Chuva
' RIO SEM ÁGUA '
eu sem você, sou noite
sem um céu estrelado .
Sou dia sem chuva ou sol
Apenas um dia nublado
Eu sem você sou passarinho
Sem ninho,
com asa quebrada
Sem ter onde pousar
Eu sem você sou noite escura
Sem o brilho do luar
Sou um rio sem água....
sem você sou não sou nada
Apenas um viajeiro
Procurando encontrar
Um mar de onda agitada
Sorrindo das tristuras da vida,
Terminando aqui minha jornada !
um guarda chuva no armário, pouco usado abandonado e somente lembrado, nas tempestades, cheio de mofo poeiras, teias de aranha e mesmo assim quando a tempestade e grande se vai ao velho armário, buscar o velho guarda chuva! Mas só naquele momento é lembrado, o velho armário escuro e frio, tornou se seu habitar natural, onde a solidão e a tristeza se instalaram por todos estes anos.
Estradas de Pedra.
Enquanto a chuva cai
A noite passa e vai pela janela
Pra perto da estrela distante
Na mesma velocidade
Pensamento, instante, vagam
Pedra lisa, estradas sem destino
Que se aprumam
Indiferentes, se acostumam
Vai durar uns meros séculos somente
Durante as tempestades
Quais relâmpagos colidem
Que se agridem pelos ares
Olhares idem pela escuridão que espero
Pra depois, durante as calmarias
Vir buscar-me em sonhos
Pois, durante a madrugada
Não serão jamais pisadas
Vão nascer de novo, sempre vão
No primeiro desvão, por onde invade o sol
Da primeira manhã de alguma infância
Há de ser nova
A primeira manhã de todas as manhãs
Traz consigo o gosto verdadeiro
Do primeiro sol que arde n'alma nascitura
Pensamento, instante, invade
Vai durar uns poucos séculos somente
Indiferente às estradas de pedra
Que foram feitas só pra ser pisadas.
Edson Ricardo Paiva.
Falar de ti é similar ao calor da chuva
Deitar e me conectar a lua
Caminhar de noite na rua
E mesmo assim não me sentir maluca.
Sentir tua presença é como estar completa
Me sentir tão delicada quanto uma pétala.
Ser educada por ti é igual voltar a infância
Como se todos os problemas existissem
Mas fossem de baixa relevância
Porque afinal de contas
Lidar com o teu ser me faz renunciar
Tudo que sou e aprender a ter o que tu és
Que me posiciono a transmitir
A tua imagem e semelhança
Ensinar e praticar amor
Com a mais brava onça.
E mesmo que tudo isso retorne ao pó
Que tudo se ressignifique
Voltaremos ao extremo nada
Com toda certeza
Que vivemos tudo.
Chuva do Outono
As luzes da Cidade de Rodeio
acesas sob a primeira
chuva do Outono que se achega
enquanto repousam
os Canários-da-telha,
a roseira se refresca,
o coração dança
na cadência da Terra
aspirando ser a sua
vida inteira e entrega
para o Universo o primeiro poema.
Existem pessoas que são como raios de sol, sempre traz claridade; outras são como raios de chuva, acaba com a luz de uma cidade.
Chuva: Serenata da Melancolia
Chuva, tua melancolia se mistura ao meu pranto,
Gotas suaves, como lágrimas que caem do céu.
Em tua tempestade, encontro meu abrigo,
O som das gotas acalma minha alma, que se debate ao relento.
Trovoes ecoam como pensamentos tumultuados,
O vento sussurra segredos que só eu posso entender.
Teu toque frio é como um abraço, me envolve e acalma,
Na dança das águas, encontro paz no caos que se instala.
Chuva, és minha favorita, minha confidente nas horas de dor,
Teu rugido é a música que embala meu coração aflito.
E quando o sol brilhar novamente, lembrarei de tua canção,
Chuva, és minha companheira, meu consolo na escuridão.
Elaine N Silva
"Tanta chuva e eu não solto
mais meus barquinhos de papel...
Ó que saudade!"
Haredita Angel
24.03.17
Palavras, pessoas e sentimentos!
Unidos transformam tudo em poesia;
A flor, a chuva, o amor, a dor...!
Começos, recomeços,
Exposição do seu avesso.
O talento escondido, o verbo não dito!
Palavras, pessoas e sentimentos,
Tradução do mundo,
Abstrato, duro, raso e profundo.
Conexo, coerente ou confuso...
Somos um pouco, um pouco de tudo..
E o que em mim inside?
Eu Pessoa absorvo, exponho!
Palavras e sentimentos!
Segredo a gente não conta
Os olhos verde miragem e a noite cai e a chuva molha a rua...
Pessoas apressadas com medo de se molhar e borra a maquiagem.
Homem da porta do bar ri achando a vida engraçada libertinagem
A criança de dentro do quinta nem sabe o que é tempestade ela só dança e sua inocência balança.
Como se a esperança fosse algo só dos grandes no eterno balanço de uma corda só.
Vejo a chuva molhar a vida as árvores e os cipós!
Aquele barulho gostoso de tão doce silêncio.
A sua beleza me adoça por dentro sorrindo.
O amoroso destino e o está sozinho e sentir-se agraciado.
O cheiro do amado tem lembranças de mato molhado.
Uma saudade que caminha de idade em idade.
Na verdade a alma precisa de boas lembranças...
Para enfim querer continuar remando,
E assim caminhando o sonho chegar...
Para embelezar e desejar voltar ao ponto
Do conto da história que mais valeu apena...
Pensar bem da vida e chegou a hora de partir.
Qual rosto agora sua alma deseja despedir
A saudade é a fragrância e a esperança
De poder contemplar o que tocou e amou
E essa tal riqueza só o coração viu e sentiu!
Eu ainda sonho com aquele milagre
Os arcanjos bem sabe
o que arde no meu peito.
Te amar é muito verdadeiro
é marca de fogo!
É o desejo perfeito
buscando o seu beijo
É o barulho da chuva
no corredor do corpo inteiro!
E as silenciosas plantas florindo
as margens do terreiro.
Do meu silêncio nada para confessar
Porque segredo a gente nao conta!
"Você fugiu da tempestade que eu sou, mas chegou alguém e encharcou-se comigo na chuva, no vento, na vida..."
☆Haredita Angel
15.04.2021
Um (des)brinde à vida
Chuva de trovoada relaxante.
Tarde de domingo.
Desordem desordenadamente na sala...
Tudo fora de lugar.
No porta-retratos teu sorriso quase apagado pelo tempo sorri triste.
Vivemos hoje um mundo que já não existe.
A casa cheia de memórias.
Uma linda história.
Um fim trágico.
Vislumbro dias tristes e sombrios.
Sinto na alma tanto frio.
Ouvindo a voz da chuva
(...)
Ouves a voz da chuva ao amanhecer
Voz de chuva que vem do mar
Chuva que hoje parece
vento que faz uma prece
chuva que vem des[agua]r
(...)
Chuva que toca na arreia, Am[águas]
Chuva que choram, as ondas Des[água]
chuva que enche os poros
e antecede a solidão
(...)
Chuva que traz a dúvida, sem saber
versos que molham a planta, ao dizer
vozes que vem do vento
remindo o tempo, irá chover
§
In: TORVÍC, Allam. Poemas de conversações. 2023. São Paulo.
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