Chuva que Cai
Cada gota que cai é um pensamento que nasce. Olhar as gotas batendo na janela me faz ter a sensação de clareza,leveza e esperança!"
A tempestade cai lá fora, e cá dentro, chove você. Dia e noite, como num dilúvio sem fim. E eu não posso fazer nada.
Vem a leve chuvinha,
cai devagar em doce prece,
a natureza se esbalda
e verdejando agradece...
Pingos, pingos, pinguinhos,
chuva calma e persistente,
que devagar, bem de mansinho,
é para todos um grande presente
Como a chuva não cessasse de cair em caudais,
Tiras de tinta começaram a aparecer na fotografia
O tecto da chuva rompera o abrigo da sua alma
E o verde circulava a deriva rompendo as plantas.
Elvira deixara cair seus olhos de objectiva nas
Folhas verdes. Verificava que era sobre elas e como
Elas que sempre olhara a natureza. Ver o real
Em folhas era amá-lo ininterruptamente. Essa
Contiguidade acabara por compor uma rede
Que tinha tanto de próximo como de diferente,
E a chuva não era chuva, transparecia. Eis, pensou.
Por que chove na fotografia, por que chove
Em correntes sobre as folhas?
Sentado na varanda admirando a chuva que começou a cair, Onde até parece que caem lentamente e eu pensando em uma pessoa, uma pessoa que está longe de mim.
Apesar da distância é da saudade, eu não sei o que aconteceu mas vendo essa chuva caindo me deparei com uma coisa muito estranha. A chuva que cai tem seu cheiro, e sem saber o que isso significava eu me perguntei. Como pode eu estar tão longe de quem amo e mesmo assim poder sentir seu cheiro .
Então surge uma voz em meu ouvido dizendo.
- amor sei que você está longe de mim mas hoje quebrei um vidro de perfume meu e joguei na chuva, só para ele evaporar e subir ao céus e virarem gotas de chuva e cair Onde você está, e assim você se lembrará que eu estou longe mas ao mesmo tempo tão perto de ti.
Nesse momento eu comecei a acreditar que para o amor não existe limites ou barreiras e sim determinação e vontade de estar junto .
De: Marcos Rodrigues.
Para: Aline Silva
Estávamos eu e minha sobrinha, Ana Liz, no quintal quando ela viu a chuva cair pela primeira vez. Tinha apenas três meses de idade. O olhar atento sentindo as gotas cair no chão, nas plantas, ao seu redor. Tamanha calmaria, leveza, sensibilidade. Ela foi crescendo, e nos dias de chuva aprendendo a tocar na àgua que caia sobre as suas pequenas mãos. O olhar fixo parece que está contando gota por gota. Além de enxergar a chuva, ela sente. Além de sentir ela transborda, e me ensina a reparar a beleza das gotas caindo sobre nós, sobre o mundo. Ana Liz desde pequena aprendeu a gostar da chuva, talvez ela gosta de ser regada como as flores. A cada chuva que cai, Ana Liz floresce, cresce, cria raízes. Ela me ensina sobre as etapas da vida, o tempo, o reeinventar. Hoje, quinta-feira, da janela do ônibus vejo a chuva que cai em Fortaleza, penso na Ana Liz, recordo do seu olhar atento e sigo. Resisto aos maus tempos, a desesperança, o medo. Assim como a Ana Liz hoje deixarei a chuva me regar para que possa brotar flores de resistência no meu peito. R(e)existo. Vamos juntas pequena, estamos juntas.
Futuro Incerto
Vendo essa chuva cair,
Começo a pensar em você.
Como eu queria você aqui
E não ter nada a temer.
Como eu queria olhar nos seus olhos
E dizer tudo o que eu sinto por você;
Não ter medo de nada
E agir assim, sem perceber.
À medida que penso em você,
Fico muito temerosa;
O incerto me pergunta,
E eu fico sem resposta.
Temo pela distância,
Temo pelo futuro,
Temo pelas nossas vidas...
Temo, basicamente, tudo.
A distância pode me matar de saudade;
O futuro, de decepção;
As nossas vidas, de irracionalidade;
E o tudo, de preocupação.
Vem aqui neste momento
E pegue na minha mão,
Olhe nos meus olhos
E me dê uma solução.
Sussurre no meu ouvido
Que eu não preciso temer.
Que nunca vai me deixar
Chorando nem lamentando por você.
Eu preciso ouvir isso da sua boca
Pra ter certeza no meu coração.
E nunca chegar a pensar
Que tudo que eu fiz por você foi em vão.
Se o vento soprar quero estar no mar, se a chuva cair não quero do canto sair, se o sol chegar quero minha pele queimar, se o mundo girar quero o horizonte florir e não me preocupo se o ponteiro do relógio não para. Sou de ficar onde meu coração se acalma. Eu sou alma lavada com água doce e salgada.
Andar de pés descalços...
Sentindo a energia da terra...
Deixando cair à chuva no rosto e não fugir dela.
Aquela velha sensação da infância... Que traz a alegria aos sentidos.
Simplicidade da natureza...
Da sintonia com as maravilhas...
Faz-nos encher o peito de uma gratidão especial.
A estas maravilhas ao alcance de todos.
Ela ainda está na janela do seu quarto vendo a chuva cair. Ainda está, com seus fones de ouvido esperando sentir. Ainda guarda, dentro do seu caderno, aquele bilhete que jurava amor eterno. E hoje, ela jura jurar que na chuva ela quer dançar, para poder extravasar. E ainda esperar alguém tirá-la para dançar.
"A chuva começou a cair, e as suas lágrimas se misturavam em seu rosto com as gotas da chuva. Mesmo triste ela se sentiu bem, foi como se a chuva tivesse lavado a sua alma e também o seu coração"
Ela é como a nuvem nova que passa lá no céu
E dela se espera a chuva cair de novo.
É neblina chuvosa na serra de estrada sinuosa
Que faz chover e de mansinho molhar.
O céu já está cansado de ver
A chuva cair
E cada dia que passa é um mais
Parecido a ontem
Não encontro forma alguma de te esquecer
Porque seguir te amando é inevitável
-Inevitable-
Talvez um dia eu olhe para a janela e veja a chuva cair diante de uma noite escura de inverno.
E relembre tudo que eu fiz ou deixei de fazer na minha vida.
E me pergunte: Será que fiz certo?
Será que eu deveria ter me dedicado mais?
Poderia eu ter ajudado mais as pessoas?
Deveria eu ter amado mais? Ou chorado mais.
Porque sempre procuramos algo que é difícil de achar, fazer e conhecer.
A vida é igual para todos, o modo de viver é que é diferente.
Se a chuva nunca mais cair
E o vento nunca mais soprar
Se o azul do céu descolorir
Mesmo assim não deixo de te amar
Seu olhar me pregou um feitiço
Não consigo mais me libertar
Se você meu bem não existisse
Sei que eu iria te inventar