
Com o caos sonoro já não mais se dividia as vísceras
Em um poste elétrico tirando uma vida
Agora só o estrondo da fera desembestada
Mais perfeitos de todo tipo, borboleta, Flutuantes calmas anti- sonoras
De cores berrantes, como antes havia os matizes.
Composto de fluidos e metal.
Como um míssil maquinal maquiavélico
Vem uma fera sem coração
Que dos mais pasteis dos tons possui; Agora não!
Como um desenrolar de uma pintura
Ao alvorecer em todas as nuanças
Manhas lindas de sol, desnudando tudo.
Ainda me lembro de como eram as manhãs
Retroalimentando a ganância do capital
Bom ou mal interferindo, se ferindo.
Mas não sentem um só único sentimento
Ou melhor, coração tem.
Cruéis sem coração, quente ou frio.
Do ronronar de feras terríveis
Em uma cidade que descansa
Fria, em uma manhã anti-sonora
Lá fora a chuva cai
Élcio José Martins
GUARANÉSIA
Essa cidade já foi contada em verso, prosa e canção,
Sua semente já colheu muitos frutos pra nação.
Sempre foi um marco na cultura e educação,
Tem teatro de alto nível e carnaval para o povão.
O rio canoas beijou a sua face,
Pássaro da ilha disse me abrace.
Sua história é rica como ouro,
Seus filhos a beleza do beija-flor-besouro.
Rio canoas já foi capivaras,
Tinham pássaros em revoadas, sabiás, canarinhos e araras.
Animais os mais diversos e espécimes raras,
Todos vivendo livremente, sem gaiolas, sem currais, quem dera haras.
O seu primeiro nome que até hoje ecoa,
Tem referência ao emigrante José Maria Ulhoa.
À margem do Rio canoas seu nome entoas,
Batizado em suas águas como Santa Bárbara das Canoas.
Próximo à sua moradia uma capela construiu,
Por devoção à Santa Bárbara seu nome atribuiu.
Por desígnios da divina providência um fato ocorreu,
Um milagre de Santa Bárbara um homem protegeu.
Na derrubada da mata um grande tronco cairia,
Um pobre homem que ali estava certamente atingiria.
Santa Bárbara protetora esse homem salvaria,
As raízes de uma árvore desse tronco, livraria,
Seus companheiros murmuraram Milagre! Milagre! Milagre!...,
Santa Bárbara o salvou. Isso foi Milagre!...,
Num instante tudo silenciou, e, trêmulos de emoção,
Escolheram Santa Bárbara como a Santa do coração.
José Martins e Manoel Fernandes Varanda, impressionados, resolveram doar,
O terreno à capela para nele um povoado edificar.
Viajantes e mascates eram seus visitantes,
De joias a escravos eram eles comerciantes.
Em 1838, como prêmio, distrito se tornou,
Distrito de Paz de Santa Bárbara das Canoas denominou.
Subordinou-se ao termo de São Carlos de Jacui,
Foi jurisdicionado à comarca de Sapucaí.
Em 16 de setembro de 1901 o município foi criado,
Denominado Guaranésia pra criar o seu legado.
Significa pássaro da ilha um pássaro encantado,
Da tríade de escolha ele foi o selecionado.
Gardênia e Tavarésia foram os outros relacionados,
São nomes especiais que até hoje são lembrados.
Santa Bárbara das Canoas, Gardênia e Tavarésia,
Marcaram a linda história da querida Guaranésia.
Já foi estrada real, já teve trem de ferro e até avião,
Tinha casa bancária, comércio de arroz, milho e feijão.
Chora a velha estação sem locomotiva e sem vagão,
Que embarcou amores e riquezas para toda região.
Cidade de famílias nobres de muita tradição,
Grandes comerciantes desde a sua criação.
Professores renomados percorreram a nação,
Levando conhecimentos na cidade e no sertão.
Tem a cana, o álcool e o algodão,
Café é a maior exploração.
Tem panos de prato, cabines e mangueiras,
Secos e molhados, tijolos e madeiras.
Santa Margarida marca a história da cidade,
Fez parte do progresso desde a sua mocidade.
Foi a mãe da indústria têxtil tecendo a humildade,
Teceu o cidadão, deu guarida, deu o pão e muita dignidade.
As casas bancárias se multiplicaram,
As indústrias se transformaram.
As escolas recebem o reconhecimento,
Pelo alimento do intelecto e a costura do conhecimento.
Aqui se faz justiça, abre caminho,
Nossos velhinhos afeto e carinho,
Os especiais sonhos e esperança,
Nossas crianças cidadania e confiança.
Esta cidade tem portas abertas,
Não tem demandas, exagera nas ofertas.
Recebe seus novos cidadãos com a alma e o coração,
Aqui não tem origem, não tem cor, não tem separação.
Guaranésia tem sua história,
Seu povo boa memória.
Não perde o trem da saudade, pois sabe quem faz a hora,
Já foi mocinha hoje é uma grande e bela senhora.
Viva Guaranésia das manhãs orvalhadas,
De estradas de terra que hoje foram asfaltadas.
Do menino de pé no chão, sem agasalho e sem tostão,
Do cinema, do jardim, e do namoro, pegar na mão.
Do Lions Clube a Fernando Osório,
Da igreja, Monsenhor Grella e o santuário.
Santa Casa a equipe de prontidão,
Dos atletas campeões da famosa geração.
Fica um pouco de saudade,
Mas firme na realidade.
Nossa cidade se tornou,
Tudo aquilo que seu povo um dia semeou.
Élcio José Martins