Chuva
Ouço a chuva novamente
Com seus pingos fortes
Cada vez mais sequentes
Tem o som de saudade recente
Fios prateados caindo no chão
Gotas d'água molhando a gente
Vem e volta ao seu bem querer
Trazendo alegria levando o sofrer...
mel - ((*_*))
Quando a gente era criança
e a mãe deixava sair
Depois da chuva
a gente podia então
dividir a rua
e fazer guerra de barro
Eu puxava o galho baixinho
E chovia de novo em você
Que escrevia meu nome
com folhas
O vento carregou meu nome
o tempo passa e tudo some
Fica a saudade
Que a chuva carrega
pra terra da recordação
Em vez de barro
Hoje a chuva
Faz tristeza
Hoje a Mãe deixou sair
Mas eu queria
ficar no quarto
e tentar ficar contente
ao lembrar
Que um dia
Eu podia puxar a folha
E então via chover
Novamente
Sobre você
Que ria.
"FELIZ"
Eu só quero cantar a vida
Amar e saltar na chuva
............
Dançar sobre a areia da praia
Sentir a brisa quente do sol
.............
Não importa se é inverno ou verão
Não importa se é dia ou noite
............
Eu só quero cantar sobre a vida
Letras expressivas com emoção
...........
Palavras belas diz-se ao coração
Alegria de amor, dando luz, cor à paixão.!
"CONTO DE OUTONO"
A chuva caia com imensa intensidade
A noite estava escura cheia de neblina
Como se não houvesse lua no céu
Ela estava perdida à procura do seu amado
Mas o seu amado não estava em lugar nenhum
O amor e a dor consumiam o seu coração
E uma parte dela morria
O seu amado havia levado essa parte com ele.
Ela não conseguia explicar a dor no seu peito
Chorava de saudade sangrando por dentro.
Pergunta ela porque o conheci?
Era uma simples noite de outono, numa simples festa
Num simples momento, um simples beijo
Coisas simples que foram o bastante para abrir um buraco
De esperança no seu coração para faze-la sofrer de amor
Ela fecha os olhos e pensa no seu amado
No dia em que se conheceram
Do primeiro abraço, do seu único beijo
Olhares profundos dentro dos olhos um do outro.
Uma lágrima desce vagarosamente pelo seu rosto
A dor que de repente a consome, simplesmente desaparece
Olhou para o passado para sentir o que viveu
Não no sentido de quem me dera voltar para trás
Mas apenas para perceber se valeu a pena amar tanto o seu amado!
Que as gostas de chuva que agora cai levemente sobre meu rosto
Lave minha alma e retire do meu espírito o mais puro dos sentimentos
E se transforme em vapor de amor
Subindo de volta para céu e caindo aí sobre o seu aconchego
Atravessando lentamente os vãos do telhado
E que sobre você se desfaça
Sinta o meu carinho que agora aquece seu coração
Se transformando em centelhas de amor..
Poesia com minha amiga Chuva
Chuva mora
Chuva demora
Para cair
E decair.
A casa é o lar
Onde se decide morar
As gotas que caem
As ilusões farrem.
Na lama o melhor é rolar
Tudo é bom no desenrolar
Se você parar
O brilho, irá reparar.
A água de libertação
Alaga de paz a tua escuridão
O novo rio, bom para nadar
Nos pensamentos mergulhar.
Água senti o toque
A água senti o retoque
E percebe que amor
É o contrário de desamor.
A água para lembrar
Como é bom se molhar.
Faz a purificação
Tira ideias de destruição.
Chuva vem para mostrar
Que o amor é para demostrar
O amor vai encontrar
E aí irá se reencontrar.
VARANDO A MADRUGADA
Vento
muito barulhento
Trovões
como rojões
Agora chuva
Cai chuva
Cai...
Relâmpagos
luzes na escuridão
Cai chuva
Cai...
Estatela no chão!
mel - ((*_*))
VARANDO A MADRUGADA
Ouço os pingos da chuva batendo na minha vidraça
depois estalam no chão
como porções de bolacha.
Mas é um som insinuante
que aos poucos forma uma melodia
Viram gotas d'água dançante
boêmias da noite pro dia...
mel - ((*_*))
A chuva branda minha alma
Puro apogeu como desdenho
Abraço o sons do teu coração
Selado em um mármore gelado
Sem calor triste e fria dor,
abstendo demais a mais sendo
brilho abanado pó puro ouro,
pequenos ate minúsculos ador,
que nunca se foi ate começou,
desencontros meramente sobrou,
calado atroz murmurante,cálida,
reflexo perpetuo exclamante...
somente um adeus embora, amor,
tudo seja tão vazio, neste momento,
brando pura passagem, esdruxula,
mesmas nunca a melhor opção...
entre ventosas repletas de sangue,
meros trechos de um sonho.
Dia a dia
Não dá para crer em liberdade
Estando trancado em uma jaula
Sem sentir o sol, a chuva, nada
Só peça no tabuleiro da cidade
Passam as horas, acaba o dia
O outro recomeça sem mudar
Diante desta cansativa rotina
Poucos têm chance de inovar
A maioria comemora na sexta
‘Sobrevivemos! Conseguimos!’
Mas a vitória seria no dia a dia
Fazendo o que confere alegria
Ir dormir tarde e acordar cedo
Trabalhar muito, ganhar pouco
Seguir o modelo da sociedade
Que faz do homem mais louco
Esquecendo as suas ambições
Preferências, ideias e emoções
Correndo dentro de um círculo
Estando recluso a um cubículo
Em subliminar, há a alternativa
Que envolve pessoas realizadas
Podendo escolher o seu destino
Com coragem em suas jornadas.
Do que se vai passando neste jardim depois da chuva
Há um amontoado de papeis e garrafas, um barbeador, um frasco de desodorante, o resto de um sanduíche, outras tantas coisas descartadas. Ao lado, um saco negro intacto, lixo como o outro e como foi deixado ontem.
Que buscavam os cães?
A mulher que julgo ser a mãe do menino de bonezinho azul descuida e solta as suas mãozinhas por um instante. Ele se espatifa no chão e a alegria vai dando lugar a um chorinho que logo findará também, porque, como o sol e a lua, devem suceder-se sem demora nesta previsível encenação.
Não deviam os homens descalçar os pés, para que se mantenha imaculado o chão dos jardins onde se espatifam as crianças?
Porque choveu neste jardim, alguns pássaros sentem agora a sede urgente das plantas e bebem da água que descansa nos ramos mais fortes das cerejeiras.
Esses ramos, eles resistirão ao próximo outono?
Tivesse sido lançada sobre o fluxo de um rio furioso, também nele flutuaria a bola de cores leves que as crianças esqueceram no chafariz de água calma e já antiga.
Também todas as águas brincam de bola, aquelas do rio desengonçadas como um menino gordo?
Um mendigo dirige-me uma saudação jamais ensaiada, estende sobre um dos bancos o seu cobertor (apropriando-se desse banco ele parece ganhar alguma identidade) e aguarda tolerante o que lhe sirva de alimento.
Se um dia a comida faltar, voltará ele a este jardim?
Posso ouvir a voz lá longe: ...três, quatro, cinco, seis, sete... E me distraio com um bem-te-vi que sobrevoou o jardim e rumou para o leste.
O que procura a garotinha com a diligência de um investigador?
Ele vai se afastando depois de receber o beijo no rosto; abrem-se as comportas que represavam dentro deles o choro pubescente; ela sepulta o seu amor embaixo de uma cerejeira e se põe velá-lo, desprovida daquele colo.
O que teria se adiantado à ternura do olhar que veio depois - o beijo, as lágrimas ou o sepultamento?
Toda vez que a chuva cai, eu lembro do que eu deveria ter feito, e o que tenho que fazer, mas sempre faço ao contrario corro o mais rápido possível para a chuva, assim ela pode esconder o que sai dos meu olhos
Desde sentir a chuva e ganhar um buquê de flores, não importa o motivo , sorria mesmo que seja da coisa mais simples do mundo, se essa coisa te fizer feliz e o que importa
uma lágrima derramada por um momento de tristeza se resume como a chuva numa região aonde por uma eternidade não choveu.
Encontrei um sentido
Tive uma razão
Enxerguei além da superficialidade
Como a chuva de verão
Chegou, molhou
Mas logo... O sol surgiu
E tudo secou.
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