Cidade
MERCADO CENTRAL
No interior dessa cidade,
corredores em labirinto
escrevem lentamente a história
desse valente povo.
Tradição e modernidade caminham lado a lado
com a cultura de toda essa gente,
convivendo com a vida simples que se leva aqui
nas terras de Minas, na contemporaneidade da Belo Horizonte.
Sorrisos encantados
numa lasca de queijo branco
numa banda de melancia encarnada
ou no doce mel contido num pedaço satisfatório de abacaxi
- na praça nossa de todos os dias -
nas esquinas desse pequeno Brasil.
Beleza e riqueza de detalhes
e variedade (in)igual de opções,
pluralidade que encanta mundos
e atravessa com orgulho muitas e muitas gerações.
Peças de encanto dispostas pelo quadriculado chão,
cheio de antropomorfismos,
perfazem um mosaico histórico
ocupando cantos distintos no coração das pessoas.
A vida simples desse mundo singular
confunde-se a todo tempo
com o requintado gesto de nobreza humana
existente no seio dessa grande família.
O rico convive lado a lado com o pobre
e sente orgulho de ali estar.
Patrão e empregado são grandes amigos
viciados na cachaça que é estar lá,
percorrem juntos a lida no dia a dia
e vencem juntos a dura jornada de trabalho desse lugar.
Por todos os lados
o que se vê é gente viciada na vida,
os visitantes tornam-se logo íntimos.
Pois, sorrisos não são difíceis de encontrar!
E se jogam Cruzeiro e Atlético no domingo!
Na segunda-feira, o mundo pára, se um deles ganhar.
No cafezinho todo mundo se envolve nas prosas
e ao rival perdedor, não é permitido apelar.
Dia e noite se confundem no tempo,
não se percebe o dia passar!
Turistas se apressam nas compras,
religiosamente a sirene toca.
Até amanhã! Alguns dizem...
Não vejo a hora de aqui, um dia voltar!
Mas descobri que em São Paulo é sempre assim. Ou você se acostuma com a poluição, ou se muda para bem longe dela. Eu fiz o contrário: decidi me acostumar com a poluição.
Meu pai amedrontou-me dizendo que São Paulo é uma cidade que faz mais frio que calor, que seria mais acertado eu ficar por lá mesmo ajudando ele na lavoura, constituir família, isto e aquilo.
Livro Espelho Quebrado, de Douglas Freitas, Capítulo 3
No calor do fim da tarde de uma segunda-feira, observando o ir e vir das pessoas no centro da cidade, desfiguradas de quaisquer sentimento de amor ou alegria, sou surpreendida por uma senhora. Devia ser uma mulher na flor dos seus 50, 60 anos... Caminhando a passos rápidos, por um instante vagarou o seu andar e olhou fixamente para o meu rosto. Passou por mim... hesitou. Virou-se para trás. E, com um sorriso meio desajeitado, disse: "Eu parei para observar seu rosto... A sua pele é tão bonita! Quer dizer... Você é linda." E, por um instante, o meu dia esteve completo.
Se eu sair pelas ruas da minha cidade
eu vejo o que tornou-se esta sociedade
que eu faço não é música nem poesia
e para descrever o que eu vejo todos os dias.
As madrugadas da cidade não se compara com as do campo, invés de ouvir os cantos dos pássaros o ouço o ronco dos motores, ao invés de sentir o cheiro do mato sinto o da padaria que e logo ali, a luz que vejo e a luz dos postes não a do luar lutando com a do sol que vem surgindo, o ser humano evoluiu mas essa evolução por completo não me agrada pois prefiro as madrugadas frias do campo do que as madrugadas aconchegante da cidade.
Parabéns São Paulo!
Garoa, cheiro de café, dia cinzento,
todos de pé,
o trabalho nos chama,
Não podemos parar,
Minha cidade linda,
pra sempre vou te Amar!
Você não está aqui
Há mais de 138 dias
Mas o seu jeito sim
Ecoa pelos cantos
Mais extremos dessa cidade
Mergulha nas águas
Que antes banharam nossas árvores
Elas também perguntam
Quando irão ver você
Enquanto eu caminho
Torcendo dia e noite
Por você.
Todos os dias cemitérios recebem corpos dos mortos, mas na Cidade Celestial Jesus verá as almas daqueles que O receberam e O confessaram Seu nome como seu Senhor e Salvador.
Mariana, minha querida filha
Meu orgulho, minha vida! Quero lhe prestar uma homenagem. Cada dia que passa você demonstra ser uma menina de muita coragem ao empreender essa decisão de ir morar sozinha em outra cidade para estudar, por isso estou expressando toda a minha admiração.
Em sampa vc nao se sente sozinho, voce esta sozinho! Eu sento no chao e observo as pessoas irem e virem, ninguem liga pra voce! Ninguem quer saber se vc precisa de algo, a selva de pedra nunca fez tanto sentido... Cada barraco, cada viela, cada pessoa, mostra a realidade da qual queremos nos proteger com medo de um dia por ironia do destino acabar ali no mesmo lugar que um dia nos horrorizamos, e no fim.... SOMO TODOS IGUAIS... Acho que essa é a maior ironia.