Cidadão
Eu acredito nas belas artes como plataformas e meio para a nova educação integral do ser cívico, cidadão e social comunitário desempenhando um papel cada vez mais consciente, criativo e emocional perante as competitivas exigências das novas sociedades contemporâneas. Para que isto aconteça as politicas publicas devem ser emergencialmente também modificadas, não mais atendendo assistencialmente de forma atrasada e deficitária a base da piramide social. Devem sim, ser um projeto permanente constitucional de governo com o objetivo de edificar uma população mais participativa e optativa, fortificar e fortalecer a capacidade de escolhas do cidadão. Descaracterizar de uma vez por todas a faculdade de beneficio e migalhas do que se pode oferecer. Legitimar a capacidade plena de direito pátrio adquirido, por que aqui escolheu viver. Afinal de contas é natural o dever de todo estado democrático, enquanto união, proporcionar o bem estar social e a longevidade sadia e pensante de toda população, que tenha nascida no local ou tenha optado por ali viver. As meras antiquadas questões de nacionalidade e de territorialidades não mais existem na universalidade moderna que vive em constante movimentos migratórios de refugiados das guerras, das religiões fundamentalistas, dos terrorismos e da fome.
Devemos buscar fazer de nossos lares sejam um centro de formação e treinamento dos futuros cidadãos críticos e pensantes.
O coração dos pais é, pois, um lugar de aconchego, carinho e zelo, condutor na formação do bom caráter.
Um governo só vale a pena ser comemorado quando ele promove protagonismo em seus cidadãos, os tornando senhores de seus próprios passos.
Deve ser usada apenas a ferramenta do assistencialismo se for a última opção possível e mesmo assim deve estar acompanhada de ações que produzam meios para que dure menos tempo possível pois, do contrário, o assistido passa a ser refém de quem promove esta ação por torna-lo dependente e inoperante. Pior ainda quando ocorre entre o governo e o cidadão assistido uma comunhão de interesses mútuos para que seja mantido o assistencialismo e, seja de um lado ou seja de outro ou de ambos, passam a ser elementos de corrupção acionada pela pseudo caridade.
Vender o seu seu voto não compra a sua dignidade, compra sua parcela de culpa pelo fracasso do país.
A Constituição de 1988 mudou grandes conceitos da sociedade, garantiu a democracia, os direitos do cidadão e positivou que o importante são as pessoas.
Nada mais patriótico do que participar da política, sendo esta a maneira mais clara de se declarar gratidão, respeito e amor ao país e ao seu povo.
O Estado não quer saber se você é analfabeto por falta de escolas ou ensino de qualidade, o estado não quer saber se você levou um tiro em um assalto e ficou paraplégico por falta de policiamento na rua, o estado não quer saber se você não consegue tratar alguma doença por falta de vagas nos hospitais.
O Estado só quer ver você pagando em dia os abusivos e altíssimos impostos que ele impõe para você sem nenhum centavo devolvido em prioridade ao cidadão.
Todo político deveria estar a serviço dos demais cidadãos do quais recebeu não um emprego, mas uma representação. Pena que a maioria deles vêem a sua representação como emprego e esquecem do povo e agem em seu próprio interesse.
Vivemos um paradoxo e continuamos nele: elegemos um Presidente para a República que, via de regra, não decide os destinos da nação; enquanto Onze ministros, não escolhidos pelos cidadãos e com mandato vitalício, decidem tudo sobre a vida dos cidadãos. E chamamos a isso de democracia.
Impeachment e Tirandentes
E, nessa noite nem um pouco gélida,
No meio das minhas lembranças mais fétidas,
E das minhas decisões mais éticas,
Eu selo o meu destino.
Eu decido desamargurar o meu coração,
Lembrar de quando ele era um doce menino,
Que, no meio de toda sua inexperiência, se achava traquino,
E em toda sua ingenuidade se jogava nas histórias de sol a pino.
Nem todo mundo que se joga quer se queimar,
A pessoa nem sabe pra onde remar
E se perde na vida como em um mar
O que era verdade, verdade mais não é,
O que era duvidoso,
Nas línguas de nossos pais
Resolve chutar o balde e se tornar respeitoso
E os ideais, tão cheios de bem-me-quer, vão rolando ladeira abaixo, assim como a cabeça de Joaquim José da Silva Xavier
Homem valente, de sangue quente
Que, mesmo com seu destino descontente,
Deixou toda uma geração de justiça efervescente
Você há de dizer que eu, por ser jovem, me ponho a sonhar
Mas, eu digo que, você, por ser maduro, é que se põe a lamentar
E passa a rastejar
Ao invés de voar
A vida passa, a maturidade mostra as dificuldades,
Mas não deixe a idade
Acabar com a vitalidade
Siga o exemplo do nosso Tiradentes,
Que, mesmo perdendo bem mais que os dentes,
Desaflorou seus sonhos mais ardentes
E, com isso, calou a boca e encheu de esperança o coração de um montão de gente
E, mesmo nesses tempos de decadente democracia
Não vamos deixar nossa covardia
Permitir, diante dos olhos, a mais perigosa selvageria
Que confunde e faz parecer um jogo de loteria,
A luta pela cidadania!
A que usa a arma mais poderosa: a lubridiação do povo, que, em polvorosa,
Não enxerga a realidade horrorosa
A realidade que não densora só a memória do nosso Tiradentes,
Mas o senso crítico de toda essa gente.
Avante, vamos à luta!
Que não é qualquer falcatrua,
Que vai fazer a nação ser tua.
Eu posso perder uma eleição,
Uma votação,
Ou até mesmo uma constatação,
Mas eu não abandono minha razão,
Muito menos meu sangue de cidadão!
Foro Privilegiado - assim denominado o tribunal de júri, encarregado de investigar e punir os crimes cometidos por cidadãos que estão acima da Lei, tais como deputados federais, senadores e presidentes da república. A esses privilegiados são dispensados a máxima tolerância no exame de seus crimes e geralmente são absolvidos.
O diabo deve estar com vergonha de tamanha falta de escrúpulo cometido contra o anseio da maioria dos cidadãos de bem de nossa nação.
A maior parte do poder do autoritarismo é concedida voluntariamente. Em tempos como estes, as pessoas calculam com antecedência o que um governo mais repressivo pode querer, e muitas vezes oferecem sua adesão sem que sejam solicitadas. Um cidadão que procede dessa maneira está ensinando ao poder o que ele pode fazer.