Chuva
Quando meus sonhos se desfazem em meio as gotas de chuva que caem ao chão;
Agradeço a Deus por tudo o que sou...
Mais ainda assim peço um pouco mais de fé, paciência e atenção;
E peço para que ele me ajude quando meus pés não suportarem mais, e quando meu coração já não mais bater, só peço a ele que cuide mim se assim eu merecer...
Bom Dia Quinta-feira!
Entra e derrama uma chuva
de bençãos na minha vida,
transborda meu coração de
paz e harmonia e livra-me
de todo mal e que Deus
esteja à frente, abrindo
meu caminho e ilumando
minhas escolhas.
Amém!
O sol me intregra...
a chuva me alegra...
mas este mormaço
me amordaça...
me deixa sem graça...
mel - ((*_*))
O silêncio que sai do som da chuva espalha-se, num crescendo de monotonia cinzenta, pela rua estreita que fito. Estou dormindo desperto, de pé contra a vidraça, a que me encosto como a tudo. Procuro em mim que sensações são as que tenho perante este cair esfiado de água sombriamente luminosa que [se] destaca das fachadas sujas e, ainda mais, das janelas abertas. E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.
Toda a amargura retardada da minha vida despe, aos meus olhos sem sensação, o traje de alegria natural de que usa nos acasos prolongados de todos os dias. Verifico que, tantas vezes alegre tantas vezes contente, estou sempre triste. E o que em mim verifica isto está por detrás de mim, como que se debruça sobre o meu encostado à janela, e, por sobre os meus ombros, ou até a minha cabeça, fita, com olhos mais íntimos que os meus, a chuva lenta, um pouco ondulada já, que filigrana de movimento o ar pardo e mau.
Abandonar todos os deveres, ainda os que nos não exigem, repudiar todos os lares, ainda os que não foram nossos, viver do impreciso e do vestígio, entre grandes púrpuras de loucura, e rendas falsas de majestades sonhadas... Ser qualquer coisa que não sinta o pesar de chuva externa, nem a mágoa da vacuidade íntima... Errar sem alma nem pensamento, sensação sem si-mesma, por estrada contornando montanhas, por vales sumidos entre encostas íngremes, longínquo, imerso e fatal... Perder-se entre paisagens como quadros. Não-ser a longe e cores...
Um sopro leve de vento, que por detrás da janela não sinto, rasga em desnivelamentos aéreos a queda rectilínea da chuva. Clareia qualquer parte do céu que não vejo. Noto-o porque, por detrás dos vidros meio-limpos da janela fronteira, já vejo vagamente o calendário na parede, lá dentro, que até agora não via.
Esqueço. Não vejo, sem pensar.
Cessa a chuva, e dela fica, um momento, uma poalha de diamantes mínimos, como se, no alto, qualquer coisa como uma grande toalha se sacudisse azulmente aberta dessas migalhinhas. Sente-se que parte do céu está já azul. Vê-se, através da janela fronteira, o calendário mais nitidamente. Tem uma cara de mulher, e o resto é fácil porque o reconheço, e a pasta dentífrica é a mais conhecida de todas.
Mas em que pensava eu antes de me perder a ver? Não sei. Vontade? Esforço? Vida? Com um grande avanço de luz sente-se que o céu é já quase todo azul. Mas não há sossego — ah, nem o haverá nunca! — no fundo do meu coração, poço velho ao fim da quinta vendida, memória de infância fechada a pó no sótão da casa alheia. Não há sossego — e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter...
- Por que tu tá me olhando desse jeito?
" Porque olhar pra ti é como ver uma gota de chuva depois de uma terrível seca. É como se eu visse o meu futuro e o teu futuro entrelaçados no brilho do teu olhar. Eu poderia estar triste e com medo do mundo por uma eternidade, mas se depois olhasse pra ti eu melhoraria como num toque de mágica. É como se eu mergulhasse num mar de sonhos e esperanças, em que eu terminaria feliz pra sempre como num conto de fadas. Ao olhar pra ti sinto que estou mais viva do que nunca. E se algum dia eu deixar de te olhar ou observar, sentirei que não tenho mais nenhum motivo pra seguir em frente. Olhar pra ti, se resume em viver no meu vocabulário".
- É que to distraída.
A chuva me faz pensar. Pensar em coisas tristes,e ainda não sei o motivo desses pensamentos. Deito na cama, e não fecho os olhos. Fico deitada, olhando pro teto, como se fosse chorar. Mas não quero chorar, estou feliz. Pelo menos em teoria, MUITO feliz. Mas a chuva faz eu perceber a minha realidade. Estou intediada, sem vontade pra nada. Queria poder dormir pra sempre, mas em saber que dormiria e sonharia com você, isso não me deixa fechar os olhos. E eu?!' bem, eu fico na janela, vendo as gotas da chuva molhar a terra seca, e imagino se algum dia, essa chuva irá molhar nós dois juntos, em algum dia feliz.
Eu preciso quebrar alguns espelhos que ainda refletem a sua imagem. Quero te-lo feito chuva de dezembro, por inteiro, intenso. Não apenas mais uma fotografia.
Eu preciso quebrar o que sempre foi igual, como o frio no mês de julho, quero uma luz amarela.
"Antes fosse uma tempestade, com trovões e chuva forte, mas não, é só um dia cinzento, aliás, são todos os dias cinzentos: sete segundas feiras por semana..."
Eu e você
Eu sou o principio do fim
Chuva de verão
Beijo com paixão
Eu sou a vento, você as folhas que eu carrego
Você é a rosa, eu sou a chuva que te rega..
Eu sou a marca de batom no teu colarinho...
Eu sou seu amor, teu ninho.
Você é uma tarde de sol, mergulho no mar,
Vontade de amar..
Você é meu pedaço de mau caminho,
Meu amor, meu garotinho.
Te amo como
amo a chuva...
as tempestades...
os ventos...
os maremotos...
os terremotos...
Isso e loucura???
Não...
Isso é amor...
Te amo
Pensar que a chuva é bom para a natureza, ou pensar que o sol é bom para nós humanos?!
Sentir a mesma sensação que a chuva traz para a natureza é a mesma sensação quando sentimos o sol bater em nós!
Descalça, sentada na areia, sentindo a brisa tocar em meu rosto, vendo o sol brilhar na minha frente.
Qual seria a sensação?!
Debaixo de um guarda-chuva, numa estrada sem fim, sentindo frio, ficando molhada, arrepiada, e...
Qual seria a sensação?!
Água. Ó torrentes de chuva, em nome de Nyx eu vos invoco, acompanhai-me com vossa força inundante na realização desse ritual, de todos o mais poderoso!
Pare, ouça o barulho da chuva, sinta seu coração bater, sinta o vento bater no seu rosto e encontre a sua paz interior.
A chuva que agora lava o zinco encardido sobre meu casebre, põe estes olhos cansados e suplicantes na linha do infinito. Ela tamborila e resvala no telhado, numa espécie de ritual silencioso que envolve a brisa e me torna estátua momentânea.
Esses raios que riscam a distância e vão pousar nas montanhas que não vejo, hipnotizam minh´alma. São lampejos que acendem cá no íntimo, algum mundo secreto sonhado por meu ser. Um cenário que acompanha minha inconsciência desde a idade que foge ao poder investigativo que penso ter.
Extático, vejo da varanda esse vitral. É um show do cosmo, nessa temporada fiel; compromisso anual da estação. Momento em que céu e chão se grudam; se amam. Sequer atentam prá insignificância de minha presença; plateia solitária.
O que eles não sabem é que nada quero além disto. Nada mais que o silêncio deste show e o bocejo que me flagra numa entrega solene... solene e livre... Um desejo de ficar para sempre nesta moldura... figurar na magia deste quadro.
Mesmo que as flores tenham ido embora e o sol e a chuva parecerem castigar, por causa deles, flores novas virão.
“Sou tão imprevisível quanto à chuva que cai em pleno verão, imprevisível como o sol quando deixa de brilhar na mais quente estação, como as flores que não nascem na primavera, como um segredo que nunca se revela”
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