Cidade
Minha cidade Natal
Natal, cidade de praias lindas,
de lindas mulheres desfilando pelas calçadas,
Provocando paixão aos homens com seus olhares.
Natal capital do sol brasileiro,
Festas de reis e do carnatal, de euforia sem igual,
Reunindo foliões por toda a madrugada de Natal.
Natal de belas praças,
Avenidas, viadutos e a Barreira do Inferno,
Temos o mais belo estádio, o Arena das Dunas.
Natal de grandes prédios,de arquitetura moderna
Bem armados em seu concreto,
De fachadas com arquitetura de causar inveja.
Natal, minha casa,
Longe dela sinto que o tempo passa,
Por desejá-la, gostaria que o passado voltasse.
— Aos 14, eu conheci a garota mais linda da minha cidade. Aos 15, nós tivemos uma briga terrível e não nos falamos por 1 ano. Aos 16, reencontrei ela em um supermercado, 5 minutos de conversa e eu me vi apaixonado. Aos 17, eu comecei a namorar com a garota mais bonita da cidade. Aos 22, eu fiquei noivo da mulher mais linda do país. Aos 25, eu estava casado com a mulher mais linda do mundo. Aos 27, eu tive um filho com a mulher mais madura que já conheci. Aos 29, eu tive uma filha, a filha mais linda da cidade. Aos 40, eu fiz 15 anos de casado com a mulher mais interessante do universo. Aos 50, eu percebi que nunca tinha tido olhos para outra, nesse mesmo ano, eu percebi que eu era um homem realizado. Aos 60, eu vi a mulher mais linda do mundo continuar sendo a mulher mais interessante do universo. Aos 76, eu senti falta dessa mulher, a mulher mais incrível do mundo, agora só existia em fotografias. Aos 78, eu senti que não tinha mais vida sem ela; nesse mesmo ano, eu me entreguei para viver a eternidade ao lado dela, seja lá onde fosse.
SÃO PAULO
Engraçado...
Uma cidade tão grande,
Com ruas tão ocupadas,
Rotinas tão recheadas,
E ainda assim existe
Muita gente se sentindo sozinha.
Existe tantas peças nesse quebra-cabeças,
Tanta gente pra se completar,
Tanta gente pra ser completada,
Tanta história de amor que nem existe
Mas que um dia pode ser contada.
Loirinha linda eu te encontrei por acaso,
Foi bem distante de mim em outra cidade,
Mas o destino fez com que eu te encontrasse,
E trouxesse para mim felicidade...
Sérgio o Cancioneiro.
Amo dias de chuva... Chuva que refresca a cidade, chuva que alegra a terra seca, chuva que faz as árvores dançarem e os mares se agitarem, faz alegrias daqueles que admiram a sua chegada, e também daqueles que se alegram com sua partida, chuva que me inspira, que me faz ser criativa, e que chova todos os dias da minha vida, pois se não for sede de água, é sede de viver a vida.
Nas Minhas Ruas
E nas ruas desertas da minha cidade
No silêncio rompido somente por alguns pássaros
Eu danço e pulo com a liberdade
E me contento com a felicidade pássara
Deixar voar, cantar
Nas ruas da minha cidade
A felicidade vem pra durar
Essa é a sua ambigüidade.
Não há idade nem necessidade
Não há mais paz,
Não nas ruas desta minha cidade
As pessoas acordaram, e essa é a realidade.
As ruas não são mais desertas,
E já não ouvimos mais os pássaros
As pessoas se acham espertas
Mas nunca conhecerão a minha felicidade pássara.
Imagine que você nasceu em uma família pobre, em uma cidade pobre, em um país pobre, e com 28 anos de idade, você tem tanto dinheiro que não consegue sequer contar. O que você faz? Você faz seus sonhos se tornarem realidade.
AQUI NA ROÇA
Tem moço da cidade cantarolando
As maravilhas de se viver na roça
Cavalgar pelos campos, nadar no rio
Fogueira, roda de viola e cachaça
Aqui tem tudo isso
Mas aqui também se acorda cedo para trabalhar
Cavalo, porco, cachorro, galinha, gado para alimentar
Lavoura pra plantar, cuidar, colher e vaca para ordenhar
Aqui fim de semana ou feriado não se pode parar
A vida na roça não é fazenda de novela
Peão de roupa limpa, mão sem calo e rosto sem suar
Aqui na roça o trabalho é pesado
Mas pra quem já está acostumado
Essa é a melhor vida, esse é o melhor lugar
Parabéns
Enfim viste eleito,
O prefeito
Da cidade do desproveito
Do estado do desrespeito
E no país do insatisfeito
João Pessoa.
Cidade verde e arborizada
onde o teu xaxado ecoa
dentre tantas tão amada
não conheço outra tão boa
de Parahyba à Filipéia
não tem um que faça ideia
o quanto eu amo João Pessoa.
A Cidade dos Gatos
Noite linda céu de estrela ascendente.
Memorias remotas ao longe vinha como
lembrança de um belo e singelo rosto.
“Então antes de pensar morra!” disse
alguém ao longe.
Trazido pelo ar o som daquela tenebrosa
voz, chegava até a mim pela janela.
Que nem sei aquém pertencia cujo um
pavor em mim eu sentia.
E se cabia a mim refletir sobre aquilo.
E as ruas escura e solitária, pôs a noite
tinha acabado de chegar a um certo
tempo.
Cada beco escuro era visto os olhos
brilhante de algum gato.
Parei para admirar tal gato preto que
por mim do meu lado passava, e ouvir
do outro lado: “A cidade a noite é deles”
disse um velho que por mim tinha
acabado de passar que eu nem mesmo
havia notado, só quando ele proferiu
a tal frase.
E a noite parecia ser dada de presente
para eles.
E num encontro de dois gatos numa
rua, parecia que um dizia para o outro:
“O que se passa?”
“Os gatos são os donos da noite”
disse a mim uma figura misteriosa
que por de trais de um capuz seu
rosto eu não podia ver.
“Que cidade mistérios e intrigante”
pensava eu.
Cidade na qual tinha acabado de
mim mudar naquela data de “01/11/1888.”
E numa andança pela cidade ao dia
notei que ao dia a eles também
pertencia.
Ao fazer companhia aos feirantes e
pescadores perto do mar.
Se fartando nos restos de peixes.
E nos seus focinhos dava para ver
quanta alegria neles era vista em cada
ronronar de felicidade.
Então de baixo daquele dia lindo me
dirigir ao encontro de minha amada
na cidade dos gatos.
O sonhador
(Ismael Lima)
Havia um homem sonhador, que viajava para a cidade, ele queria mudar de vida e de seus antigos padrões, sonhava com riquezas, com prazeres, tudo que o dinheiro pudesse assim comprar, estava atentado que poderia tudo o que quisesse, e aliás por muito tempo sonhara com o momento em que tivesse a oportunidade de ir embora de sua fazendinha em meio ao campo, onde fora criado.
Certo dia arrumou suas coisas, uma pequena sacola com algumas roupas e provisões para a caminhada, junto carregava seu sonho, empolgado, com nariz empinado e peito estufado, marchava a vante, apressando o passo para que pudesse logo chegar a cidade, já que não era tão distante mas, o sol iria se por em algumas horas, enquanto se aproximava uma tempestade. Olhando ao céu, o sonhador notara a tempestade que chegava, e mais que depressa procurando abrigo para que passasse a noite, se guardando dentro de uma fissura que o tempo havia esculpido em uma árvore gigantesca, a esperar o fim da tempestade, aproveitou para descansar, passou a noite, até que a tormenta se fosse, ficando protegido e a guardo, e enquanto sonhava com as riquezas e tudo que podia conquistar na cidade acabou pegando no sono.
Na manhã do dia seguinte, com sol despontando levantou o homem sonhador, e em um pulo arrumou suas coisinhas na sacola, e tomou seu rumo, depois de caminhar por umas duas horas, percebera alguns estragos feitos com a violência do vento na noite anterior, mas agradecido por estar são e salvo, afinal ele percebera a sorte que tinha ao encontrar aquela enorme árvore que pode se proteger e descansar. Haviam árvores menores caídas, barrancos deslizados e mais a frente notou que o córrego que era um pequeno filete de água estava transbordando e que se ele tentasse atravessar a nado, se perderia na correnteza e provavelmente morreria, mas como passaria agora, pensou o homem, logo lembrou que por antes ser uma pequena linha de água, voltaria futuramente a ser quando a água acalmasse, então sentando-se em um tronco de árvore derrubado com o vento, que estava a beirada do córrego, a esperar que as águas baixassem.
Logo depois do córrego já dava pra avistar a cidade, o homem sonhador ficou ali sentado no tronco daquela arvore, sonhando com a cidade e tudo que poderia conquistar, mas somente depois que as águas baixassem.
Verdadeiro valor!
O cabra pode ser vaqueiro
ser prefeito da cidade
ser doutor ou ser pedreiro
ou viver de caridade
do Brasil ou do estrangeiro
mas nem sempre é o dinheiro
que nos traz felicidade.
A cidade era de papel, mas as lembranças não. Todas as coisas que eu tinha feito ali, todo o amor, a pena, a compaixão, a violência, e o desprezo estavam aflorando em mim.
No lugar da correria da cidade, o balanço da rede, o único som que se ouvia, era o canto dos pássaros!
O que eu gosto de visitar em uma cidade são as igrejas, os cemitérios e as bibliotecas, todas coisas que exigem silêncio e aspiram à eternidade.