Chuva

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Mesmo que haja chuva ou sol...
Mesmo que os pássaros estejam cantando ou não..
Mesmo que esteja frio ou calor...
Não importa... as misericórdias de Deus e Sua bondade se derramam sobre mim e sobre você neste dia....
Deus não muda....
Ele é o mesmo ontem , hoje e sempre!
............... Amém...
........................ Débora Aggio

"Sabe o que sou? Sou o barulho da chuva. A luz no fim do túnel. Sou o relógio as três da manhã. A água da chaleira a resfolegar. Sou o trânsito caótico e congestionado. O jeans usado jogado no fundo do armário. Sou a maré mansa jogando espuma na areia. Sou o orvalho da manhã sobre a folhagem das plantas, a lua cheia escondida entre nuvens durante a chuva. Sou o verão brasileiro e o inverno europeu. Sou a terra que eu piso e o ar que eu respiro. Sou a amante fiel. Sou o esmalte descascando sobre as unhas. Sou um coração. Sou mais um na fila de espera. Sou eu. Sou você. Sou a vida".

A chuva cai lá fora e um rio transborda dentro de mim,como eu queria não me sentir assim,sua ausência dói tanto as vezes penso que não vou suportar como dói a dor de te amar e com voce não poder estar.

No rio de emoções do meu coração voce é o barquinho a
Navegar,as vezes tenho medo de te machucar, nem sempre sou mansa,minhas águas ficam turvas me perco no breu, só quero que voce seja meu.

Diz que gosta da chuva, mas quando chove abre o guarda-chuva ou fecha a janela.

Me sinto fria como uma noite de inverno. Seca como o chão sem a chuva. Não me importo, não tenho reagido. Estou sem forças, sozinha. Tanto dei, hoje não recebo nada. Tanto fiz, agora ninguém faz por mim. Se valeu a pena? Não sei.

Um dia chove, mas no outro faz sol. São dias de frio, chuva e lembranças tristes que me fazem lembrar que depois do inverno sempre chega o verão.

Poeta não é só aquele que escreve poesia
Poeta faz da chuva, do vento
Da tristeza da alegria
Da noite e do dia
Uma eterna poesia

Os meus sonhos são um refúgio estúpido, como um guarda chuva contra um raio. Sou tão inerte, tão pobrezinho, tão falho de gestos e atos. Por mais que por mim me embrenhe, todos os atalhos do meu sonho vão dar a clareiras de angústia.

Chove chuva, chove sem parar.
Vai tristeza, vai embora sem pensar.
Xô solidão, que a vida vem me amar.
Não importa mais se olham para mim,
Porque eu já sei exatamente quem sou.
Sei bem qual é o meu lugar

A serpente

A chuva respinga a minha alma

Em gotas de sangue coagulantes

Sufocadas pelo ar que pressiona os pulmões

Os olhos de uma serpente esverdeada

Enlaça em meu olhar e transmuta em minhas veias

O veneno de uma sinceridade falida

Um nevoeiro anunciava por trás das frestas

E somente a luz ali pôde passar e avançar

Em cavalos de batalha, mostrando a cena

Um misto de tragédia anuncia o olhar

Gelo glacial nas pálpebras congela o batimento

Um instante de supressão, de cólera espasmódica

A serpente avança com dentes arreganhados e sorriso

Amarelado pela maldade congelante de uma página da história

O instante do tempo: o muro cai e a luz revela a cor do ambiente

Saltam sapos e o mal cheiro da lama azulada de negro

O vento suaviza a alma em choque, em transe....

A calma visão do absurdo, do desamor configurado em bailado

A presa de sangue gargalha no silêncio do anonimato

E figuras, cenas perdidas assombram o presente

De uma idealização, agora nebulosa e massacrada de negro

O homem presa do homem na selvageria da ignorância

Estraçalha as cortinas transparentes em fúria e fulgor eternos

Sorria..... a máscara do palhaço revela-se vampiro ratejante

E assombra os cordeiros desatentos: devorando-os

Vagarosamente e perpetuamente.

Exceto que no escuro, há o iluminar do amor infinito

Da brisa implícita da boa intenção que tudo revela e modela

Nos fantasmas deformados do que se diz humano.

Que seja belo quanto a chuva.
Que seja simples quanto a um beijo.
Que seja sincero quanto a um sorriso de uma criança.
Que seja maravilhoso quanto o nascer do dia.
Que seja magnifico quanto a um arco-iris.
Que seja emocionante quanto a trovoada.
Que seja eu e você... Que seja nós.

Depois Da Chuva

Eu deixo chover
amor.
Emoções.
Desejos e sonhos…
Porque depois da chuva!
Me visto de arco-iris…

Dias de chuva

O brilho dum céu
azul celeste
traz a prece
da redenção.

Uma garoa fina
lava a grama
e faz do verde
a lama que
quer pedir
perdão.

Cada gota
de chuva
cai como
confissão
e pesa
culpa sobre
a minha
cabeça.

Rezo,
portanto,
pela expiação
das minhas
falhas e que
minhas faltas
não sejam
a prova exposta
daquilo que
nem sei.

Sou uma gota de chuva solitaria, igual as demais. Faço-me unica nos caminhos onde passo, e nas faces a onde toco.

Encanto.

O Nordeste me encanta
mesmo sendo carente
a chuva as vezes se espanta
e o sol continua quente
mas a beleza é tanta
que incomoda muita gente.

A seca.

A seca trás sofrimento
a chuva nem piedade
o verde se foi no vento
e o gado deixou saudade
aqui se falta alimento
mas sobra dignidade

CHOVENDO

A chuva molha o chão,
O frio abraça minha solidão
E eu te esperando em meu coração.

Chuva... O que ela toca em mim não é no corpo, é na Alma.

Se a chuva nunca mais cair
E o vento nunca mais soprar
Se o azul do céu descolorir
Mesmo assim não deixo de te amar
Seu olhar me pregou um feitiço
Não consigo mais me libertar
Se você meu bem não existisse
Sei que eu iria te inventar

Era 8 de julho, às 7:00 am de uma manhã fria e gélida de inverno acompanhada pela sinfonia da chuva, molhando lá fora os sapatos esquecidos. As pessoas nas ruas andando com pressa pro seus trabalhos e afazeres, agasalhadas e com seus guarda chuvas, era um festival de cores, sombrinhas floridas, coloridas, pretas, de todos os gostos. Mas naquela mesma manhã, a mesma chuva que molhava as sombrinhas e as pessoas, também molhava o telhado alaranjado de uma velha casa no centro da cidade, de gota em gota caindo no chão e batendo na janela, fazia um barulho suave e embalava o sono da menina, dentro de casa só se ouvia o barulho do relógio, tic tac sem parar, a respiração fraca da garota. Embrulhada pelos lençóis brancos, sonhando com o único que trazia a ela uma esperança, rolava pela cama, espreguiçava-se, e notou que na cama havia uma ausência, ele não estava lá.Podia ver tranquilamente, o tempo fechado, as nuvens nubladas, caindo cada vez mais a chuva, dessa vez um pouco mais forte, a garota, apertando o travesseiro contra o corpo, enrolada nos lençóis, começou a chorar, seu rosto pálido, branco e a pela macia, o cheiro de camomila ainda estava nos lençóis, o frescor da felicidade poderia ser encontrado, mas não, tudo era solidão. Seus pensamentos voltados para ele, voltando a lembrar dos beijos embalados e carregados de sentimentos, de paixão, dos abraços daquela noite envolvida por amor, a garota não conseguia se conter, os soluços ecoando pela casa fazia, chorava ainda mais, lágrimas e lágrimas caindo sem parar dos seus olhos serenos cheios de amor, de tristeza, de solidão. Lembrou-se daquela tarde ensolarada, daquele verão que passaram juntos, deitados na areia da praia, as ondas indo e vindo, as gaivotas pelo ar, a praia deserta, os chinelos jogados, os corpos contra a areia fina, o único barulho era das ondas, eles se olhavam, admirando cada vez mais, desejando ser a única da vida dele, imaginado com tanta força quase se tornando real. Sim, ela o amava, não pouco, mas muito, um amor tão surreal, impossível de descrever, de explicar, só quem sentia poderia entender. A chuva quase parando, ouvindo apenas o gotejar banhando o jardim florido por pequenas rosas murchas, o cabelo loiro recém pintado, bagunçado, as mãos forçando as bochechas rosadas e as unhas pintadas de anil, quebrou o silêncio, saiu em busca de algo ou alguém, vestiu-se com o vestido verde florido desbotado pelo tempo, delicado, cheio de botões rosas, calçou a sandália preta perdido em meio a revistas e roupas no canto do armário, quase esquecido, enxugou o rosto, ignorou o frio e a tristeza e saiu a procura.

Lá fora, quase não havia mais chuva, as pessoas andando se debatendo um contra o outro, cada um com seus pensamentos em algo, nos problemas, nos filhos, nas tarefas, as lojas cheias, pessoas comprando, gastando, ganhando ou comendo, era assim uma manhã monótona, as pessoas fazias as mesmas coisas quase todos os dias, mas não era uma manhã qualquer para a garota. Mas do meio da multidão estava saindo alguém com o rosto conhecido, o cabelo loiro, os olhos negros, vestido uma jaqueta preta, com uma bandeja na mão, cheio de frutas e copos, ela não aguentou a felicidade, os olhos cheios de lágrimas, feliz por vê-lo, por amá-lo. Ele indo ao encontro dela, chegando cada vez mais perto, olhou fixamente aqueles olhos magníficos e perguntou: - Você prefere achocolatado ou café?.

Era apenas uma manhã qualquer, mas os dois ficaram no meio da multidão, se amando, se beijando e se abraçando, eles se amavam, se amavam muito, até demais por sinal e nada poderia separar aqueles dois corações unidos, batendo juntos, em um só palpitar. A chuva voltou a cair forte, molhando os dois abraçados, mas ninguém se importava, eram eles, era amor, era tudo.