Cidade
A cidade de Sophia
O conhecimento é como uma cidade onde cada rua leva o nome de um pensador indicando um caminho que se pode seguir.
Estas estão organizadas em ordem lógica de modo que ao se seguir um pensador desembocar-se-á em outro podendo-se caminhar por entre todo o conhecimento humano.
Porém, como toda cidade existem os limites e é ai que devemos construir nossa própria rua
A cidade de Athenas e prova de que a maior força não é exercida pelos musculos de um homem,mas pela mente de um sabio.Pois enquanto Sparta treinava seus filhos para guerra pelos meios tradicionais da epoca que eram físicos e "estratégicos" a cidade de Athenas presava pela filosofia,e no momento mais importante da guerra os spartanos morreram mesmo tendo mais soldados e mais qualificados para o campo de batalha,mas Atenas tinham qualidade e não quantidade e venceram à guerra.
Eu ando pela cidade sozinho
Memórias que não estão passando
Um assassino está andando nas suas ruas hoje a noite.
Perdoe-me pelos meus crimes.
Não se esqueça que eu era muito jovem, mas muito assustado.
Em nome de Deus e do País
Esta área metropolitana ás vezes pode comparar-se mais a uma aldeia, do que a uma cidade, onde qualquer um se cruza e mistura, onde todos julgam conhecer-se, ou se não conhecem, todos sabem os nomes uns dos outros. Onde grande parte dessas mesmas pessoas se difama e se denigrem uns aos outros. Não faltam intrigas e “cusquices”. Há enredos para todos os gostos, alguns a fazerem lembrar novelas mexicanas. Há tramas que nem o realizador com a imaginação mais fértil conseguiria realizar. Manobras de todas as espécies. Há demasiado tempo que me cansei de um certo tipo de criatura desta “pequena aldeia” , e inúmeras são as ocasiões que a minha paciência se esgota e atinjo o limite. Na realidade tenho vontade de mais e melhor. Sitios e pessoas onde a existência possua a energia e o vigor com que ela tem que ser vivida e sentida. Onde a vida palpite sem maldades associadas. Onde exista agitação saudável. Onde existam outras realidades, pessoas e coisas mais interessantes no lugar desta apatia apodrecida e oportuna. Sinto-me esgotada dos planos de benefícios por conveniência, de escutar as pessoas a murmurarem ou fabricarem e inventarem jogos de cama para os outros. Estou farta de gente que só consegue ver o seu umbigo gigantesco, que vivem de olhos fechados para a sua própria vida, mas quando o assunto é a vida dos outros arregalam os olhos, mas nem assim conseguem ser eficazes.
À cidade dos DIAmantes
Naquela cidade dos diamantes,
onde sempre amava-se o dia
e diariamente, da mente a gente ria
da noite era impossível não tornar-se amante
Terra de tantas e tantas subidas
lá onde cachoeira banhava a alma
o vento refrescava a calma
e as estrelas imploravam para serem lidas
O fôlego ficava, então, perdido,
e o coração antes duro, amolecia,
quando o azul do céu se tornava rosa como flor
O tempo nesse momento esquecia
e o fôlego perdido encontrava-se no amor
E diamantina, cheia de amantes tinha seus dias escurecidos
Até os ratos percebem que o problema está chegando, afogando a cidade eu os vejo, tão pequenos, correndo. É sempre a mesma coisa.
Ela permanece sentada em seu sofá, apática, com seu cinzeiro cheio, mesmo que seja com as cinzas do cigarro roubado do maço dele e sua garrafa vazia de um consolo temporário, que acabou cerca de vinte segundos depois que ele virou as costas. Mesmo ansiosa por sua chegada, ela não quer acelerar um suspiro, manterá sua indiferença.
Ele sabe dizer exatamente como ela se sente só de olhar em seus olhos cinzentos, e quando ele vê que ela está sorrindo e suspirando sincronizadamente, ele parte, a fazendo miserável novamente. Ele parte porque sabe que ela sente sua falta, e nem ele sabe dizer porque ainda ainda volta. Ratos sempre voltam.
Não importa o quanto ela diga, grite, esperneie que testá-la será em vão, pois o fim já havia chegado e ela não sentirá mais sua falta pois ele já não importa mais, ele continuará a ir e voltar como se não tivesse nada a dizer, pois não importa o quanto ela minta, ele sabe ler seus olhos.
Resolveu partir. Ela. Com sua incerteza e depressão se chocando e a corroendo a cada pingo da chuva fria que toca seu rosto. Com sua garrafa vazia e seu cinzeiro cheio de lembranças da memória dele, Ela se afastará para que ele sinta saudades. Pena que não sabe ler os olhos que pertencem a ele. Ela tirou o casaco do mancebo e o vestiu com pressa, prendeu os finos e curtos fios de seu cabelo preto com um elástico que mantinha no pulso, colocou a mão na maçameta e respirou fundo, assim que abriu a porta, ali estava ele. Fingiu que não viu apesar de seus olhos brilharem e praticamente mudarem de cor ao atingir os olhos dele. Ela parte.
Ele a segura segura pela mão e pede num sussurro que ela fique. Enquanto ela o olha de cima a baixo ele entrelaça seus dedos nos dela, como se a prendesse. Ela apertou os olhos como se lutasse contra. Não conseguiu partir depois que ele riu, aquela risada tão única que franze seu nariz. Então ali, no corredor, ficou. Sua raiva hipócrita partiu. Mas aquela risada cheia de cinismo não foi a troco de nada.
“Se tivesse segurado minha mão enquanto eu me afastava, nunca teria partido.
Curitiba é uma cidade tão cruel com as pessoas que criam que não basta você ir para São Paulo e pro Rio e as pessoas te reconhecerem não...Você precisa morrer para as pessoas te reconhecerem!
NÃO ENVELHECE
Já houve um tempo que a cidade não tinha idade,
Pra ela o tempo que conta parecia não andar,
Nem para frente nem para traz, ela era estática,
E ninguém se queixava, não se buscava novidades.
Bom era como era. As mesmas andorinhas voando,
As mesmas fontes luminosas, azuis jorrando,
Água renovada, não por química, com peneira, coando.
Os mesmos mendigos, tão conhecidos, passando.
Já houve um tempo em a cidade era deserta e fértil,
Os mesmos bêbados pingentes pelas nas calçadas,
Já quando o tempo se avançava, a lua imersa,
Dentro das águas refletia já o sol que raia,
Já houve um tempo em os dias da cidade, velha
Até pareciam não saírem de uma semana, um dia,
E assim o tempo era coisa que ninguém vela,
Só se adornava e se velava era só a nova vida.
Despedida
Despeço-me então de ti
Cidade querida onde um dia nasci
E rumo para um rio que não corre
Voa
Entregar-me aqueles que não amam
Zoam
Entregar-me a mim
Tudo a frente é incerto
Vejo um vasto deserto
Se apresentar e confesso
Que não estou triste
Mas posso ficar
Seu perfume me motiva
E me intriga
Não sei se vou suportar
Deixar-te aqui
Entregue a quem quiser
Ou aqui ficar sem poder me entregar
Se eu vou
Eu me mudo
Mudo de mundo
Mas volto pra cá
Para rever-te então
Com toda a amizade
Por minha querida cidade
Que sempre me acolherá
E encontrarei nas ruas e vielas
Moças bonitas
Mulheres belas
E já estarei sorrindo
Por motivos mesquinhos.
Mas voltarei talvez, triste.
Com alguém que insiste
Em num erro acertar
Uma cidade sem estética não é uma cidade senão somente um aglomerado desarrumado de obras mal planejadas.
Zumbi do Coração
Ando pela cidade em busca de encontrar em alguém o seu olhar... A vida é tão solitária sem ter você aqui... Vejo que estou me tornando um zumbi... Mas um zumbi que não necessita de carne... Um zumbi de sentimentos, que busca alimento não no sangue das outras pessoas, mas sim apenas do seu amor... Espero um dia encontrar a cura, um elixir da vida, onde a dor já não será mais o meu problema, mas sim a minha libertação...
Se a gente sente saudades de quem não vê já há um tempo, estando na mesma cidade, não faz sentido ela aumentar só porque vc está em outro Continente. Afinal, vc já não via mesmo......Estranho...
O sol nasce na cidade, na praia...entre vales e montanhas...em cima do meu e do seu telhado com sua luz, seu calor aquece sem distinção, é a prova de conceito sem pre-conceito, é esse amor incondicional...os pássaros louvam e agradecem com cantos e revoadas...as plantas exibem-se de sorriso florescendo com cores e paridos de frutos...o sentimento é de tudo curvar-se diante de sua majestade, "o sol!!!"...por mais que pareça impossível, existem pessoas com esse dom...essa luz...seres humanos inigualáveis...simplesmente incomparáveis, que contagiam com encanto, magia, sedução, graça e luz, pessoas iluminadas...você é exatamente assim!
Ontem, voltando do serviço andando pela praca da Se, comecei a reparar na cidade onde vivo, no comportamento das pessoas, nas coisas vistas e nas coisas "nao vista" e confesso que ela tem muito a nos ensinar.
A beleza da noite me fascina! Luzes focando um canto mal iluminado, nos mostrando que nao precisamos brilhar para sermos notados, e sim ter o suficiente para focarmos no que realmente importa. Calcadas irregulares, nos dando a dica de a vida e isso, uma eterna "inconstância" onde devemos aprender a andar conforme as circunstancias nos fornecidas.
Moradores de rua buscando algo pra se alimentar, um lugar para dormir, e sobreviver a mais um dia ... apenas isso. Eles quebram uma regra imposta pela sociedade, que nos diz: "Quer lidar com circunstancias emergênciais? faca administração!" Situações emergênciais sao as que eles lidam todos os dias e nao precisaram aprender isso em nenhuma instituição de ensino...a vida os ensinou.
Me lembro de uma construção antiga em tons de cinza onde havia na torre três pirâmides sendo igualmente parecidas, apenas uma pequena diferença na pirâmide da ponta, pois estava visivelmente danificada, talvez por estar em um local de difícil acesso ou por fugir um pouco do método padrão das demais. Deixando bem claro que sermos metodistas nao nos torna uma pessoa mais organizada ou alguém mais inteligente, eu vejo simplesmente uma pessoa com medo de se arriscar, arriscar a ganhar ou perder sentimentos que a vida nos oferece, e se refugiam na mesmice de serem o que sao sempre.
As pessoas, para darem valor a cidade onde moram, devem saber de sua historia, da sua cultura. Para isto é necessário preservar, por meio de museus, exposições, centro de arte e cultura, pois um lugar onde não tem sua cultura preservada é um lugar vazio.