Chuva
Hoje a chuva cai
mas não esta só
Leva consigo barracos
sobrados
palafitas
Crianças que tiveram
o sonho interrompido
Pelo barro que desce a encosta
Que de novo se chama encosta
E deixa de ser lar
Gritos perdidos no escuro
pessoas perdidas nos escombros
Relâmpagos cortam a noite
e as lágrimas rolam no rosto
Como a chuva
Triste chuva
Quando irá parar
O desespero já domina
Por todos os lados vemos a triste neblina
da dor
a sufocar
E quando amanhece o dia
vemos nossas vidas pelo chão
No meio da lama
Da lama que desce
Por causa da chuva
Que não quer mais
que não quer mais parar
que não quer mais parar
Dorme neném senão a chuva vem pegar
Papai só tem no céu
mamãe foi trabalhar
E só nos resta rezar
A chuva cai lá fora
Você vai me molhar
Ja lhe pedi, não vai embora
Espere o tempo melhorar
Até a propria natureza,
Está pedindo pra você ficar
Atenda o apelo desse alguém que lhe adora
Espere um pouco
não vá agora
Você ficando vai fazer feliz um coração
que está cansado de sofrer desilusão
Espero que a natureza
faça você mudar de opinião
Se o sol é para todos, porque os humanos se esforçam em marcar diferenças? A chuva nos molha a todos e a lua ilumina a noite todos os dias. Será que a natureza não tem malícia, não compete, não tem nada a perder ou ganhar? Simplismente compartilha sua beleza e sua magia com quem é capaz de lhe dar valor e apreciar as coisas simples da vida, que são sempre as mais importantes.
A chuva te traz
Quando se aproxima uma nuvem cinza,
algumas imagens me aparecem,
com a água que em gota pinga,
vêm lembranças que não te esquecem
a chuva te traz a mim
por uma pequena fração de tempo,
como aguando todo o jardim,
dando um frescor ao pensamento
posso te enxergar paixão profunda,
mesmo você não estando ali,
num temporal que a terra inunda
e transborda o amor por ti
por um momento,
a chuva me faz de ti lembrar,
e, como uma folha ao vento,
desaparece devagar
A chuva cai, o homem do guarda-chuva passa;
Eu apenas observo seus passos;
Ele finge não me ver, mas eu o vejo com amor;
ele já não me pertence mais,
Muito bem acompanhado em sua vida ele está,
por alguém que também lhe quer com amor.
Eu com ciúmes não posso ficar,
porque ela me venceu, ela conseguiu;
Eu na minha vou ficar, e tentar esquecer
o homem do guarda-chuva;
Pois ele passa para agradar
quem o acompanha em sua vida;
e não quem o observa com amor.
Cresci numa pequena cidade E quando a chuva caía Eu apenas olhava pela janela Sonhando com o que poderia acontecer E se eu terminaria feliz Eu rezaria Tentando o máximo alcançar Mas quando eu tentei falar Senti como se ninguém pudesse me ouvir Queria ficar aqui Mas algo parecia estar tão errado aqui Então eu rezei para que eu pudesse escapar Eu abrirei minhas asas E aprenderei a voar Eu farei o que for necessário Até tocar o céu E farei um pedido, arriscarei, mudarei e escaparei para fora da escuridão.Mas eu não esquecerei as pessoas que amo Correrei o risco, arriscarei, mudarei e escaparei, Para longe,talvez eu não saiba para onde ir,mas Tenho que continuar, Voar, escapar. Eu abrirei minhas asas e aprenderei a voar. Apesar de não ser fácil de dizer adeus.
A pressa não me têm
Cai a chuva fina na janela da velha casa, a colina se escondeu, o cheiro da terra molhada, o temor emudeceu.
O lampião aceso, a cadeira vaga, a porta bate, o trovão estremeceu, o vento assovia e cantarola, um ninar único e meu.
Lembranças apagadas recheadas de desejos e transpiração, o rangido da cadeira se escondeu.
A noite segue calada, sonolenta também, erudita em sua fala, tímida e amistosa naquilo que convêm.
Nada mais, nada passado, apenas inocente e puro, desprendido de andanças desastrosas que maculam a fala e deixam os pés doendo também.
A beleza está guardada, não na fala, não na casa, não na chuva que escondeu, não na noite iluminada pela lua no apogeu, está sim em seu olhar, no que seus olhos buscam ver, a beleza alcançada não é apenas o que se vê, mas sim no esperar acontecer
Procure sem ver, ache sem procurar, encontre sem perceber,seja feliz na caminhada,sua companhia é encontrada, só não busque de forma agoniada, pois a água vem mansinha e clara, peça apenas que ela toque você.
CIGARRA
Diamante. Vidraça.
Arisca, áspera asa risca
o ar. E brilha. E passa.
CHUVA DE PRIMAVERA
Vê como se atraem
nos fios os pingos frios!
E juntam-se. E caem.
OUTUBRO
Cessou o aguaceiro.
Há bolhas novas nas folhas
do velho salgueiro.
O HAIKAI
Lava, escorre, agita
A areia. E, enfim, na bateia
Fica uma pepita.
NOTURNO
Na cidade, a lua:
a jóia branca que bóia
na lama da rua.
HORA DE TER SAUDADE
Houve aquele tempo...
(E agora, que a chuva chora,
ouve aquele tempo!)
OS ANDAIMES
Na gaiola cheia
(pedreiros e carpinteiros)
o dia gorjeia.
QUIRIRI
Calor. Nos tapetes
tranqüilos da noite, os grilos
fincam alfinetes.
Por infindos momentos busco definir-me.
Afinal,quem sou?
Quem sabe a chuva que lança a areia no Saara, de Caetano?
Ou mesmo a mosca que pousou na sopa de Raul?
Sinto, por vezes, que sou eu mesmo o trocado por Pessoa...
E outras vezes, pareço a garça triste que mora na beira do rio, de Alves...
Seria eu o que deseja ficar no teu corpo feito tatuagem,
como Chico?
Não sei... Jamais saberei!
Precisaria de duas vidas de infindos momentos para,pelo menos, supor!
Depois de tanta chuva,
o sol timidamente volta a aquecer as gotículas de orvalho
que dançam nas folhas e pétalas das flores dos jardins.
Uma lembrança, não, uma sensação percorre minhas entranhas.
Algo que não chega a incomodar mas lateja o tempo todo, não me deixando esquecer sua presença.
Largo tudo que estou fazendo.
Me imobilizo tentando "segurar" este movimento interno
que aos poucos vai tomando forma,
se firmando, até explodir como um pensamento,
como uma verdade subconsciente,
interiorizada que brota aos poucos...
Eu te descobri...Você existe...!!!
Depois de tantas caminhadas cansadas,
de tantas portas que se abriram e fecharam,
uma que demorei tanto a encontrar,
abriu-se e lá estava você... esperando-me...
convidando-me à entrar...
E ... que prazer, que delicia falar aos teus ouvidos: "...onde estavas ?
Porque demorastes tanto ?
Porque ficastes escondida tanto tempo da minha vida !? "
A chuva desce a ladeira
A água da chuva desce a ladeira.
É uma água ansiosa.
Faz lagos e rios pequenos, e cheira
A terra a ditosa.
Há muitos que contam a dor e o pranto
De o amor os não qu'rer...
Mas eu, que também não os tenho, o que canto
É outra coisa qualquer.
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