Cidade
Sei que já é tarde, rodei a cidade
Mas você insiste em se esconder
Responde essa mensagem
Isso é maldade
Quero ficar com você
O luar é ofuscado pelas luzes da cidade
Os cabelos balançam-se com o vento
Todos dançam com extrema virtuosidade
Toque no meio peito, pode ouvir o batimento?
Os lábios se misturam com o vinho
E a música preenche o nosso ser
Não há quem se sinta sozinho
Quando o céu estrelado está a descer
Seus olhos são como uma pintura
Sua voz como uma canção
Seu corpo é como uma escultura
E seu sorriso me traz uma estranha sensação
Esteja comigo até o amanhecer
Acompanhe todos os meus passos sem questionar
Deixe a mente espairecer
E vamos nos apaixonar
Hoje a cidade de São Paulo está fria e molhada.
Há muita gente nas ruas.
Gente que não tem nada.
Há prédios inteiros desocupados.
Há gente usando máscara.
Há povos desesperados.
Enquanto isso, na ciranda, há um grande reboliço...
Estão todos se perguntando: O que Felipe Neto diria disso?!
Cidade
(Clovis Ribeiro)
A cidade parece filme de terror
A cidade é uma história de amor
Sem Romeu ou Julieta
Se amando no metrô.
Trânsito parado a cidade apagou
Mais um crime perfeito em nome do amor
Bang Bang em tua porta
Tiros de um sonhador.
Há o medo da guerra, há o medo do amor
A cidade espalha vírus do terror
Sem controle todos dormem
Esperando um salvador.
A cidade amanhece com a mesma dor
A cidade é uma história de amor
Sem Romeu ou Julieta
Se matando no metrô.
Dedicada á HB
Quando a chuva cai e frio queima.
A cidade cinza fica sem cor.
Pobre paulista na rua sem coberto...
PauloRockCesar
Airosa Paranaguá.
Paranaguá, bem-apessoada cidade romântica banhada por águas que por ali nadam muita história e tradição.
Tens o tão deleitoso e gentil Rio Itiberê onde navegam os barcos coloridos e as mais felizes famílias.
Abriga o pulcro Rocio, fonte das bênçãos da Santa e admirável Nossa Senhora do Rocio.
Possuí um clima tropical e amarelo que faz os moradores esboçarem um belo sorriso toda manhã.
O caloroso e amigável sol cobre os coloridos e variados casarões onde lá pertencem os clássicos e antigos museus onde contam as mais velhas estórias.
Parabéns Paranaguá, pelos seus 373 anos.
SANTO ESTEVÃO
Adorada cidade
Recanto de flores
De muitos sabores
Recanto da felicidade.
De um povo que trabalha
Terra de grande riqueza
Tu tens a grande nobreza
Homem de luta e batalha.
Santo Estevão é um diamante
Assim como você não tem igual
Beleza em você é especial
Teu carisma é contagiante.
Terra de gente calorosa
De praças floridas
Recanto de pessoas queridas.
Tem um rio encantador
Paraguaçu tu é grandioso
Um pôr do Sol majestoso
Berço de poesia, recheio de amor.
Sou suspeita em falar
Desse recanto encantado
Visite e fique apaixonado
Tu é linda pra se admirar.
Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil
Fica tão triste a minha cidade !
Quando a criança que passa fome, tromba, rouba
se marginaliza e não vê perspectivas.
Quando quem pode não faz, quem faz quase nunca pode.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando embriagado pelo poder,
o homem engana, trapaça e mente
Quando crescem os prédios e diminuem o verde.
Quando a desgraça bate à porta de uma família
e os vizinhos fecham as suas para não ouvirem os gritos.
Quando faz frio e não há manta ; faz calor e não há água.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando quem deveria dar exemplo, peca.
Quem deveria dar segurança, oprime,
Quando há doces e brinquedos na vitrine,
A criança pedindo e o pai, no bar, bebendo,
Fica tão triste a minha cidade !
Quando a mentira é amiga do dia
e a vergonha se esconde na noite.
Quando a coragem termina e
a testemunha não comparece.
Quando o barulho ultrapassa a capacidade do sentido
e o ar quase impossível de se respirar , é vida.
Quando aos domingos e feriados suas ruas ficam desertas
Fica tão triste a minha cidade !
Quando há na segunda-feira, o choro, o cheiro da morte.
o carro batido, o cansaço, a estrada e a velocidade.
Quando o ônibus passa de manhã e a tarde,
com gente pendurada, com os pés dentro e o corpo fora.
Quando a alegria é a síntese de um momento bom,
e a desgraça é duradora, analítica e densa ..
Quando há o grito de gol e a alegria se agita,
a torcida se irrita, o pai de família e a criança,
antes de voltarem para casa passam no pronto-socorro.
Fica tão triste a minha cidade !
Quando o homem é triste,
pois a cidade triste é o homem triste.
Na cidade poucas são as estrelas, o homem bloqueia sua visão...não porque essa claridade as apague, nem que seja mais forte...é que simplesmente os homens não merecem vê-las, elas continuam lá, mas poucos merecem apreciá-las...
exercícios semanais
correr até lembrar que não fica nesta cidade a tua casa
correr até esquecer o que é distância
"Quero ser o velho louco da cidade
Cidade tão miserável, tão insignificante
Quero ser o velho louco da cidade
Ando, não sei para onde
Rio de coisas sem valor, rio da vida
Quero ser o velho louco da cidade
O meu nome não sei qual é
Minha idade muito menos
A que importa? Tudo isso?
Quero ser o velho louco da cidade
Esquecer meus aprendizados
Me banhar mais uma vez no rio Lete
E nunca mais sair de lá
Quero ser o velho louco da cidade
Pois a matemática resolve tudo
Mas falhou em explicar
A razão de sorrir, ou chorar
Quero ser o velho louco da cidade
A inocência cala tudo
A demência muito mais
Quero ser o velho louco da cidade
Me contentar com centavos e pão velho
Pois nada importa, nada importará
Quero ser o velho louco da cidade
Sustentado por um governo qualquer
Que não me conhece
E nem quer me conhecer
E muito menos eu ele
Quero ser o velho louco da cidade
E que se alguém se achar indignado
Por minha capacidade de rir da desgraça
Resolver, pois, acalmar-me aos punhos
É porrada e chute em cima dele
Não por mim, não
Pois de tudo isso, alegro-me
São os que me conhecem
Me conhecem, mas não
E pouco querem agora, ou além
Habituados com a loucura alheia
Se comovem em ajudar
O que não precisa ser ajudado
Quero ser o velho louco da cidade
Quero ser o velho louco da cidade
Quero ser o velho louco da cidade
Rio, como, danço e rio novamente
Contagiando aquelas pragas
Com o vírus da mais pura ineficiência
Um louro alegre, se arrepiando e gritando
Para uma família de surdos-mudos
Mas é feliz apesar disso
É feliz pois não loura como os outros louros
Que lourando lourarão em rumo à lourância
Passada de louro pai para louro filho
E que pouco importa no final
Pois a história se quebrou
E já esquecemos
Quem é ou será o velho louco da cidade
Ou o louro
Ou a história
E a poesia
Acabou.”
URANDI ANTIGA
No encontro dos rios
nasceu a cidade;
ainda tinha a lagoa
que deixou saudade.
Tinha os casarões
cheios de janelas,
comércio com portas
e fachadas muito belas.
As casas eram artes
de platibanda portuguesa;
símbolo de riqueza,
pois a família era burguesa.
As casas eram geminadas
sem janelas dos lados,
com quartos interligados
pra serem ventilados.
Não tinha casa recuada,
usava grade na porta
para barrar cachorro
ou gente que não suporta.
Tinha casas muito bonitas
construídas na praça,
de incomparável beleza,
enfeitadas com vidraça.
Tinha suntuosos sobrados,
sinônimo de muita riqueza.
O mercado era um barracão
com maior feira da redondeza.
ADEUS AO MISTO
O trem chegou a Urandi,
Fazendo grande revolução;
Era a Segunda Guerra
E a cidade viveu a explosão.
A cidade viu o progresso,
Muita gente casou aqui;
Deixou grande legado
Ou radicaram em Urandi.
A estação do trem
Era muito peculiar;
Ficou longe da cidade,
Era difícil pra acessar.
A estação era bonita,
Valia a pena preservar.
Tinha um curral de trilho
Para o gado embarcar.
Muita gente trabalhou lá:
Abelardo, Antenor, Valtinho.
Recebia muita mercadoria
E tinha produto pra exportar.
De Urandi levava minério,
Mamona, ovo e frango.
Trazia cimento, sal e grãos.
O misto lotava de candango.
O trem de passageiro
Fez história no nosso lugar.
Começou com maria fumaça,
Depois veio o misto até acabar.
Ele descia pra Minas na sexta,
Dia de sábado ele retornava.
Vendia muita coisa no trem
Porque a parada demorava.
Era um transporte barato,
Favorecia muito a pobreza.
Fernando Henrique acabou,
Dando adeus essa riqueza.
A CIDADE DOS GARIMPEIROS
Quando fez a linha do trem,
Urandi cresceu tanto
com aumento da população,
que causava até espanto.
O famoso bairro DC-5
é homenagem ao Departamento.
Ele era uma outra cidade
com mais desenvolvimento.
Tinha as casas de turma,
também lagoa pra lazer,
as casas dos engenheiros
e até cinema pra ver.
O almoxarifado foi aproveitado
pra funcionar o Centro Educacional.
O antigo Ginásio de Urandi
é hoje o Colégio Estadual.
Tinha uma casa de bela arquitetura
que serviu depois de Casa Paroquial
e muitas casas viraram residências
nas proximidades do atual hospital.