Cidade
“Pobre Rio de Janeiro dos ricos do Leblon e dos pobres das favelas; das assembleias de Deus e das Assembleias Legislativas; dos cariocas da gema e dos políticos de algemas; das belezas naturais e dos descalabros sociais... Triste Cidade Maravilhosa dos Morros e dos mortos; dos assaltos banais e dos arautos carnavais; das promessas de amor e das juras de morte; dos jogos de azar e dos dias de sorte... Confuso Estado Fluminense das Garotas de Ipanema e dos Garotinhos de esquemas; das celebridades globais e dos artistas reais; dos cartões postais e dos cartões de crédito; dos quarenta graus de temperatura na sombra e dos trinta e oito na cintura que assombram... Para o bem ou para o mal, melhor lugar não há, seja na areia da praia, seja no balanço do mar.”
Pelas ruas
fios emaranhados.
Obsoletos.
Metal esticado
carreando o nada
poluindo a visão.
A cidade é como a vida
precisa de faxina
para que haja
evolução...
Capital Paulista
Grandiosa é a capital paulista
Mais de 12 milhões de habitantes
Preenchem a gloriosa vista
Com seus sorrisos contagiantes
Cada bairro de SP te marca
Marca de uma forma diferente
Forma que, em uma aventura te embarca
Em SP não se fica carente!
Um exemplo é a 25 de março
Lotada de gente
Bem disputado é o espaço
Mas de variedade é surpreendente
Bonito é o Brás
Cheio de roupa bonita
A aventura lá é sagaz
E a ousadia é infinita
Incrível é a Liberdade
Como é lindo o respeito
O respeito à diversidade
Que mora no nosso peito
Massa também é o Tucuruvi
Eita bairro bom
Coisa boa lá eu vi, ouvi e também vivi!
Eita bairro bom
Aventura é na Lapa
Espero que tu leitor, veja!
Lá é pra quem dá a cara a tapa
Mas linda mesmo é a Igreja!
Nunca fui, mas eu sei
Que minha nação é Itaquera
Naquele bairro eu nunca andei
Só sei que é aonde o Timão mora
Tem a famosa AV. Paulista
Grande e movimentada
Atrai todos os turistas
Com sua beleza, demasiada
Como eu fui pra SP?
Eu fui por Guarulhos
Tudo de SP não deu pra falar, muito menos ver
Dessa cidade vejo bom povo, bons frutos
Futuramente com os meus amigos, irei dar um rolê
RECIFE CENTRO
O teatro e a ponte
A praça e o grande rio
Esquentam o coração
Não te deixam passar frio
Capital de frevo e cor
Um povo que esbanja amor
E no sangue tem seu brio
Presa
Ela se sente presa a tanta hipocrisia.
Solitária pelas ruínas de cimento que a sociedade cria.
Presa
Ela se sente presa com tanta amargura pelas ruas e escuridão das almas perdidas.
Presa
Ela se sente presa pela janela que gela os cotovelos, ao olhar que não enxerga a lua.
Ao silêncio dos olhares e teatros do dia a dia.
Presa
Ela se sente presa por saber voar e não ter ido ainda.
Não estar voando naquele mundo que a cria, não brilhar para aqueles que a vê.
Presa
Ela se sente presa por saber amar, por saber falar, por saber olhar, por saber tocar e não ter você ainda.
TRISTEZA MARAVILHOSA
.
.
Rio de Janeiro,
sob teu corpo de concreto
teu santo padroeiro
dorme, como um feto.
.
Ainda não nasceu, teu santo,
ainda é cedo para o milagre;
e a lágrima doce do teu pranto
não é vinho, é só vinagre.
.
Baía de Guanabara,
como mente o teu postal.
Vejo fome em pau-de-arara
sob a camada social.
.
Queria entender teu segredo,
tua miséria, tua mentira;
mas o que vejo é o degredo
que escapa da tua mira.
.
Seres humanos migratórios
compelidos à mudança
cujos mortos compulsórios
são produtos da esperança.
.
Rio, Deus te abençoe,
e do alto do Corcovado
em pedra o Cristo nos perdoe
por teu índio dizimado.
.
Cidade Maravilhosa,
herança dos guaranis...
na tua culpa misteriosa
guarda a lembrança dos brasis.
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Rio, cidade poesia,
olha teu negro na construção;
não lhe conceda alforria:
tu és a própria escravidão.
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Rio, alguém que tardia
espreita em teu carnaval;
sobre a tua fantasia
jaz a beleza de um postal.
.
Rio de Janeiro,
teu caminho não é reto;
ao sul do teu cruzeiro,
um voto vira um veto.
.
Ainda não nasceu teu quebranto,
ainda é cedo para o céu;
e a cachaça do pai de santo,
não é néctar, é só mel.
.
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[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Insurgência, 2023]
Nós, joinvilenses, precisamos urgentemente resgatar a força, garra, determinação, esperança e bravura de nossos imigrantes, se quisermos que a terceira maior cidade do Sul do Brasil prospere como merece.
Palmas para Palmas
Capital de Tocantins
Para as ruas calmas
Para as praças e jardins
E não é por acaso
Que o mais belo ocaso,
O mais lindo por do sol
É o daqui!
A tua raíz original por
arcos e flechas não será
por mim esquecida,
Entre o continente e a ilha
quem faz ponte é a poesia.
A tua Padroeira é Santa
e em ti sempre tenho
esperança por nossa gente
que com coragem resiste
e com fé na vida persiste.
Entre a lagoa e tuas praias
com o teu nome de Marechal
você me acolhe de um jeito
tal que só penso mesmo é
no teu amor sublime e perfeito.
Entre te amar ou te amar
a minha escolha é te amar,
Façam com dias sol ou chuva
ou noites com ou sem luar,
eu agradeço no teu peito morar.
Saio do serviço depois de um dia cansativo, me sentindo presa dentro de mim mesma, como se algo quisesse sair, mas, eu não sei o que.
Coloco meus fones e começo a caminhar sem destino enquanto aos meus ouvidos tocam Experience - Ludovico, uma bela trilha sonora para uma caminhada com o sol se pondo a minha direita, com um tom alaranjado que eu adoraria tocar, as nuvens se tornando como chamas, é incrível. As arvores se juntando ao longe, como se estivessem tocando o céu.
Nesse momento várias pessoas fazem caminhada, a maioria acompanhados de alguém, outros como eu, com a própria companhia e pensamentos. Os faróis começam a se tornar mais nítidos, e percebo que o sol já se foi e a lua vem me iluminando a esquerda. Os coqueiros se movendo com uma corrente de ar mínima, é quando eu me dou conta de que já faz uma hora que eu estou parada ali apenas admirando a vida, as pessoas apressadas com seus uniformes laranjas, vermelho, verde. Todos trabalhando e vivendo, uma cidade pequena, mas com suas belezas, pare e observe.
Habilidades notáveis,
age por instinto, com fugacidade,
às vezes, fica apreensivo,
ciente de suas responsabilidades,
usa suas teias como um aracnídeo
sorrateiramente pela cidade
pra enfrentar seus inimigos
e outras adversidades.
brilha teu azul
Tão doce tão cru
Brilha, brilha, brilha
Em teu nome azul!
Mas teu brilho acaba na última frase
Desgraça que sonha, que pensa mais
A pura verdade do mundo é que!
Nada além do universo
Sem poema e sem verso...
Que graça tem ser um poeta?
Teu nome, tu escuta tua voz
Mas que graça tem se você?
Desgraça que a mente acaba
E o teu nome fica tão claro
Fica tão escuro sem a cura
E você pensa cadê o azul?
Cadê esse azul que brilha no céu?
Cadê o pôr do sol que não quer aparecer?
Cadê as crianças que não tem mais esperança de viver?
Cadê? cadê? Cadê?
As coisas que você nunca quer mais ter
Mas além de você eu penso
Cadê o universo?
A noite excelsa das grandes cidades, transmitem aos seus habitantes uma grande satisfação, mas, para os habitantes das aldeias de cujo País pertence a cidade, nem sempre a noite transmite igual sensação.
Eu estava atravessando uma velha ponte de madeira e notei que estava vazia.
Não costumo ver ninguém atravessando quando estou na ponte. A maioria das pessoas dirige carros para não ter que andar muito.
E reparei os detalhes que passam despercebidos atravessando as árvores dos dois lados da ponte são altos e verdes um pequeno riacho que atravessa ao outro lado da rua e nelas peixes de varias espécies observei os prédios em volta e como que daquele pequeno espaço que eu estava fosse outro mundo apesar de estar no centro da cidade.
Um dia ficarei
Na minha jornada muitos horizontes compostos de praias, florestas e águas cristalinas,
na minha jornada o sol tem sido o meu guia, nas noites a lua tem acompanhado todo o meu romantismo,
coração de aventureiro, alma esperançosa, na mochila que carrego nas costas levo sempre a coragem e a responsabilidade como meus suprimentos,
o sino da igreja tocou, mas uma cidade estou a desbravar, chego devagar na intenção de um dia querer parar para ficar.
RECIFE ESCULTURAL
Cada canto do Recife
é uma tela de Dalí,
beleza que só se vê
ao se chegar por aqui.
Digo, com sinceridade,
que essa é a cidade
mais bonita que já vi.
RECIFE ILUMINADA
Cai a noite em Recife,
logo fica iluminada.
Olha só, que visual...
todinha repaginada!
Terra de "cabra da peste",
coração do meu Nordeste,
ô cidade arretada!
Pra quem mora no caos, é libertador visitar a calmaria, mas pra quem mora na calmaria, talvez seja mais libertador visitar o caos.
RECIFE DE CIMA
Vi Recife lá de cima
de um prédio muito alto.
Bem ao longe vi o mar,
vi o rio e o asfalto.
Assim vivo a contemplar
a Cidade Rio-Mar,
a qual eu sempre exalto.
A CASINHA
Minha casa é muito simples,
não tem luxo nem riqueza,
mas é muito abastada
do que vem da natureza.
Fica longe da cidade,
mas, é na simplicidade,
que mantém sua beleza.