Cidadão
Sem contato com o mundo externo e com o passado, o cidadão [...] é como um homem no espaço interestelar que não tem meios de saber que direção leva para baixo ou para cima
A desobediência civil é um direito intrínseco do cidadão. Reprimir a desobediência civil é tentar encarcerar a consciência.
"VC É uma pessoa que só sabe julgar e criticar, típico cidadão arrogante que merece acabar sendo atropelado por um caminhão enorme com 18 rodas.
A estrada da vida vai polir vc."
Não Dês Esmola a Santinhos
MOTE
Não dês esmola a santinhos,
Se queres ser bom cidadão;
Dá antes aos pobrezinhos
Uma fatia de pão.
GLOSAS
Não dês, porque a padralhada
Pega nas tuas esmolinhas
E compra frangos e galinhas
Para comer de tomatada;
E os santos não provam nada,
Nem o cheiro, coitadinhos...
Os padres bebem bons vinhos
Por taças finas, bonitas...
Se elas são p'ra parasitas,
Não dês esmola a santinhos.
Missas não mandes dizer,
Nem lhes faças mais promessas
E nem mandes armar essas
Se um dia alguém te morrer.
Não dês nada que fazer
Ao padre e ao sacristão,
A ver para onde eles vão...
Trabalhar, não, com certeza.
Dá sempre esmola à pobreza
Se queres ser bom cidadão.
Tu não vês que aquela gente
Chega até a fingir que chora,
Afirmando o que ignora,
Assim descaradamente!?...
Arranjam voz comovente
Para jludir os parvinhos
E fazem-se muito mansinhos,
Que é o seu modo de mamar;
Portanto, o que lhe hás-de dar,
Dá antes aos pobrezinhos.
Lembra-te o que, à sexta-feira,
O sacristão — o mariola! —
Diz, quando pede a esmola:
«Isto é p'rà ajuda da cera»...
Já poucos caem na asneira,
Mas em tempos que lá vão,
Juntavam grande porção
De dinheiro, em prata e cobre,
E não davam a um pobre
Uma fatia de pão.
Dentro de cada politico, médico, dentro de cada cidadão, lá dentro, no fundo no cerne, há um ser humano...
O individuo é uma mescla, uma mistura de bondade e maldade que eclode, emerge e vem à tona na dependência de um estímulo.
Ser bom pai ou ser bom filho, é obrigação. O mérito está em ser-se bom cidadão. Por bom cidadão, leia-se: consciência do coletivo!
Religião não forma caráter de ninguém. Ela pode completar ou até mesmo transformar um cidadão desviado do caminho do bem. Mas o que forma um caráter é EDUCAÇÃO. Isso se aprende ao nascer e requer prática constante até o morrer. Educação gera respeito, que elimina qualquer preconceito e abre fronteiras.
Mente aberta para analisar, coração aberto para amar e boca... às vezes é preciso fechar.
Tentei
Pensas na fome
Na guerra
No desemprego...
Preocupas-te em ser um cidadão sem nome?
A vida te fez um crítico das ilusões
num país sem futuro
Tentas libertar teu povo das falsas paixões
Agora, que és homem maturo
Crias teu filho em ambiente impuro
È certo que moras no cú da nação
Eu estou lá bem perto
é só seguir "reto"
A vontade de morrer nos deu forças
Para viver
E dar continuidade a proliferação da nossa espécie
Miserável
Obrigada a viver nesta triste nação.
Sócrates se intitulou cidadão do mundo há mais de 2 mil anos. Passado tanto tempo as pessoas ainda falam em: patriotismo, em serem os melhores. Por mais tempo que passe, jamais aprenderão que o amor não tem pátria. Jamais aprenderão a amar!
Sou contra a lei da homofobia
ou qualquer lei, que beneficie um cidadão como sendo mais humano, que os humanos... Qualquer lei que ofereça um tratamento especial, coloca a outra parte em desvantagem jurídica.
Sol em Sagitário, lua em Câncer.
Quem és tu, ó cidadão do mundo?
De abraço tão fácil e sorriso jocundo.
Se cai na rotina se vê moribundo,
Divertido, inquieto, intenso e profundo.
Chega a ser grosseira tal sinceridade,
É tão natural quanto temerário.
A falta de tato, não é por maldade,
É esse maldito sol em sagitário.
O elemento é fogo, que queima e consome.
Otimismo viril, qual religião.
Se não for passional é desejo que some.
Se é mais do mesmo, te falta o tesão.
Um rastro marcante ao caminho deixou.
Desse seu romantismo tão peculiar.
Amigos e amores por onde passou.
Te encanta a conquista e brincar de flertar.
E a lua em câncer, que tens a dizer?
Absorve de tudo, chega a distasia.
É a melancolia de todo o teu ser.
Porém reativo em igual demasia.
Temperamental, mas também protetor.
Um vínculo forte aos seus oferece.
Traz consigo seus entes e os cerca de amor.
Os erros perdoa, mas jamais os esquece.
És gente de excessos, limites não tem.
Quem vive contigo de tédio não morre.
Ainda que sejas pessoa do bem,
É sempre você quem fica de porre.
Quando em algum país o governo comete injustiças, então o único lugar onde um cidadão honesto pode viver, é na cadeia.
Cidadãos ativos:
Não se pode governar um país como se a política fosse um quintal e a economia fosse um bazar. Ao avaliar um regime de governação precisamos, no entanto, de ir mais fundo e saber se as questões não provêm do regime mas do sistema e a cultura que esse sistema vai gerando. Pode-se mudar o governo e tudo continuará igual se mantivermos intacto o sistema de fazer economia, o sistema que administra os recursos da nossa sociedade. Nós temos hoje gente com dinheiro. Isso em si mesmo não é mau. Mas esses endinheirados não são ricos. Ser rico é outra coisa. Ser rico é produzir emprego. Ser rico é produzir riqueza. Os nossos novos-ricos são quase sempre predadores, vivem da venda e revenda de recursos nacionais.
Afinal, culpar o governo ou o sistema e ficar apenas por aí é fácil. Alguém dizia que governar é tão fácil que todos o sabem fazer até ao dia em que são governo. A verdade é que muitos dos problemas que nós vivemos resultam da falta de resposta nossa como cidadãos ativos. Resulta de apenas reagirmos no limite quando não há outra resposta senão a violência cega. Grande parte dos problemas resulta de ficarmos calados quando podemos pensar e falar.
(E se Obama fosse africano?)
O papel da imprensa deve ser o papel da indignação, da cobrança por soluções, da informação criteriosa e discutida, da parceria com a sociedade, da exigência, da perseguição dos resultados, da defesa das leis, da crítica às leis, do processo construtivo de uma organização social aprimorada... e não o papel medíocre, passivo, abestalhado, desinformante e irritante que se traduz em lançar sobre cada cidadão todas as mazelas pútridas dos governos e dos criminosos comuns, sem ao menos um manifesto de amparo, de apoio à boa sociedade. A imprensa brasileira é como um vento que vira as páginas de um livro antes que se possa interpretar, traduzir e criticar o que nelas está escrito.