Cidade
E quanto mais me prendo à essa cidade, mais me perco pelas ruas - infestadas de vida, e ainda sim desertas. Meu corpo lacrado às estradas, as calçadas que puxam meus pés por cada quadrilhado. Ainda sim, com os pés presos e o corpo cansado, minha mente vagueia por um mundo ilustrado. Um mundo de fantasias e crias, um mundo de desenhos e desempenhos. Essa imaginação que própria se imagina, e que expande meu corpo - atravessando as fronteiras da realidade. Puro êxtase que me invade - me domina - e assim deixo estar.
Quem sou?
Sou um filho de Deus, nascido em uma bela cidade, e criado pelos meus pais, amado por Deus, vivendo e aprendendo a cada dia, por isso eu falo, que todos nós vivemos pela fé, então não tem essa de adquirir fé, já somos a fé em sim, então eu procuro a cada vez mais, torna-la a minha fé mais real, gosto de tudo um pouco, ler livros, assisti filme, cinema, shopping, tudo que uma pessoa comum gosta, não mim considero comum, e nem incomum, mim vejo como eu mesmo, mais quem eu sou, um jovem apaixonado pela a vida, um analista de Cristo Jesus.
Alberto Pereira - nasceu em 1970 na cidade de Lisboa; licenciado em enfermagem, participou em diversas antologias, tendo obtido, em 2008, o 1.º Prêmio de Poesia "Ora, vejamos".
A 6 de Dezembro de 2008 foi apresentado em Lisboa, a obra poética "O Áspero Hálito do Amanhã" de Alberto Pereira, com prefácio de Xavier Zarco.
Obra e autor foram apresentados pelo emérito poeta Firmino Mendes. O prefaciador e o apresentador foram distinguidos com o prêmio Vítor Matos e Sá, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Hoje eu passei pela cidade
No pôr da tarde.
E senti aquela brisa
Não era nem quente nem fria.
Não sei descrever o que sentia
Acho que era frio na barriga.
Aquela brisa trazia
O aroma daquele lugar.
Que me fazia lembrar
A velha infância e o amor que deixei lá!!
Me pergunto se é preciso esta escrita.
Me espalho pela cidade e volto cheio de mentiras.
Fico triste ao pensar na vida da marionete, lindo rosto, belo sorriso e uma mente limitada.
Quem poderá ter a audácia de ser real.
Sonhar um beijo
Quando me perco nas alamedas escuras da cidade
Guardo o tempo em calçadas de pedras onde me deito.
Olho apenas estrelas esperando por algum beijo perdido
Disparado em direção a algum amante bêbado e tolo.
Janelas se fecham, e luzes se apagam em ritmo de noite.
Os pertos mais lentos, e os longes bem rápidos.
Sincronizam sempre com os choros e gritos.
Dos amores e das dores, que a noite sempre agasalha.
Adormeço nas pedras coberto de estrelas, quando me chamam.
Ainda sonhando ouço tua voz bem perto sussurrar meu nome.
E em deboches, risadas e com certeira facada, gritas em ecos:
És um bêbado! És um tolo!
Jaak Bosmans 12 -03-09
A Cidade e a Neblina
Na neblina a cidade amanheceu
Sonolenta como os últimos boêmios
E os primeiros trabalhadores matinais
Com seus gorros, capotões e cachecóis
A neblina dá uma certa imprecisão
A paisagem fica sem definição
As capelas e os velhos casarões
Na neblina ficam sobrenaturais
Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce
Quando ela deixa tudo translúcido?
Na neblina os rochedos pelo mar
São terríveis para quem fôr navegar
O aeroporto, então, acende os faróis
E não sobem e não descem aviões.
Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce,
Quando ela deixa tudo translúcido?
SOBRE MINHA PARÓQUIA
Alguns amigos que me vêem pastoreando a cidade durante a semana, perguntam-me constantemente, sobre minha paróquia, pois querem ir lá no domingo. Digo-lhes sempre que "O mundo é minha paróquia". Como eles insistem e me pedem carinhosamente mais detalhes sobre minha Pastoral, cito-lhes o poema-teológico de Emily Dickinson:
“Alguns guardam o domingo indo à Igreja,
eu o guardo ficando em casa
tendo um sabiá como cantor e um pomar por santuário.
Alguns guardam o domingo em vestes brancas,
mas eu só uso minhas asas.
E ao invés do repicar dos sinos na Igreja,
nosso pássaro canta na palmeira.
É Deus que está pregando, pregador admirável!
E o seu sermão é sempre curto.
Assim, ao invés de chegar ao céu, só no final,
eu o encontro o tempo todo no quintal.”
Quando eu termino de recitar este catecismo, alguns desses irmãos repetem felizes e com devoção: Amém, estamos salvos!
CHUVA
A chuva forte dominou
a cidade
Raios,Trovões,
Vento,tempestade.
Nós dois sozinhnos
Amando a eternidade.
A Chuva batia forte,
Com toda intensidade.
Lavando nossos corpos
As gotas
Escorriam por nossos
Lábios,rosto,
Alma,vida.
Abraçados,
Cantando,
Amando,
Pensando...
Que o mundo era nosso.
Era nossa a cidade.
Era nossa a chuva,
Era nossa a felicidade...
Desconheço o autor …
Hoje a cidade parou
Parou para ver... a lua
Ou a cidade sou eu...
Que parei
O céu púrpuro
E a lua subindo...
Bem de mansinho
Formando um caminho...
Como gostaria de caminhá-lo
Em encontro a mim mesmo
Na certeza que não há somente aqui
Mas muito além...
E ela ali me firmando
A imensidão do carinho
Que a vida tem conosco
E que negamos tanto...
Eu nasci em uma cidade pequena
Sou pobre
Mas sou honesto
Já repeti uma vez um ano na escola
Mas não é por isso que eu vou disistir de viver
não por isso
Eu amo do jeito que eu sou e do Jeito que eu Nasci
Eu não quero ser um Albert Ainstein, mas só quero ser uma boa pessoa e abrangar o meu penssamento para esse mundam a fora...
Nunca mude para agradar ninguem nem a sua propria Familia!
Minha cidade
Que linda és, quantas curvas tens, que brilho radiante, iguais aos raios de sol. És de uma beleza única, não deixando a desejar a nenhuma que conheço. És alegre, romântica e agitada. Quando tu dormes és de um jeito sereno e angelical. Quando tu acordas és diferente, agitada e imprevisível, pois sempre estás vivendo coisas novas. Quanto mais cresces, mais te tornas maravilhosa, ganhando de todos nós carinho e amor. Nunca deixarei de te amar porque sei que eu faço parte de ti, como tu fazes parte de mim. Nasci, cresci e morrerei em ti, minha cidade.
De que vale todas as luzes da cidade se a luz dos teus olhos não mais esta em mim para iluminar minha vida....
Posso te falar dos sonhos, das flores...
de como a cidade mudou...
Posso te falar do medo, do meu desejo...
do meu amor...
Posso falar da tarde que cai
E aos poucos deixa ver no céu a Lua
Que um dia eu te dei
Gosto de fechar os olhos
Fugir do tempo, de me perder
Posso até perder a hora
Mas sei que já passou das seis
Sei que não há no mundo
Quem possa te dizer
Que não é tua a Lua que eu te dei
Pra brilhar por onde você for
Me queira bem
Durma bem
Meu Amor
Ivete Sangalo
Fiz todas terapias que tem na cidade. A conclusão veio depressa...O meu problema era felicidade.Não fiquei desesperado, não, felicidade quando é no começo ainda é controlável."