Cidade
Experiência de peregrino.
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Eu via uma terra de viajantes, terras distantes.
Alguns jovens sentado à margem, pássaros cantando,
ramos de flores, algumas cores do presente.
-- Vi uma geração, cantando alto aos montes,
vi brilho de criança, com sorriso de paz,
havia mares ao redor da ilha,
o sol era quente; havia nascentes de águas puras
observei e vi vidas, saindo da semente,
músicas clássicas em cantos gregorianos,
os velhos não envelheciam, àespera do final
Havia uma escola de cantos,
fogo sagrado em cada instrumento,
os instrumentos eram homens
que através da história
buscavam fazer uma cidade melhor
Sábios, juntos da palavra,
sábios, perto de Deus
cidade fortificada,
cidade poética
Nossa Senhora de Belém
Que em 1616, no Forte do Presépio, começou sua história.
Belém do Grão Pará, que do apogeu da Belle Époque cresceu em importância e exuberância.
De teatro-monumento, Igrejas, palacetes, e o cinema mais antigo do Brasil ainda em atividade.
Belém da chuva da tarde, dos muitos aromas, sabores e beleza estonteante.
Das Ilhas, palmeiras, de um povo alegre, festivo e de muitas lutas..
Poema: NOVO ORIENTE
Belíssima Novo Oriente
Terra do Sol nascente
Com tão bela vertente
Entre aclives saliente
E de Serra ascendente
Tua Terra subsistente
Brota fértil nutriente
Que germina a semente
Para lavoura frequente
E Trabalho fortemente
Cidade de Novo Oriente
A tua glória emergente
Do passado ao presente
Lagoa do Tigre à frente
É prospera e resistente
E teu Povo esplendente
Que cedo tá no batente
Te adora imensamente
Pois tu és Novo Oriente
O xodó da nossa gente
Onde tudo é pequeno nada tem exceção, pessoas grandes sonham com lugares grandes coisas grandes não aceitam a linha de conforto não se conformam com falsidade lutam por igualdade, desafiam poderosos e saem vencedores.
Saio do serviço depois de um dia cansativo, me sentindo presa dentro de mim mesma, como se algo quisesse sair, mas, eu não sei o que.
Coloco meus fones e começo a caminhar sem destino enquanto aos meus ouvidos tocam Experience - Ludovico, uma bela trilha sonora para uma caminhada com o sol se pondo a minha direita, com um tom alaranjado que eu adoraria tocar, as nuvens se tornando como chamas, é incrível. As arvores se juntando ao longe, como se estivessem tocando o céu.
Nesse momento várias pessoas fazem caminhada, a maioria acompanhados de alguém, outros como eu, com a própria companhia e pensamentos. Os faróis começam a se tornar mais nítidos, e percebo que o sol já se foi e a lua vem me iluminando a esquerda. Os coqueiros se movendo com uma corrente de ar mínima, é quando eu me dou conta de que já faz uma hora que eu estou parada ali apenas admirando a vida, as pessoas apressadas com seus uniformes laranjas, vermelho, verde. Todos trabalhando e vivendo, uma cidade pequena, mas com suas belezas, pare e observe.
Quando cresce numa cidadezinha e de repente conhece um mundo diferente, seu universo se expande. Você vê rostos estranhos e diferentes. Alguns são amigáveis, mas outros se atraem por você de um jeito maligno, pra detestar você sem motivos.
Parar uns minutos no meio dessa "Selva de Pedra" para prestar atenção no canto dos pássaros que, apesar do barulho dos carros e caminhões, consegue ser alto o suficiente para se tornar único e inesquecível, parar alguns minutos para me acolher na sombra fresca das poucas árvores que ainda existem é tão calmante e rejuvenescedor.
Madrugada Calada.
É na madrugada gelada
Que a alma toda enciumada
Disputa espaço com o vento.
É em plena madrugada
Quando a cidade descansa
Que a alma se sente livre
Em versos fala e canta
Em passos anda e dança.
É em plena madrugada
Que caça como um tigre
É no começo da jornada
Que ela brilha feito um Alpivre.
A FELICIDADE
[...]
Dispa-se de seus medos,
desça de seu altar,
aproxime-se o mais fielmente de si mesmo,
encare suas vergonhas,
estapeie os seus preconceitos,
seja feliz.
Feliz!
Mesmo que por um dia,
por uma hora,
por um segundo apenas.
Mesmo que pareça estranho,
mesmo que se sinta um imbecil agindo diferente dos outros,
destoando dos demais.
Ser feliz é uma virtude,
um estado de ser.
Ser feliz é não se deixar enganar
pela aridez nos sentimentos desumanizados dos outros.
Ser feliz é ser, sem se importar com o que vão pensar a seu respeito.
É dançar sozinho em um campo de grama verde
embalado por sua música preferida,
e contagiar a todos com seu instante de loucura.
Felicidade é movimento, é ir contra o vento, a favor de si.
Pra ser feliz não basta querer ser,
tem que se despir de dentro pra fora, o tempo todo, a seu tempo.
Ser feliz é...
Não imaginar como poderia ser,
é ir em busca do que se quer,
é ir e ser.
Onde quer que eu chegue, onde quer que eu vá, é o seu nome que eu ecoo, Salvador! Orgulho de ser nordestina, felicidade maior de ter nascido na terra de todos os cantos e encantos. Esse pedaço de chão eu levo comigo e jamais deixarei de registrar ao mundo a sua magia e cultuar a sua beleza. Parabéns, Salvador!
EFÊMERO
Naquela noite fria,
chuva fina batendo na janela
ela olhava saudosa aquele guardanapo que dizia:
"Atropelaram meus sonhos, me ajude a juntar os cacos"
ela sorriu e pensou...
como o tempo voa
um ano já se passou desde que te vi
relacionamento se fez presente
você foi intenso e fugaz
seguiu seu caminho
e parte restante
é só esse guardanapo amarrotado
que eu escrevi pra você
naquela fria noite de solidão e vazio.
Naquela mesma noite
numa cidade distante
debruçado no parapeito 9º andar
ele observava a cidade orvalhada
silenciosa e adormecida na madrugada.
Pensou consigo,
hoje completaria um ano ao teu lado,
juntamos os cacos,
sonhamos juntos,
por tolices te abandonei,
utopias vãs,
e cá estou
solitário a imaginar
a falta que você me faz.
Cabedelo-PB
Aqui vivemos em paz
temos muito a oferecer
nossas belezas naturais
ainda esperam por você.
A Capital
Moro no interior.
Onde o sol e a lua são meus relógios.
Não tenho pressa.
Quando quero comer,
cozinho os legumes diversos, colhidos
na horta, que eu mesmo plantei.
A água que presta está na cisterna,
que se enche com água da chuva.
Crio pequenos animais,
que reforçam meu sustento,
com carne e leite.
Já estive na capital.
Quase fiquei louco com o trânsito intenso.
Não esqueço o grito das sirenes das ambulâncias
E no formigueiro do shopping me perdi.
Voltei correndo para minha casa,
onde também cultivei um jardim.
Aqui tem tudo que preciso.
Aqui viverei para sempre.
Até me misturar com a terra,
onde florescem as flores deste meu jardim...
Presa
Ela se sente presa a tanta hipocrisia.
Solitária pelas ruínas de cimento que a sociedade cria.
Presa
Ela se sente presa com tanta amargura pelas ruas e escuridão das almas perdidas.
Presa
Ela se sente presa pela janela que gela os cotovelos, ao olhar que não enxerga a lua.
Ao silêncio dos olhares e teatros do dia a dia.
Presa
Ela se sente presa por saber voar e não ter ido ainda.
Não estar voando naquele mundo que a cria, não brilhar para aqueles que a vê.
Presa
Ela se sente presa por saber amar, por saber falar, por saber olhar, por saber tocar e não ter você ainda.
O reflexo da loucura. As centenas de milhares de vidas se locomovendo atrás da própria vida. Latas, alumínios e ferros sobre borrachas, rasgando o pavimento estendido pelas tantas dezenas de quilômetros. Lugar onde a fumaça cancerosa e assassina dos charutos exalam um característico cheiro de cédulas em papel-moeda. O cheiro do resultado e o próprio bem para os privilegiados. A fumaça que gera o câncer e a morte aos desfavorecidos. Os trabalhos são intermináveis. Os salários, escassos. A submissão se apresenta como uma mancha inarredável; irremovível. Os homens se perderam nos algares da ignorância e da ganância desenfreada. No presente, a pretensão dos homens pela riqueza material superou o desejo dos mesmos em possuírem a riqueza das riquezas: a intelectual. Mas as piores submissões não se encontram nos cofres ou nos caixas, mas sim, nas prateleiras... ou pior, inseridas em trouxas e pinos. O que antes simbolizava a ciência e o progresso é agora mais complexo e reflete o vício e a regressão. Mas não culpe a ciência. Não pense que o mundo será melhor se as pessoas não souberem. A culpa é do homem. O conhecimento beneficia a humanidade, mas as pessoas insistem em ignorar o próprio conhecimento. O desfecho da cidade se confunde entre a luta de quem sonha em possuir algo, a tristeza de quem nunca possuiu nada e a ganância de quem possui, despreza e joga fora o que resta. O excedente é resultado de sonhos de sonhadores e sonhos irrealizáveis dos não sonhadores.
As madrugadas desoladas pelas vozes embargadas. O chão das calçadas tomados pelos colchões e pelos trapos inevitáveis dos desprezados. A miséria, espelho da realidade, não escolhe a idade e tão pouco a cidade. Sua expectativa é a fome no homem e que o desamor na humanidade se transforme em uma invencível verdade. Independentemente do horário e da rua, a maioria dos homens são obrigados a pisar na própria impureza abandonada; a mesma que deveria ser descartada, como nas ruas dos bairros nobres da metrópole. Violência: a arma desgovernada da indignidade e da incultura. Em parte, causada pela inoportunidade, e, em parte, causada pela ausência de coragem; de caráter. Reflexo da baixa educação, da falta de competência. Reflexo da mentira, da inefetividade dos preceitos definidos. Preconceitos: outra arma perigosa e devastadora. Retrato da intransigência; espelho da austeridade. A incompreensão de alguns para com a verdade inevitável. A realidade de gente que não deixará de ser gente apenas por viver segundo a sua orientação, ou simplesmente, a sua própria condição.
Onde estão as mesas fartas prometidas? Onde encontraremos a efetuação das promessas dos poderosos aos homens pobres e carentes? As mentiras como sempre no ápice das suas indecências mascaradas. As declarações e demonstrações de carinho se provam, continuamente, enganosas. Enquanto isso, a sociedade continua sofrendo, a vida continua difícil e as cidades continuam existindo debaixo de uma conjuntura deplorável e descabida.
'Cidades e Realidades'
A noite excelsa das grandes cidades, transmitem aos seus habitantes uma grande satisfação, mas, para os habitantes das aldeias de cujo País pertence a cidade, nem sempre a noite transmite igual sensação.
Terra alegre, acolhedora
Filha do Sol do Equador
Tem belezas naturais
Um povo cheio de amor
A graça jovial que te recobre
És linda de perto, encanta de longe
Nunca mudaste, tu és nordestina
Minha amada Teresina
Com nome de imperatriz
Os meus olhos atentos
Permanecem em Ti
Cidade verde contente
Brindando cajuína
Orgulho de ser teresinense