Chuva
Bolinhos de Chuva Queimados
Não digo tudo por que não sei mesmo, falo meia frase, deixo uma parte pra sentirem, adivinhação...todos tem histórias e maravilhosamente enxergam onde não se vê, falo de coisas que passam ou passaram por aqui, dá vontade ou nem dá, nem depende muito de mim
uma vida tem detalhes, sutilezas, todo o tempo.
É uma xícara de chá e uma bomba-relógio feita de açúcar
uma alça de sutiã caída e um pingado escuro, você busca uma linha no fundo daquele quarto amarelo,
nem lembrava, agora já está aqui
Eu peguei uma ventania tal que quase caí, mas nem deixei a leiteira cair, a moça do bazar olhou pra mim com um jeito de quem nunca tinha visto um boneco de Olinda com RG,
eu dou muita risada depois que saio dos lugares, as pessoas não estão acostumadas com gentileza,
nem com bolinhos de chuva queimados,
Eu não disse nada, foi você que pensou, ou sentiu, foi você, foi ela,
ah! não foi ninguém.
@machado_ac
Adoro dias de chuva mas também adoro dias de sol. Na verdade adoro dias vividos, nenhum é em vão Sempre se tira algum proveito ou alguma lição.
no sopro no infinito
a tal solitude do vento
acalma a alma
no fogo do desejo a chuva cai.
sob delírio voz da noite paira.
mais ainda suspenso na escuridão.
vultos que acalentado no espirito.
Evaldo cantou
Sentimental demais
Cantou
Que queres tu de mim
Serenata da chuva
Alô
Cantou brigas
O trovador
Somos iguais
Corações desiguais
Evaldo cantou
Tango pra Tereza
Cantou
Alguém me disse
Cantou
Encantou multidões
Tocou corações
Cantou
Evaldo Gouveia, poeta do amor !
O7/06/2020
Coração puro e leveza na alma
Sabendo ser luz no escuro
Ao som das gostas da chuva
Silêncio que acalma
Ouvindo o som do anbiente
Doce melodia boa pra mente
Aquele vento que sensação
Um respirar, que alívio meu coração
Aquela nostalgia profunda
Noite inquieta as vezes me aperta
Lágrimas inunda o meu peito de emoção.
...não há ninguém, só o inverno de jardim negro, e a noite, e a chuva, e o vento,
um velho sueter aconchegado ao corpo, uma xícara de chá quente...
Apenas caem as gotas lá fora uma a uma,
dividem o frio de um poema terno,
Poeta e poesia são aconchegos do inverno.
VENTANIAS
Tão fraca essa chuva desacompanhada de vento
Proveio certamente de alguma nuvem dispersa
Fugidia da madrugada de alguma noite sem graça
Estanque sobre o telhado acima da minha cabeça
Não que não mereça que meu derredor se molhe
Com essa calmaria própria dos bem-aventurados
Porem estou acostumado a solavancos constantes
Tanto que me estranha tamanha bonança repentina
Sou eu afeito de trovões e ventanias da montanha
Que sacolejam e soçobram insanos restolhos de asas
Absurdamente inconstantes entre abas e serpentinas
Por isso a minha casa é de pedra incólume e bruta
Plantada sobre sólidos e poderosos alicerces da lida
Mas despreparada à suave nudez de uma brisa
INSATISFAÇÃO
Pela manhã o silencio dos homens
Faz frio e a chuva cai
Proporciona prazer o som que
o gotejar produz ao tocar as folhas
das arvores e os telhados das casas
As nuvens no céu são densas
quase não se pode enxergar os montes
O cão ladra, uiva
talvez sentido o cheiro do cio
Os pássaros surpreendem
voam e cantam como se fosse
um dia ensolarado de primavera
E o homem que percebe tudo isso, murmura
Se fosse apenas a vida
E se a gente tivesse só
Que olhar a chuva na janela
Mas tem dias que o ranger da porta assusta
Tem dias que o ranger da porta irrita
E tem dias em que a porta range
Custa um tempo a perceber a falta
das coisas que a chuva trazia
No silêncio a alma grita
Porém, é tão grande esse silêncio
Que nem mesmo a própria alma escuta
Mas ele é assim, tão lancinante
Que eu sei que o próprio Deus garante
A alma o sente
Não nos basta ter de volta aquele tempo
Aquela coisa corroída pela chuva
Um tempo carcomido pelo tempo
Por mais breve ele fosse
Muito ele abrange
Tem dias em que há previsão de tempestade
Se fosse então apenas
Ter que olhar o Sol pela janela
Abrir a porta ao vasto mundo
Perceber que amanhã
Também não trará nada
Nada além de outra manhã
Aquela que desfolha as flores
Ver as pétalas já mortas
Com o vento a levá-las
Todas pra bem longe
Sem cores, sem viço, sem nada
Em cada fim de tarde
O mesmo vento na janela
Aquela velha porta range
Não me assusta, nem me irrita
Me toca à duras penas
Me apenas convida a viver
Como se fosse outro dia de chuva
Sem chuva nova, sem nem mesmo a velha chuva
Apenas chove
Sem as coisas que ela trazia
Ela não trouxe nada
Eu não quero outra vida
Nem aquela de volta
Eu quero essa à distância
Olhar o mundo do espaço
Que um dia, antes da invenção do tempo
Eras antes do cansaço
Era assim que a vida prometeu que ela seria.
Edson Ricardo Paiva.
O tempo e nosso maior aliado em ajeitar tudo.
E ele que faz tempestade tornar chuva calma e branda.
"É na madrugada que os pensamentos afloram, os pingos da chuva são alimentos ,para os meus pensamentos, e para a minha alma.
Não importa o temporal
O sol nasce mais uma vez
E tantas outras vezes...
Em dias de chuva, ser poesia !
24/06/2020
já íntimos, sua chuva eu vi
e senti em meus braços
mesmo ao meu lado
me perdi em seus passos
então, senti sua luz me aquecer
apesar da minha noite fria
e... em você eu vivia
o que eu temia viver
no seu pôr do sol
o vento soprou calmo
as pétalas voaram
e as estrelas se aproximaram
e o meu sorriso foi roubado
sob um belo céu rosado
BARCOS DE PAPEL (soneto)
Na chuva da temporada, pela calçada
A enxurrada era um rio, e o meio fio
O teu leito, com barragem e desafio
Na ingênua diversão da meninada
Bons tempos felizes, farra, mais nada
Ah! Os barcos de papel, inventivo feitio
Cada qual com um sonho e um tal brio
Navegando sem destino, a sua armada
Chuva e vento, aventura e os barquinhos
Tal qual a fado nos mostra os caminhos
E a traçada quimera no destino velejada
Barcos de papel, ah ideais, são poesias
Que nos conduzem nas cheias dos dias
No vem e vai, no balanço, da jornada...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/06/2020, 11’05” – Triângulo Mineiro
Sábado chuvoso, mas cheio de encanto, o céu desce em pranto o seu delirar, a chuva é poesia com diferente magia, depende do olhar.
A única coisa que cai do céu é a chuva. Você vai ter que correr atrás dos seus sonhos. Você vai ter que acreditar em sua força interior.
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