Chuva que Cai
Vem a leve chuvinha,
cai devagar em doce prece,
a natureza se esbalda
e verdejando agradece...
Pingos, pingos, pinguinhos,
chuva calma e persistente,
que devagar, bem de mansinho,
é para todos um grande presente
Ele traz vida consigo, faz a relva torna verdejante.
Cai do alto e molha toda terra, fazendo flores e frutos produzir.
É ela, a chuva.
"Chuva que cai sem para, quase me mata de tanto esperar..."
Colar de Prata
Colar de prata
cai sobre o pescoço
de princípio é um pouco gelado
Mas a pele viva
com seu calor aquece o colar
Ele cai sobre a pele
balança de um lado para o outro
e as vezes quando esta exposto a luz, ele brilha
e quando esta escondido por entre a roupa
ele fica guardado em secreto
De alguma forma se torna algo tão
parte da pele e do corpo
que na sua ausência,
o corpo sente falta do colar
Pois se tornou algo tão cotidiano
que mesmo durante o banho
ele fica pendurado no pescoço
Faça chuva ou faça sol
e não importa qual é a estação
o colar estara sempre pendurado ao pescoço
em movimento sobre o coração
fazendo tic-tac
A tempestade cai lá fora, e cá dentro, chove você. Dia e noite, como num dilúvio sem fim. E eu não posso fazer nada.
Quando agimos com prudência pode cair a chuva, transbordarem os rios, soprar os ventos com ímpeto, mas a mulher de fé permanecerá edificando sua casa sobre a rocha.
Eu sou mais do que você é
O mundo não gira
Em torno do seu umbigo.
A chuva não para de cair
Só porque você quer.
Sou indivíduo,
Ser humano,
Que sabe muito bem o que dá vida quer.
Eu tenho vontades próprias
Meu objetivo de vida,
Não é ser simplesmente ser o que você quer.
Sou menina,
Sou mulher,
E sou mais do que você é.
A lua independe
Da sua vontade para brilhar.
Uma estrela cadente
Não para de cair
Para sua vontade acatar.
Nem tudo acontece
Do jeito que você quer.
Nem tudo o que você realmente
Acredita ser necessário.
É o necessário para se ser mulher.
Eu sou tudo o que não gosta
Do fio da cabeça à ponta dos pés.
Não tenho tudo o que você gosta.
Mas, tenho tudo o que você quer.
Se não sabe brincar
Não brinca.
Já estou cansada de brigar.
Não importa o que você diga,
Você não vai me enganar.
O sol não deixa de queimar,
Porque você ordena.
O rio não mudará seu curso.
Só porque você quer.
É assim a minha presença,
Neste corpo de mulher.
Uma estrela não perde sua luz
Quando deixa de existir.
Eu não perco a minha luz,
Quando deixo de sorrir.
No seu mundo obscuro,
Pensa que vai me iludir.
O meu brilho independe
Da sua maldita vontade.
Se eu te amo ou te odeio.
Nunca saberá a verdade.
Futuro Incerto
Vendo essa chuva cair,
Começo a pensar em você.
Como eu queria você aqui
E não ter nada a temer.
Como eu queria olhar nos seus olhos
E dizer tudo o que eu sinto por você;
Não ter medo de nada
E agir assim, sem perceber.
À medida que penso em você,
Fico muito temerosa;
O incerto me pergunta,
E eu fico sem resposta.
Temo pela distância,
Temo pelo futuro,
Temo pelas nossas vidas...
Temo, basicamente, tudo.
A distância pode me matar de saudade;
O futuro, de decepção;
As nossas vidas, de irracionalidade;
E o tudo, de preocupação.
Vem aqui neste momento
E pegue na minha mão,
Olhe nos meus olhos
E me dê uma solução.
Sussurre no meu ouvido
Que eu não preciso temer.
Que nunca vai me deixar
Chorando nem lamentando por você.
Eu preciso ouvir isso da sua boca
Pra ter certeza no meu coração.
E nunca chegar a pensar
Que tudo que eu fiz por você foi em vão.
Se o vento soprar quero estar no mar, se a chuva cair não quero do canto sair, se o sol chegar quero minha pele queimar, se o mundo girar quero o horizonte florir e não me preocupo se o ponteiro do relógio não para. Sou de ficar onde meu coração se acalma. Eu sou alma lavada com água doce e salgada.
Como a chuva não cessasse de cair em caudais,
Tiras de tinta começaram a aparecer na fotografia
O tecto da chuva rompera o abrigo da sua alma
E o verde circulava a deriva rompendo as plantas.
Elvira deixara cair seus olhos de objectiva nas
Folhas verdes. Verificava que era sobre elas e como
Elas que sempre olhara a natureza. Ver o real
Em folhas era amá-lo ininterruptamente. Essa
Contiguidade acabara por compor uma rede
Que tinha tanto de próximo como de diferente,
E a chuva não era chuva, transparecia. Eis, pensou.
Por que chove na fotografia, por que chove
Em correntes sobre as folhas?
Sentado na varanda admirando a chuva que começou a cair, Onde até parece que caem lentamente e eu pensando em uma pessoa, uma pessoa que está longe de mim.
Apesar da distância é da saudade, eu não sei o que aconteceu mas vendo essa chuva caindo me deparei com uma coisa muito estranha. A chuva que cai tem seu cheiro, e sem saber o que isso significava eu me perguntei. Como pode eu estar tão longe de quem amo e mesmo assim poder sentir seu cheiro .
Então surge uma voz em meu ouvido dizendo.
- amor sei que você está longe de mim mas hoje quebrei um vidro de perfume meu e joguei na chuva, só para ele evaporar e subir ao céus e virarem gotas de chuva e cair Onde você está, e assim você se lembrará que eu estou longe mas ao mesmo tempo tão perto de ti.
Nesse momento eu comecei a acreditar que para o amor não existe limites ou barreiras e sim determinação e vontade de estar junto .
De: Marcos Rodrigues.
Para: Aline Silva
Andar de pés descalços...
Sentindo a energia da terra...
Deixando cair à chuva no rosto e não fugir dela.
Aquela velha sensação da infância... Que traz a alegria aos sentidos.
Simplicidade da natureza...
Da sintonia com as maravilhas...
Faz-nos encher o peito de uma gratidão especial.
A estas maravilhas ao alcance de todos.
As vezes é bom deixar cair uma imensidão de chuva em nosso coração... Só assim ele sera limpo outra vez
Ela é como a nuvem nova que passa lá no céu
E dela se espera a chuva cair de novo.
É neblina chuvosa na serra de estrada sinuosa
Que faz chover e de mansinho molhar.
Ela ainda está na janela do seu quarto vendo a chuva cair. Ainda está, com seus fones de ouvido esperando sentir. Ainda guarda, dentro do seu caderno, aquele bilhete que jurava amor eterno. E hoje, ela jura jurar que na chuva ela quer dançar, para poder extravasar. E ainda esperar alguém tirá-la para dançar.
Se a chuva nunca mais cair
E o vento nunca mais soprar
Se o azul do céu descolorir
Mesmo assim não deixo de te amar
Seu olhar me pregou um feitiço
Não consigo mais me libertar
Se você meu bem não existisse
Sei que eu iria te inventar