Chuva
No cair da madrugada a chuva me faz companhia, ao meu redor está meu cachorro e minha gatinha, esses leais companheiros que sentem os meus sentimentos e a minha dor, basta olhar nos seus olhinhos para eu enxergar o verdadeiro amor.
O som,
o cheiro,
como o que toca,
faz sentir —
uma noite
aquecida
pela chuva
deveria ser
momento
de contemplação
para todos os olhos —
alimento para Alma.
O som do silêncio toca meu coração como as gotas da chuva de uma tempestade,arrastando tudo pelo caminho à uma fenda aberta no solo como aque uma boca sedenta por água,armazenando tudo num poço profundo que tão logo irá transbordar inundando todo o meu viver dando transformação ao meu mundo num estrondo de uma tromba d'água preparando o solo pra uma semeadura, onde todo um novo possa brotar e assim a vida se remova sob a força estrondosa de meu silêncio.
CÉU, VENTO E CHUVA
Céu, vento e chuva, horizonte submerso
Em nuvens, e o cerrado todo verdejante
Enxurrada, e aquele pingar borbulhante
Na estrada, atiçando sentimento diverso
Alma retirada, um devaneio tão disperso
Chão molhado, cheiro de erva rastejante
Na poça d’água um espelhar coruscante
Sensação, precipitação, ó aquoso verso
Chove no cerrado, no cerrado a chover
Cada fauna no seu canto a se esconder
Canta a seriema num cântico sem fim...
Suplicante. Céu, vento e chuva, lá fora
Cai, em uma cadente poética trovadora
Tornando o sertão num sedoso jardim.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/11/2024, 10’48” – Araguari, MG
**Lágrimas e Chuva**
Lágrimas e chuva, em um triste refrão,
Unem-se em silêncio para esconder a dor,
Molham meu rosto, inundam o chão,
Lavando as marcas de um antigo amor.
A tempestade chega, o céu desaba,
E com ela meus olhos também se entregam,
Pois ninguém vê a tristeza que trava,
Quando as gotas da chuva e do pranto se cegam.
Caminho sozinho pelas ruas vazias,
O som da chuva disfarça meus ais,
Ninguém percebe as lágrimas tardias,
Que deslizam no rosto em desatino e paz.
A chuva e eu somos cúmplices fiéis,
Guardamos segredos que ninguém sabe ler,
Pois quando a dor é profunda e cruel,
Só as lágrimas e a chuva podem entender.
Lembranças: como é bom observar a chuva pela janela.
A chuva cai suavemente, desenhando linhas líquidas na janela. O aroma fresco que ela trás invade o ambiente, um cheiro de terra molhada que purificava e renovava o clima. Observar a chuva pela janela é um prazer simples, mas profundo de reflexão.
Cada gota que caí no chão parece lavar não só a terra, mas também a alma, trazendo uma sensação de paz e renovação.
Uma chuva boa, daquelas que podem durar o dia inteiro, ou ser apenas uma visita rápida pela manhã ou ao entardecer. Às vezes, ela vêm de madrugada, embalando o sono com seu som ritmado.
Mas o melhor mesmo é quando a chuva dura o dia todo, permitindo que a janela fique aberta, deixando o vento fresco entrar e trazendo consigo a melodia das gotas caindo.
Ver a chuva pela janela trás boas lembranças. Do tempo de saborear um chimarrão ou mate ao redor do fogo de chão, fogão a lenha ou da lareira, se fosse na varanda, melhor ainda. Conversar, prosear, tomando um chá ou saboreando uma sopa paraguaia ou um chipa, enquanto a chuva caía lá fora, era um prazer inigualável.
A chuva na janela faz o tempo passar devagarinho, lembrando dos tempos de criança, correndo na rua e brincando na chuva.
Observar a chuva pela janela faz bem para a alma. Um momento de introspecção, de memórias felizes, de um tempo em que a vida parecia mais simples.
A chuva caindo lá fora é um lembrete constante de que, mesmo nos dias mais cinzentos, existe beleza e serenidade a serem encontradas.
E assim, a chuva pela janela se torna um espetáculo silencioso, mas profundamente reconfortante.
Gotas de chuva caem suavemente
Sobre o sítio onde o amor se sente
A natureza canta em harmonia
E o coração se enche de paz e serenidade
A chuva lavra a terra renovando
A vida e a esperança em cada canto
O ar está carregado de um cheiro doce
E o sítio se transforma em um paraíso.
Árvores verdes, flores coloridas
E o som da chuva, que nunca se esgota
O sítio é um refúgio um lar
Onde o amor e a paz nunca param.
A chuva traz vida traz renovação
E o sítio se enche de uma beleza rara
É um lugar mágico, onde o coração
Se sente livre e sem preocupação
Auto encontro
Na escuridão ouvi o som da chuva e também ouvi as batidas do meu coração.
Lá fora, vi animais se escondendo da assustadora claridade dos raios e dos sons dos trovões, vi as árvores balançando e o rio se elevando; aqui dentro vi os erros e os defeitos se escondendo com vergonha de seus feitos ao mesmo tempo pude perceber uma vibração sincera querendo se expandir e evoluir na direção certa.
Antes o que era nada ganhou força e virou tudo e o que antes era metade de tudo foi transformado em algodão logo foi jogado pela janela sendo carregado pelos ventos fortes para bem longe e nunca mais foi visto.
Sul do Brasil
Não faz sol
Faz frio
Faz chuva
Muros verdes
Céu cinza
Verão com frio
Europemos todos
Achei que era poema, mas era só frieza
A chuva acalanta a terra com suas gotas de vida, restaurando o verde das matas campinas e florestas para que toda vida viva em harmonia.
Amanaci quando canta
é a Mãe chamando a filha,
Amanaci sempre anuncia
quando a 'chuva se aproxima'
Amanaci é a 'Mãe da chuva'
que rega a terra e as águas
para na colheita o lavrador
encontrar a festança,
E para a chuva levar embora
toda a dor e o quê perturba,
Só sei que na próxima
chuva quero ser somente sua.
Eu Busquei
Busquei teu amor em cada estação,
Nos dias de sol, na chuva no chão.
Te procurei nos detalhes, nos traços do dia,
E encontrei esperança em cada poesia.
Busquei teu carinho no brilho do luar,
Com medo e receio, quase quis te afastar.
Te busquei no silêncio, na dança do vento,
Com olhos atentos, em cada momento.
Em sonhos profundos, não quis despertar,
Pois era contigo que eu queria sonhar.
Te procurei nas estrelas, na onda do mar,
Esperando o dia de te encontrar.
Busquei nos pássaros que cortam o céu,
Na poesia escrita com o mais puro mel.
Te busquei nos caminhos, nas ruas da vida,
Em cada suspiro, na jornada sentida.
A verdade, amor, é que já te busquei,
Em todos os lugares por onde andei.
E ao caminhar, perdida em meu olhar,
Pensava em você, sem saber onde estar.
Agora entendo: é tempo de esperar,
Pois Deus dá asas para o amor voar.
E enquanto caminho, meu coração está,
Pronto pra amar e pra verdade encontrar.
E assim, com ternura, entrego a verdade:
Meu amor! Sou um encanto a sonhar,
E o que desejo é o amor encontrar.
Um amor verdadeiro, que compartilhe comigo o mais puro amor.
Eu saí naquela noite sem guarda-chuva,
sentindo as gotas da chuva deslizar sobre o rosto,
uma dança fria e sincera que me tocava mais
do que as palavras vazias que insistem em rondar.
Naquela noite, antes de dormir, chorei.
Chorei por mentiras que se fantasiam de verdades,
por promessas que nunca tiveram alicerce,
e por mim, que quis acreditar no impossível.
A verdade? Ah, ela é crua e profunda.
Eu não sei viver no raso, não sei me poupar.
Eu me entrego, mergulho, quero sentir o momento,
enquanto tantos apenas buscam o efêmero prazer.
Por isso, não me mande mensagens sem a intenção de ficar.
Não me procure se o seu coração for passageiro.
Deixe-me viver meus momentos de alegria,
mesmo que sozinha, pois prefiro a plenitude do real
ao vazio de uma presença que nunca quis ficar.
A chuva que molha as flores é um sussurro do tempo, ensinando-nos que a beleza da vida é tão passageira quanto cada gota que cai.
Fragmentos
Teu nome ainda pesa no peito,
Como chuva que nunca passou.
O tempo levou nossas horas,
Mas teu sorriso, ele não apagou.
Às vezes, me pego pensando:
Se fomos um erro ou lição.
Só sei que te amo em silêncio,
E te carrego na solidão.
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