Cidadão
Um mesmo céu para cada cidadão, um mesmo amor para cada coração, um mesmo sol para cada pessoa brilhante, então a divisão não tem vez, as diferenças não tem voz, porque no fundo, somos um em todos, somos todos em um.
A educação apenas, não forma um bom cidadão, mas bons pais. Filhos de pais educados, se tornam bons cidadãos.
O cidadão que bate às portas do Judiciário não o faz por prazer, faz por necessidade. É como o enfermo, que não vai ao hospital por diversão: procura-o na esperança do socorro.
Não imponha limites cidadão ao seu conhecimento, participação e atuação na vida escolar de seus filhos, para os mesmos não serem imbecilizados pela violência e nela fazerem escola.
TODOS GANHAM
A eleição precisa ser vista assim:
Cada cidadão vale um voto gentil.
E quando a votação chega ao fim,
O povo unido administra o Brasil.
O cidadão está sendo, cada dia mais, consumido por robôs, seja no trabalho ou em suas outras atividades, e os espaços públicos, como a rua e a própria cidade, vão sendo miniaturizados, substituídos por deliveries e
espaços de ruas, avenidas e empresas virtuais.
A televisão, por exemplo, personificou o cidadão, plastificou-o dentro da sua tela, e dentro de uma modernidade imagética desintegrou sua cidadania verdadeira, porque o cidadão hoje não é o que ele pensa, mas o
que ele vê.
Nem todo cidadão é poli ou reli então a responsabilidade é do paizão, dê adeus a falsa comunhão, pois, a vida não é feita de ilusão.
Se sou de direita ou de esquerda? Difícil responder. Afinal, sou um cidadão e acredito que a cidadaniia é uma via de duas mãos.
“sou cidadão como todos.
Um cidadão comum.
Mas nem “todos pensarão da mesma forma”.
Autor
Sergio Macedo
Conversa (des)afinada, por Alexandru Solomon
Uma fábula moderna
Determinado cidadão incomodado com o visual do Lula, nutre o projeto de raspar-lhe a barba. Daí, sabedores dessa vontade secreta, um barbeiro e um ajudante (de barbeiro, obviamente) marcam uma reunião com o sonhador. Na reunião o barbeiro louva seu talento em raspar barbas e oferece-se para ajudar. No meio da reunião que decorre em ambiente cordial, discussões sobre qualidades de navalhas rolam soltas, meu personagem ouve uma batida na porta. Entra o tio... dele que pede desculpas pela invasão, mas como conhece o barbeiro cumprimenta polidamente e sai.
Terminada a reunião, o barbeiro liga para um amigo dele que não pode comparecer ao meeting (com o perdão pelo horrível neologismo) e comenta o que foi discutido. “O tio está acompanhando”, diz ele. Por acaso, a ligação é interceptada por autoridades (com autorização judicial, naturalmente) e a frase pinçada – “a barba do Lula poderá ser cortada e o tio participou da reunião” faz alçar sobrancelhas preocupadas nas mais altas esferas. Pergunta-se. O meu personagem deve ser preso por intenção de agressão ao melhor presidente que o Brasil já teve, na apreciação algo imodesta do próprio? O tio que entrou e cumprimentou deve ser processado também por participação na trama sórdida?
O maior defeito de fábulas desse gênero é induzir os leitores a procurar algum vínculo com situações reais, o que seguramente não é a intenção do autor (da fábula)
Como dizia Baltasar Gracián, uns séculos atrás: ´´Alguns fazem caso daquilo que pouco importa e deixam de lado o que tem muita importância´´. Mas isso valia no século XVII, não é mesmo?
Quando a politica faz o cidadão, a chance dele se corromper é bem maior do que quando o cidadão faz a política.
Falta querer.
Os governantes da nação
continuam com ar puro
enquanto o pobre cidadão
permanece no escuro
não tem pena, nem perdão
quem não planta educação
não pode colher futuro.
As dificuldades são medidas pelo esforço.
Isso varia de cidadão pra cidadão.
Existem sim coisas difíceis. Mas nada que dedicação e força de vontade não superem.