Cidade
Dentro do ônibus eu escuto do barulho da rua nessa cidade
Dentro de mim o pensamento faz barulho da tua saudade
Ta difícil escrever
O ônibus não para de balançar
Da janela eu posso ver...
A noite que passa devagar
E se escrevo é por não saber...
Tudo o que eu queria te falar
Na rua o som dos carros...
Melodia inquietante
Na poltrona de trás, o cheiro de cigarro...
E a cobradora que me olha a todo instante
São Paulo é só paz e amor. 200 mil jovens em vários protestos pela cidade. Motorista se emociona ao ver jovens de mãos dadas tomando as ruas. Numa marginal que estamos tão acostumados a ver tomada por carros.
Clareia o sol sobre a cidade de Porto Alegre, e com ele dentes-de-leão soprados ao desejo do vento. Vem; chega de mansinho, estaciona nos meus ombros camuflada em mais leve algodão, para que eu possa te deixar voltar, dona esperança.
VIVER NO INTERIOR.
Nada mais gostoso e nostálgico que estar numa cidade do interior em dias de chuva,
sentir o cheiro da terra e a cidade quase parar,
o menino que brinca livre e alegre numa poça d'água,
em casa,
o silencio nos adormece e o clima nos da o ar de calmaria,
Os que trabalham quase param, pois clientes não ha!
Por mais dura que seja a realidade dessas cidades do interior,
Muitas vezes esquecidas ou literalmente usurpadas pelos nossos governantes,
que apenas aparecem nas eleições oferecendo ferro de passar por votos,
em casas onde não há comida, quanto mais energia elétrica.
Estas cidades esquecidas, berço da maior parte da cultura nacional,
onde outras histórias não contadas,
talvez até mais importante que as contadas nos livros ao falar das capitais,
onde somos escravos do trabalho, e escravos de nós mesmos,
onde o consumismo nos afeta ao ponto de trocarmos um item por dia,
Apenas pelo fato que a novidade é o botão ou bateria de nova cor,
obsoletos? Não importa!
o que importa é ter antes do vizinho,
Assim é o capital,
Passou na TV comprou,
Passou na TV valeu,
Está na TV é pura verdade,
E é assim que nos enganamos
e jogamos no lixo o que temos de cultura.
E insuportável viver num lugar onde 5 quilômetros significa 40 minutos parado.
As pessoas que moram no interiro não querem acreditar que qualidade de vida não é o carro do ano, nem apartamento na rua da praia,
Os valores estão invertidos pela mídia,
e cada vez mais vendem isso como o melhor e as pessoas aceitam , compram e perdem:
Perdem a liberdade,
Perdem o direito de ir e vir,
perdem a simplicidade,
perdem o amor ao próximo
perdem a fé,
perdem a identidade.
Hoje o que eu mais queria era estar numa cidade do interior,
Trocaria meu trabalho stressante e de pessoas pomposas e risos automáticos,
Por talvez um balcão,
Onde encontraria o seu Zé e a dona Maria contando causos enquanto compram a farinha e o feijão.
É estranho, mas creio que até o quitandeiro da cidade do interiro é mais feliz que empresários que nunca põem o pé no chão entre voos e reuniões.
Hoje, eu trocaria I-phones e I-peds, pelo I-pim sobre a mesa, bem quentinho em dias de chuva com a família reunida e em paz.
Trocaria meu carro, por uma caminhada de meia hora todos os dias,
de casa para o trabalho, respirando ar puro e dando bom dia aos vizinhos,
que no raiar do dia limpam cada um as suas calçadas,
e continuo trocando a escola com piscina, internet, restaurante e lanchonete, pela escola do interior
para criar meu filho ao lado de pessoas onde o valor está no ser humano e não no que eles tem ,
onde professor ensina por amor, por carinho e não apenas pelo que ganha. Um professor do interior ganha muito menos que os da capital e são os que mais se destacam na qualidade de ensino. Porque será hem? Ironia dos destinos?
Se for isso tudo ironias, utopias e enganos, que seja,
é assim que eu gostaria de criar meu filho,
indo a feira para comprar, e tirar meia hora dando atenção ao seu Manuel, vendedor de batatas que aos 89 anos ainda trabalha e carrega sacos,
mas nunca deixa o sorriso sair do rosto pois este não é automático, é o espelho da sua alegria por apenas valorizar a vida, acima de qualquer outra coisa.
Só quero fugir para o meu interior e me entregar ainda mais adentro, no interior do interior, e quando o São João chegar esperas os da capital a me visitar.
Nao vou cultivar tristeza,ficar sofrendo e besteira,ando por toda cidade sem ter medo da verdade.Eu penso estar perdido agora,tudo tem a sua hora,estou de bem com o meu viver.Tenho calma limpo a alma pra nao padecer… Posso encontrar alguem muitos caminhos existem e a chama de um amor que foi eterno pode terminar,mas se eu tivesse o mar e voce do meu lado agora,seus olhos iam me seguir e sua presenca fortificar. […]
As vezes eu queria estar em outra cidade, outro estado, outro planeta... Desde que tu estejas ao meu lado.
Sou do universo. Vivo no Brasil. Nasci no Estado de ninguém. Moro na cidade de todos. Meu bairro é o falado do numero zero. Estudei na escola da vida. Fiz cursos de inteligência sem limites. Me formei na faculdade da sabedoria. Atualmente moro aqui, acolá, ou seja moro no mundo.
Um dia jovem procurou o sábio de uma cidade mais próxima pois estava triste e decepcionado. Encontrando o sábio, o sábio lhe pergunta:
- Meu jovem o que lhe trás até a mim?
O chovem com os olhos cheios d’água olha para o sábio e diz:
- Senhor, eu vim de longe até aqui para lhe pedir uma direção. Eu estou triste e ferido com três dos meus amigos e não sei o que fazer.
* O primeiro, se envolve com pessoas de má índole em busca de fama, dinheiro e statos. Fazendo parte de acordos negativos e egoístas para atingir seu propósito. Com isso esse meu grande amigo me afetava moralmente. O que mais me incomodava é que uma dessas pessoas que ele negocia, é uma pessoas que não se preocupa com o que vai atinge com suas atitudes.
* O segundo, eu fiz tudo por ele, ajudei-o com conselhos, contei-o partes da minha vida, tentei lhe ensinar bons propósitos para que não se torne uma pessoa ruim, expliquei como é importante ser fiel a sua palavra e ter uma boa ideologia. Ao invés disso, ele falava mal de mim nas minhas costas, o que pudesse fazer para me difamar na cidade ele fazia.
* O terceiro, tem o coração aparentemente mais puro que os outros, porém, não sabe usar suas palavras, só sai de sua boca palavras ofensivas e destruidoras. Seus conselhos são ruins e aos berros.
Eu não sei o que fazer senhor, estou desesperador. Já pensei em desisti de tudo e até em me matar.
Então o sábio responde
- Meu filho, todos erramos e todos tempos defeito, o mal de nós pecadores e julgarmos o erro dos outros. Pense bem meu filho, você veio até aqui e me contou suas decepções. Mais o que você faz para mudar? Quando essas ofensas foram direcionadas para você, você não se impôs? Eles só pararão quando você se impuser. Chorar alivia a alma mais não resolve nada.
- No primeiro caso, a pessoa que você tanto ama se tornou ou está se tornando o que você mais odeia. Só você saberá se é melhor corta esse vinculo pela raiz ou tentar ajudar este seu amigo.
- Seu segundo amigo, provavelmente te admira e te inveja. Provavelmente enxerga em você algo que ele gostaria muito e com isso tenta tirar com você para não se sentir tão inferior ou solitário.
- O terceiro me parece não saber expressar o amor que tem. Usa suas palavras agressivas por desespero em acertar. Mais você não e obrigado a tentar ensiná-lo nada quando está sendo ferido.
- Use seu bom coração para tentar ajudar essas pessoas caso você ache que valia apena. Lembre-se também que não se pode ajudar alguém que não enxergue que precisa de ajuda.
Então o jovem responde
- Mas senhor, como eu vou mudar? Eu não posso mudar o mundo, sou apenas uma pessoa comum diante esse mundo errado.
O sábio novamente o repreende dizendo.
- Nós somos uma semente que com o tempo germina e cresce. Com o tempo esse único galho se divide fazendo novos galhos bons e ruins, fazendo novas direções para ser vista e seguidas. O que você prefere? Galhos bons ou ruins?
- Quando esses galhos ruins crescem e não o cortamos por estarmos esperando galhos bons, pode-se ter uma árvore aparentemente viva.
- Meu filho, se a cada alegria que ganhamos nós passássemos isso adiante para 3 pessoas, criaríamos um mundo melhor, ao invés disso. Quando se cresce um galho bom, nos preocupamos mais com os galhos ruins à os bons.
- Às vezes não podemos cortar esses galhos ruins porque poderíamos matar está árvore que se chama vida por ter mais galhos ruins a bons. Mas podemos dar mais atenção nos galho boa para se multiplicarem.
Se você fosse esse jovem, o que você faria?
Na cidade dos meus sonhos vive-se a igualidade,
ai de mim acordar e perceber que isso é uma eterna raridade.
O melhor do pior.
Guarujá seria, para um amigo, a melhor cidade ruim para se morar.
Concordo. Não há melhor lugar onde eu pudesse morar que não Guarujá que me adotou há 22 anos.
Em que pese todo lixo urbano e humano da cidade, olhar esse marzão lindo faz esquecer desse marasmo que os incompetentes administradores, eleitos pelos eleitores idiotas lançaram a cidade desde que cheguei.
Amiga minha montou esse ano uma loja no Guarujá e já aprendeu a reclamar da fraca temporada. É verdade, não será mais possível ganhar na temporada o dinheiro necessário para manter aberta uma loja o ano todo.
Expliquei para a minha amiga que só tem uma coisa pior do que ter uma loja no Guarujá.
Não ter nenhuma loja.
E assim vamos, os prefeitos mentindo que trabalham, nós mentindo que acreditamos, até que a cidade se torne realmente a pior cidade do estado para se morar e ser comerciante seja pior do que morrer de fome.
Isso é fantasticamente ridículo. Mas é!
Irei viajar
Correr atrás da minha felicidade
Irei fugir
Desta entristecida cidade
Vou abandonar muita coisa
Vou correr atrás do amor
Vou confiar em alguém
Vou sem medo de sentir dor
Talvez seja uma ilusão
Mas olha a minha emoção
Com esse desejo desesperado
De entregar o meu coração
Direto conheço histórias de amor
Repleta de grandes loucuras
Agora é a vez da minha história
Repleta de paz, amor e ternuras
E completando a minha alegria
Eu fico me enchendo de desejos
E como será o dia
Que poderei lhe encher de beijos
Te tudo que aprendi na vida
Uma mensagem tenho que repassar
Jamais deixe que o seu sofrimento
Consiga te sufocar
Não se mate com o tormento
Levante a cabeça e procure a quem amar...
Um grande muro cercava a cidade
Vivo e alegre muro verde
Entre seus sons
Ante sua beleza
Sob sua sombra
Cresci
Vivia em paz
Protegido eu me aventurava em seus caminhos
Mas como toda cidade
Nesta habitavam seus vermes
E logo vi uma negra nuvem
Anunciando a destruição
Estalos como aplausos de uma grande plateia
Trazidos pelo vento forte
E o calor
E o fogo
Fez-se noite
E ao lado da minha casa
Queimava tristemente o muro
Este que parecia tão poderoso
Não pôde conter as chamas
Não pôde proteger filhos nem pais
Via os pequenos pássaros mergulhando no mar de fogo
Beija-flores com seus bicos cheios d’água
Mas nada pôde parar
O fogo ergueu-se aos céus
E tudo queimava
Num horrendo espetáculo
O grande muro não foi ao chão
Reergueu-se
Reverdejou-se
Não desistiu
Serviu novamente de abrigo
As cinzas logo se enterraram
Algumas cicatrizes permaneceram
Mas ele estava ali
As lágrimas pertenceram à um grande susto...
O tempo foi passando
A cidade o muro não pode conter
Esta criatura infestada
Pôs no vivo muro
Ferozes feras de metal
Seu ronco anunciou:
“É chegada a hora do massacre”
Vi de perto
O muro descendo aos poucos
Aos prantos gritava
Ninguém podia ajuda-lo
Corações de metal
Movidos a sangue negro
Sem qualquer sentimento
Mortos
Matando
O muro que me protegeu
Finalmente cedeu
E o que me sucedeu
Foram fortes sentimentos
Uma grande lição
Infelizmente foi triste
Como sempre
E agora vão devorar o meu lar
E continuam a querer me devorar
Mas jamais serei digerido por tais vermes
Queimarei quantas vezes precisar
Sou feito do muro
Cresci em suas entranhas
Sou feito dos seus sonhos
Talvez eu seja seu único herdeiro
Eu o amo
Ele é eterno
Viverão em mim
Para sempre
As lembranças dos seus caminhos
Tua sombra protetora
Teu cheiro
Teu grande poder
Sou a tribo de um só índio
Miudinho
Tinha uma mocinha,
bem loirinha,
da cidade pequenininha,
que andava com flores,
na cestinha
da bicicletinha.
Toda meiguinha,
bem depressinha,
quanta gracinha,
daquela mocinha
loirinha, da cidade
pequenininha.
Com a bochechinha
rosinha,
escondia do solzinho
debaixo da sombrinha,
e bebia aguinha,
pra voltar a passear
na biclicletinha.
Na esquininha,
ela caiu, e machucou
a perninha,
fez dodóizinho,
tadinha.
Um menininho
desesperadinho
ajudou ela
a se levantar
rapidinho,
pra ganhar
um beijinho
no rostinho
vermelhinho
e sentir amorzinho.
Faço da minha insônia um sonho que estou vivendo com vagalumes e corujas, enquanto a cidade sonha com os olhos fechados.
INVISÍVEL
Essa cidade não sabe que eu sou de outro planeta
Que viajei na reluzente calda de um cometa
Sob uma chuva perene de meteoros incandescentes
Essa gente não sabe do que tenho
E não tenho e do que sou capaz...
Quando a solidão do inabitável
Castigava a terra com restos de estrelas.
A luz se impunha as trevas,
Então o Filho pregou o amor
E a justiça sobre as montanhas,
Esse soneto divino que é o existir
Não permitira ainda o orvalhar romântico
Sobre os jardins de Amsterdam,
Antes Moisés conduzira o êxodo
Sob o causticante sol do deserto
Eu estava longe de tudo e perto do nada,
E quanto mais perto de tudo,
Mais você se torna invisível,
As pessoas só veem o que lhes interessam...
Essa cidade não ouve nem lê
O que eu escrevo ou declamo
Não sabe dessa ternura mórbida
Que sacrifica os santos...
Eu tenho moléculas de hidrogênio e oxigênio,
Eu tenho a luz dos astros
E a melancolia impressa no olhar
Eu tenho a devoção dos mártires...
Essa cidade nada sabe de mim
Enquanto a lua dança num eclipse
E o arco Iris listra o firmamento
O apocalipse se revela...
Silenciosamente eu canto,
Eu toco um violino e a harpa...
Uma harpa angelical me acompanha...
Pessoas livres, grata...a quê ? A uma cidade sem memórias, aos funcionários mal remunerados, e obrigadas a aplaudir e gritar para não ficarem desempregados. Livres...gratas a quê mesmo ? Ao seu povo não ter ruas limpas, segurança, saúde, educação...Não vejo motivos, nem porque. Políticos tem o dever e a obrigação de fazer o minimo pela cidade que administram, pelo estado que cuidam, é pago e muito bem pago para isso mesmo, não é nenhum favor ! Vereadores, prefeitos, deputados, senadores, presidente são nossos empregados que além de receberem salários exorbitantes, usufruem de toda mordomia e mais que isso, recebem propina de tudo e todo jeito, portanto quem tem que agradecer e curvar-se diante do povo são eles, não nós !
"O olhar indiferente é um perpétuo marasmo. A maior força de uma família ou cidade é ter muitos homens com bons olhos, corajosos e instruídos".