Cidade
Oh Rio de Janeiro,
cidade maravilhosa,
sorriso aberto e sincero,
a tua beleza é espantosa.
Do Cristo Redentor aos Arcos da Lapa,
do Pão de Açúcar às praias douradas,
tua paisagem inspira a alma apaixonada
e enche nossos corações de emoção desmedida.
Na tua música, no teu samba,
na tua gastronomia, na tua cultura,
encontramos uma energia que nos acalma
e nos faz sentir parte desta grande aventura.
És um sonho de mil cores,
uma dança ritmada sem fim,
és o amor em forma de flores,
que encanta todo aquele que chega até ti.
Oh Rio de Janeiro,
sempre serás a minha casa,
do teu jeito caloroso e verdadeiro
nunca me cansarei de encontrar graça.
É mais facil eu mudar de cidade mudar de igreja mudar o ambiente que vivo abandonar tudo de que parar de servir a Deus e voltar para o mundo!
O mais sábio é se desviar do mal, e ir em direção a cidade celestial, do que o desvio, do que é bom aos olhos de Cristo Jesus, e ir para baixo.
Tem Páscoa na nossa
cidade de Rodeio,
O nosso povo espera
por ela o ano inteiro,
Para enfeitar as casas
as ruas e renovar a fé.
E poder se divertir
no Mercadin Bella Città,
Apreciar belezas
e sabores que falam
sobre tudo o quê
significa viver aqui
nesta linda cidade
do Médio Vale do Itajaí.
A Caminhada Penitencial
Morro da Abissínia
haverá de acontecer,
Velas a nossa gente
fiel com fé irá trazer.
A profunda Procissão
com do Senhor Morto
com a Via Sacra com
o propósito de fazer
cada um de nós
bem mais próximos
de Deus Filho irá nos trazer,
A encenação teatral
com o Grupo
Seguidores de Cristo
com os nossos
sentimentos irá mexer.
No final de tudo isso
encontraremos com
Cristo Ressuscitado
e pelo amor por nós
que venceu a morte,
e para sempre vencerá;
assim a Páscoa do Senhor
conosco completa estará.
O Sol do Amor profundo
que gloriosamente venceu
a Morte se ergueu
e iluminou a minha cidade,
Páscoa tem sabor de chocolate,
de oração e de Humanidade
Ainda nesta manhã fria
e silenciosa em Rodeio,
o meu coração agradece
por tudo o quê o Senhor
nos deu sem receios e por inteiro.
No meio do Médio Vale do Itajaí
aqui se escreve poesias
com o coro da passarada
e com verdades doloridas
para a utopia de um
mundo novo e em liberdade.
Assim vem se cumprindo
a poesia do nosso Médio Vale....
Graça -
Mal o dia anoitecia na cidade
lá ia a Graça tão formosa como a Lua
era a fadista do bairro da saudade
e caminhando ia cantando pela rua.
Era bonito o seu andar de moça nova
pelas ruas da cidade de Lisboa
tinha no xaile o encarnado d'uma rosa
diziam ser o Rouxinol da Madragoa.
E numa aurora ao romper de muitas flores
o Sol nasceu e deu à Graça, longo beijo
o azul do Céu foi rasgado por mil cores
e ali ficou como Lisboa à beira Tejo.
Em um mundo em que tudo pode acontecer, e em uma cidade sem centro, eu sou o seu centro. Você é o meu centro.
A Procissão do Enterro -
É noite na cidade … noite cerrada.
Sexta-Feira da Paixão …
E vai um morto a sepultar!
Há sombras que se cruzam pelas ruas.
Gentes de negro. Negras gentes.
Deus no Céu se alteia, que na Terra,
nada É, como está ou deve ser!
E há lamento. E há saudade.
Parece a Morte triunfar.
E um cortejo se avizinha.
Capas negras. Solidão...
Corpos vacilantes num passo de lamento.
Círios apagados, ainda …
Velas sem destino pela rua em tantas mãos.
Olhos inocentes, ausentes, descrentes.
E tanta gente … tanta gente …
Gestos de culpados.
Arrependimento feroz. Secura.
Andores pela rua ao som dos passos
de quem espera e desespera …
Irá Deus a sepultar?! Deus morreu?!
A Morte não é o fim mas o começo,
estranha contradição. Ressurreição …
E vão … passando … num pisar de negro luto …
… passam... indo … pisando a solidão … mas vão …
… vão … vão ….
E aonde irão?! Aonde?! …
Deus foi morto pelos Homens?!
Que estranha percepção … é loucura, sonho,
ilusão … cai o firmamento!
Se Deus não morre, quem vai ali, naquele esquife
a enterrar?!! Quem?!!...
E o cortejo toma forma, a marcha alinha,
o Povo no compasso, num compasso de amargura,
espalha pela rua um lamento, um grito de solidão …
Há um eco de saudade!
“O SENHOR É MORTO! O SENHOR É MORTO! O SENHOR É MORTO!”
Terá morrido?!! … Não creio! Não creio! Não creio! ...
Asas
Porque a cidade me prende com laços de asas onde os pássaros moram
O rural me despe de cintos dourados e me enche de música
É no silencio do rio na turbulencia do mar
Que as raizes de formosas arvores me alimentam as palavras
Seiva da juventude em taças de corolas
Flores de campos coloridos que me invadem
Senta-se a cidade a meu lado
Inquietação no ajuste da escolha entre a pedra e a terra
O bulício e a quietude na pele que se quer sentida
E afago o olhar nas marés de trigo e choro a selva urbana onde moram os pássaros sem asas
03/11/2022
ALVORADA
Alvorece
as gaivotas acordam a cidade
os sinos cantam ao desafio
com os sonhos interrompidos
a maré lambisca a margem
os raios de sol diluem a bruma
e os meus lábios fogosos
engomam as rugas do teu corpo
com a mesma devoção
com que a natureza regenera.
Velhas Pedras da Cidade - Évora -
Velhas pedras da cidade
que outrora já foi Moura
"Ruas-Frades" por piedade
que o passado não perdoa.
Velhas pedras da cidade
que o silêncio não calou
passe a vida ou a idade
pois o tempo as consagrou.
Velhas pedras da cidade
são cansaços do destino
são poemas sem vaidade
de poetas sem caminho.
Velhas pedras da cidade
- cinza fria que não sente -
não se esqueçam da saudade
no olhar de toda a tente.
No Berço da Cidade -
Cinco letras tem o nome
da cidade onde nasci
é palavra que não dorme
nesse berço onde cresci.
Ó Évora cantada,
pelas águas da fonte,
és Évora, doirada,
erguida num monte.
Oito ruas tem a Praça
oito bicas tem a fonte
e à quina do Arcada
está a igreja de fronte.
Entre portas e janelas,
oito entradas na igreja,
cinco grades moram nelas
Santo Antão as proteja.
Também há oito solidões
p'ra quem vive de saudade
é a dor dos corações
neste Berço da Cidade.
Rodeio Acolhedora
Do Médio Vale do Itajaí
Rodeio é doce acolhedora
cidade que me tem aqui
e com toda tranquilidade
serena a minha teimosia.
O tempo amanheceu por
aqui nublado e meu peito
cadenciado aprendendo
a lidar com o momento
de ficar observando quietos.
Não há nada de novo sobre
o nosso céu de Santa Catarina,
e aprendi que não se grita
no meio de uma tempestade
mesmo nesta acolhedora cidade.
Gangrenas -
Ó empedernida solidão, estática, parada
num jardim desta cidade, sobre o busto que levanta
uma espera imortal! Fitando a luz do nada
ergue-se do chão, Florbela Espanca!
Minha vida é cor da sua! E ninguém me peça
pausa ou silêncio! Que a vida que me deram,
cor dos olhos dos mortos que morreram
é fria, porque os mortos arrefecem depressa ...
Só não arrefece a minha eterna e profunda solidão
cor da mágoa das Gangrenas do Senhor,
meu espelho ou ilusão de Ser nas necroses do coração
num sentir que está parado neste imenso mar de dor!
No Jardim Público de Évora frente ao busto da Poetisa.
Como pode alguém morar na mesma pequena cidade e demorar tanto tempo para se ver, e como se brincássemos de nos esconder um do outro. Mas então depois de tanto tempo nós vemos novamente e por meio de conversas voltamos ao passado foi até engraçado.
Eu moro na cidade, a minha natureza é o barulho típico da cidade, mas todas as manhãs um bando de passarinhos vem à minha janela fazer-me sentir a sinfonia que eleva meu espírito e empresta-me a sensação de liberdade porque afinal só os pássaros são efectivamente livres sempre que batem as suas asas voando para o desconhecido. foi um desses pássaros que levou o meu recado de que " você é o meu antigo novo amor".
De Mim -
Saio à noite pelas ruas da cidade,
imerso em tristeza, mil horas de solidão!
Ai minha curta mocidade,
já sem orgulho ou ilusão ...
Ausente, alguém me vem à Alma,
e meu triste coração, pensa sempre e sempre em vão,
nesse Amor que grita, clama,
pelas ruas da cidade, pisando folhas pelo chão ...
E o vento chega sem perdão,
deixa sempre um lastro,
gelando o corpo e a solidão ...
Este Outono não tem fim,
já não passa outro Astro,
o que virá a ser de Mim?!...