Chuva

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Algumas pessoas gostam de ficar na chuva, pois é o único momento em que eles podem chorar.

Estávamos eu e minha sobrinha, Ana Liz, no quintal quando ela viu a chuva cair pela primeira vez. Tinha apenas três meses de idade. O olhar atento sentindo as gotas cair no chão, nas plantas, ao seu redor. Tamanha calmaria, leveza, sensibilidade. Ela foi crescendo, e nos dias de chuva aprendendo a tocar na àgua que caia sobre as suas pequenas mãos. O olhar fixo parece que está contando gota por gota. Além de enxergar a chuva, ela sente. Além de sentir ela transborda, e me ensina a reparar a beleza das gotas caindo sobre nós, sobre o mundo. Ana Liz desde pequena aprendeu a gostar da chuva, talvez ela gosta de ser regada como as flores. A cada chuva que cai, Ana Liz floresce, cresce, cria raízes. Ela me ensina sobre as etapas da vida, o tempo, o reeinventar. Hoje, quinta-feira, da janela do ônibus vejo a chuva que cai em Fortaleza, penso na Ana Liz, recordo do seu olhar atento e sigo. Resisto aos maus tempos, a desesperança, o medo. Assim como a Ana Liz hoje deixarei a chuva me regar para que possa brotar flores de resistência no meu peito. R(e)existo. Vamos juntas pequena, estamos juntas.

A gente se fala no olhar (no olhar)
É água de chuva no mar (no mar)
Caminha pro mesmo lugar
Sem pressa, sem medo de errar
É tão bonito, é tão bonito o nosso amor

“Depois da chuva
Abrirei minha janela para a alegria
E por uns momentos
Esquecerei das dores do mundo...
Depois...
A vida continua...”

Teu Jazz

esses dias são assim
terrivelmente assim
têm nuvem, sol
e, às vezes, chuva

nesses dias
assim
terrivelmente assim
uma música sempre toca
e o coração se entoca

aqui
nem samba
nem bamba
só teu jazz
me traz paz

Noé parecia um LOUCO enquanto construía a arca.
Quando veio a chuva, o povo ficou LOUCO para entrar na arca.
Um LOUCO que escuta Deus vive mais..
Um sabichão que NÃO escuta Deus
Morre na primeira chuva.

Se você for lutar na chuva, treine na tempestade!!!!

Estiaram os pesares

O céu parou de chorar. Desfiz-me todavia em lágrimas. A chuva acabou e deixou mais um órfão do seu esplendor.
Tenho lido tanto romance, e ainda lido tão mal com sentimentos e sentimentalismos. Levo muito sofrimento em meu chapéu mas ainda sinto a leva do amor, em algum lugar onde haja chuva.

Às vezes a chuva serve para lavar todas as impurezas. Porque sempre depois tudo parece renovado. O céu, o cheiro e o clima. Parece fantástico. Seria bom se fosse assim também com as pessoas.

Quando vier sobre ti dias nublados, não se deixe abater.
Lembre-se que a chuva fecunda a terra , faz florescer e dar frutos.
Sandra Lima.

A chuva faz uma faxina no mundo, elimina as energias densas deixada pelas pessoas. Quando chove a natureza se alegra, as cores ficam mais vivas e nós somos os grandes beneficiados.

Não te aflijas, pois mesmo que seu anoitecer seja de tempestades com raios, trovões e muita chuva, seu amanhecer será límpido, suave e seu sol já estará brilhando e te confortando
com seu calor aconchegante.
Pois, como pode se observar em Matheus 10,16-23
“Depois da tempestade, vem a bonança”.
(Teorilang)

Ela é como uma chuva de primavera...
Delicada...
Gélida...
Silenciosa...
Melancólica...
Eu sou como uma tempestade de verão...
Efêmero...
Abrupto...
Fúlgido...
Turbulento...
Mas somos chuva...
A mesma essência...
A mesma natureza...
Como almas gêmeas...
Derramando gotas de amor...

NOVEMBRO, soneto no cerrado

A nuvem de chuva, está prenha
A lua na noite longa enche de luz
Novembro, aos ventos ordenha
Amareladas folhas que nos seduz

Meditação, finados aos pés da Cruz
O colorido pelo seco cerrado grenha
As floreadas pelos arbustos brenha
Trovoadas, relâmpagos no sertão truz

Águas agitadas, o mês da saudade
Num véu dançante... Vem novembro!
Linhas de poema e prosa, fertilidade

Décimo primeiro, antecede dezembro
Em ti é possível notar a instabilidade:
Fogo e água, da transição é membro

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
novembro de 2016
Cerrado goiano

novembro

a nuvem de chuva está prenha
a lua na noite longa enche de luz
novembro, aos ventos, ordenha
amareladas folhas que nos seduz

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
novembro de 2016
Cerrado goiano

Em um dia de chuva forte, trovões estrondosos é raios reluzentes no céu negro da noite. Eu me pegava olhando para o mesmo enquanto as gotas da chuva escorriam sobre meu rosto junto às lágrimas de lembranças antigas é de pensamentos confusos sobre o que será do amanhã.

Faço parte do grupo dessas Mulheres que ousam ser livres.
Que brincam na chuva.
Que abraçam árvores.
Que se conectam com a Natureza.
Faço parte dessas Mulheres que são chamadas de Bruxas por serem selvagens.

Motivo das enchentes;
10% Chuva
90% População

Nessa tarde se houver chuva,
que limpe nossa alma;
Se houver sol que ilumine...
a nossa alma.

Algumas coisas nos incomodam porque não temos estrutura para saboreá-las. Não gosta de chuva quem não tem um bom telhado.