Cidade
A ambição pelo poder e a falta de consenso familiar por ele, desagrega não apenas entre si, mas também perante a sociedade. Como poderão, os que não administram com harmonia o seu próprio clã, conduzir a organização do estado. Várias famílias políticas brigaram pelo “poder” (ilusório) e fracassaram. Aquele (a) que acredita ter o direito do nome político familiar, e tomar as decisões geralmente cria desconforto naquele(a) que também se acha no direito do espaço político que a família se acha dona, esquecem que quem colocar e/ou tira do “poder” (ilusório e efêmero) é o povo e pelo que se percebe não escolhe nem um (a) e nem o (a) outro (a).
Após algumas cervejas
Só restava-nos visitar as paredes riscadas
Daquele banheiro de bar
Cada frase nela escrita era uma lição
Poetas anônimos e embriagados
Sempre possuem caneta na mão
E eu bêbada franzindo a testa
Cerrando os olhos para entender
O que significavam
Aquelas frases soltas e misturadas
Já nos veneraram. Lembra-se? Eles se sacrificavam por nós. Hoje tem um nome diferente, mas ainda somos importantes para as pessoas desta cidade.
Belo Horizonte...
Sinto orgulho de minha mineiridade
Que faz vibrar em meu peito o ardor
Da emoção de ver florir nos jardins
De minha emoção, honra e paixão
A cidade que nasci, se acende em mim
Na beleza de cada canto, cada esquina
E são nos jardins, parques e lagoas
Que reside um pouco que muito ensina
Meu querer não se resume a cuidar-te
Vai além... atravessa matas e montanhas
Sigo confiante, passando veredas e bela fonte
Encantos do verde vivo de um Belo Horizonte
É incontestável a onipresença do graffiti nos ambientes urbanos das grandes metrópoles. Mais do que uma demarcação de território ou uma expressão juvenil inconsequente - o que alguns críticos chamariam de síndrome de Peter Pan - o graffiti é um elemento que revela as feridas da cidade e a dissimulação social, transitando entre o público/privado, o subversivo/serviçal, o legal/ilegal de maneira bravia e admirável.
A favela merece muito respeito
E não o vulgo de desonestidade
Respeito é pra quem tem, já dizia Sabotagem...
Povo guerreiro e trabalhador
Acorda de madrugada para se sustentar
Transportes públicos, sempre cheios e precários...
Mas fazer o quê? Tem que ir trabalhar
Com o povo da favela
É tudo na garra e correria
Seja verão, outono, primavera ou inverno
Todos os dias é dia...
O berro do bueiro
Aquele som estranho dos carros bêbados
descendo a rua acelerados
e eu ali parado
vendo o movimento da madrugada
fria e dura a me espreitar.
E todo aquele ensurdecedor silêncio no ar
e o barulho dos cães latindo sem propósito
e dos galos cantando fora de hora,
enquanto os passos mudos de alguém vira a esquina em sinfônia randômica
e a orquestra da vida noturna aleatória rege o caminhar cuidadoso dos gatos
a espreita dos ratos
e dos ratos a espreita das sobras e restos
nos ralos e bueiros sujos e cinzas da avenida meu Universo.
Na calçada, esperando o caminhão da coleta passar na segunda,
o monte de lixo amontoado na esquina,
sendo revirado por todo mundo -
(cachorro, gato, rato, cavalo, gente...).
Naquela hora, a neblina que baixa sobre a rua
e encobre o plano, aumentando o drama e criando o suspense que nos comove.
Ao fundo, o som dos aviões na pista do aeroporto
aquecendo as turbinas e os motores para a próxima viagem.
De repente o rasgo abrupto
do sopro e do grito afoito
ecoando imaginação afora
e fazendo firulas no ar escuro da madrugada,
o estrondo no céu parecendo trovão
e o deslocamento massivo de ar
que canta melódico sua fúria, enquanto surfa pelo vácuo do éter febril do firmamento.
Isso encanta, mas também assusta.
De repente alguém que grita
e a multidão na praça se alvoroça
e volta a ficar muda e bêbada
e cega e suja e dura e pálida
e surda e débil e bêbada.
E o susto repentino na fala de alguém que reclama alto
e foge rápido, sem destino,
só corre por causa do risco imensurável que impõe-lhe o medo.
Sozinhos, a essa hora, todos estão em alerta por medo do que não se vê:
- O rato corre do gato
- O vento corre no vácuo incerto como o susto do medo
do vazio que traz desassossego
e do incerto que ninguém quer pagar pra ver.
Enquanto dorme o bairro só eu estou acordado...
Olhando para o tempo em silêncio,
para o vazio a minha frente,
auscutando meu coração acelerado,
tomando o último trago,
fumando o penúltimo cigarro
e assistindo de camarote a chegada triunfal do sol, antes do fim.
Appa (pai), hoje (16/08/2020), um ano atrás, nós estaríamos em Espinosa, curtindo toda aquela paisagem, e [a partir de] amanhã nossa vida seria um inferno.
Os homens buscam a verdade através de sua razão natural, buscam através dela iluminar suas trevas, assim como as luzes artificiais de suas cidades iluminam a noite. A razão natural, assim como essas luzes artificiais iluminam muito mal, tanto a escuridão da noite como escuridão dos homens, essas luzes ofuscam mais que iluminam, pois os dispersam, fazendo com que olhem somente para baixo, onde ficam os brilhos ofuscantes dessas lâmpadas que não os permite olhar por sobre suas cabeças, onde estão as belas luminares dos céus, que mesmo à tamanha distância conseguem ser percebidas e inspirar tantos pensamentos. A curta extensão das luzes criadas com o artifício de nossa razão, por sua vez, demonstram também a curta extensão da razão humana, que assim como essas luzes não chegam muito longe, e de como são imperfeitas as criações que dela provém. Aceitar a escuridão natural é o mesmo que enxergar a debilidade de nossa razão, é dar lugar a luz natural, que devido a perfeição de sua fonte possui maior capacidade de conduzirmos à verdade. As estrelas no céu iluminam na medida certa, para que predominem ainda as trevas da noite, e exista o contraste, entre a ausência da luz e sua presença, da escuridão natural dos homens e da claridade absoluta de Deus. A ausência de luzes artificiais na cidade dos homens os tornariam desejosos do belo espetáculo dos astros que se manifesta nos céus noturnos, nos fazendo olhar para o alto, a comtemplar as luzes que nos levam para mais perto da verdadeira beleza, e da verdadeira luz. Mas ao não aceitar a escuridão natural, não podem os homens ver a negritude e cegueira natural de sua razão, do contrário, querem extinguir a noite ao criar suas próprias luzes, confiando em sua própria razão, e julgando auto iluminar-se e procuram assim criar o seu próprio dia. Quanto mais aumenta a claridade da cidade dos homens mais ofuscados estes ficam, tanto mais confiantes de si mesmos, tornam-se a cada dia mais cegos, por acreditar que tornaram suas trevas em luz, suas noites em dia. Ainda que se multipliquem todas as lâmpadas noturnas dos homens, a verdadeira luz se faz presente, e demostra sua grandeza e esplendor ao raiar do dia, onde nem mesmo todas as luzes da cidade dos homens juntas é capaz de se comparar à luz do astro-rei que ilumina toda a terra, que como um representante da grandiosidade e claridade absoluta de Deus, revela a superioridade e perfeição de seu Ser, Em contraste com a pobreza e pequenez de nossa razão, do alcance de sua luz e das miseráveis luzes da cidade dos homens. A verdade de Deus inunda a terra e as consciências dos homens, como o sol que apaga, e se sobressai, a toda artificialidade da luz que vem da razão humana.
A Travessia
A travessia é um campo verde em densa mata localizada em meio ao nada, na área rural, protegida pelo breu noturno da roça e recoberta pela bruma da madrugada.
É escura e incerta, feito o medo que nos cerca e que faz tremer as nossas pernas, em razão do frio que corta o corpo nos ventos perenes em rajada e na coragem que de súbito nos faz crer no reencanto de nossa alma, há muito desencantada.
A travessia se estende por todo o caminho ao longo do que se pode alcançar em visagem, lá do alto da encosta que margeia esse lugar o céu é enorme e as estrelas brilham na imensidão do firmamento em um tom azulcintiloprateado capaz de encantar a qualquer um que se prestar a olhar.
Ao mirar o horizonte que se agiganta à nossa frente adquirindo dimensão de infinito, veem-se claramente as constelações estelares em formações que se conta aos milhares ou aos milhões.
Os pontinhos reluzentes, encantadores e extremamente viciantes são minúsculos ao serem observados daqui e ao reluzirem encantam e fazem aflorar os meus mais profundos, sinceros e bonitos sentimentos.
Nesse sítio onde as estrelas abundam no céu, também faz morada a lua, tímida e reservada, a lua dourada que pinta os nossos sonhos de emoção, clareia o mato alto e a copa das árvores em espetáculo digno de aplausos.
Na travessia pelo ponto mais alto da encosta, a experiência de quase todos os dias é um sincero e caloroso abraço da vida, um afago da lua mais bonita que eu já vi e um sentimento que eu nem ouso tentar explicar com palavras. É preciso sentir com o corpo inteiro a poesia que é estar lá enquanto a natureza dá o seu show.
“Pobre Rio de Janeiro dos ricos do Leblon e dos pobres das favelas; das assembleias de Deus e das Assembleias Legislativas; dos cariocas da gema e dos políticos de algemas; das belezas naturais e dos descalabros sociais... Triste Cidade Maravilhosa dos Morros e dos mortos; dos assaltos banais e dos arautos carnavais; das promessas de amor e das juras de morte; dos jogos de azar e dos dias de sorte... Confuso Estado Fluminense das Garotas de Ipanema e dos Garotinhos de esquemas; das celebridades globais e dos artistas reais; dos cartões postais e dos cartões de crédito; dos quarenta graus de temperatura na sombra e dos trinta e oito na cintura que assombram... Para o bem ou para o mal, melhor lugar não há, seja na areia da praia, seja no balanço do mar.”
Pelas ruas
fios emaranhados.
Obsoletos.
Metal esticado
carreando o nada
poluindo a visão.
A cidade é como a vida
precisa de faxina
para que haja
evolução...
Capital Paulista
Grandiosa é a capital paulista
Mais de 12 milhões de habitantes
Preenchem a gloriosa vista
Com seus sorrisos contagiantes
Cada bairro de SP te marca
Marca de uma forma diferente
Forma que, em uma aventura te embarca
Em SP não se fica carente!
Um exemplo é a 25 de março
Lotada de gente
Bem disputado é o espaço
Mas de variedade é surpreendente
Bonito é o Brás
Cheio de roupa bonita
A aventura lá é sagaz
E a ousadia é infinita
Incrível é a Liberdade
Como é lindo o respeito
O respeito à diversidade
Que mora no nosso peito
Massa também é o Tucuruvi
Eita bairro bom
Coisa boa lá eu vi, ouvi e também vivi!
Eita bairro bom
Aventura é na Lapa
Espero que tu leitor, veja!
Lá é pra quem dá a cara a tapa
Mas linda mesmo é a Igreja!
Nunca fui, mas eu sei
Que minha nação é Itaquera
Naquele bairro eu nunca andei
Só sei que é aonde o Timão mora
Tem a famosa AV. Paulista
Grande e movimentada
Atrai todos os turistas
Com sua beleza, demasiada
Como eu fui pra SP?
Eu fui por Guarulhos
Tudo de SP não deu pra falar, muito menos ver
Dessa cidade vejo bom povo, bons frutos
Futuramente com os meus amigos, irei dar um rolê
Nas ruas há também uma quantidade de ruídos equívocos que perpassa. Produziu-se pois uma mudança durante estas últimas semanas. Mas onde? É uma mudança que não se fixa em sítio nenhum. Fui eu que mudei? Se não fui, então foi este quarto, esta cidade, esta natureza; é preciso escolher?
Magnetismo pessoal
Quero poder abrir os olhos e ver ao teu lado na companhia de uma noite de lua cheia as luzes da cidade do outro lado do rio, ao longe.
Quero olhar para as luzes vibrantes sentado no pé de um monte, no meio da natureza com o teu perfume do meu lado.
Quero escutar apenas a tua respiração para eu me sentir próximo da tua intimidade.
Vejo através dos teus olhos o reflexo das luzes da lua e da cidade.
Eu em relação a você, possuo um magnetismo pessoal intenso.
Nhandeara
Nascida do bravo trabalho,
Na agricultura e criação do gado;
Terra de Nosso Senhor,
Tem um povo competente e lutador.
Cidade querida de praças floridas
Que marcam as vidas na infância brejeira.
Cidade em que a crença é uma força que existe...
E, a todos assiste da mesma maneira.
Cidade pequena, que tem, revoada
Soboreando a fachada da Igreja Matriz.
Cidade em que o povo não foge a batalha,
Que luta... Trabalha... Que cumpre o que diz!
O movimento é forte e constante
Carros congestionam as rodovias,
os edifícios são montados no ar,
construções tomam conta do pântano
pessoas chegam de todos lugares
sotaques, idiomas e interesses diferentes
vão somando sem da descanso,
A cidade cresce
pendurada na geografia de um deserto esquecido.
tronou-se um destino desejado para muitos, movida pelos ventos que balança as palmeiras e coqueiros um sol que bronzeiam os corpos sobre a areia ,lanchas, patins e bicicletas completam um cenário magnifico de muitas cores, cores que dão vida aos drinks e letreiros luminosos no cair da noite
tudo se mistura nesse paraíso latino-americano chamado Miami
Sempre pensamos em chegar a algum lugar e encontrar a felicidade, mas se observar as belezas encontradas pelo caminho verá que já tem sido muito feliz.