Chuva
MENSTRUAÇÃO
Pingos
de chuva
caindo,
caindo
sobre
a tez
das madrugadas,
são
nuvens,
só
nuvens
menstruadas.
*TRISTEZA MÓRBIDA
Atrás da cortina da noite, observo...
- está chovendo!
Chuva de lágrimas cristalizadas pela tristeza
Pingos grossos de sangue no peito
Cultuando a solidão incrustada n’alma
Levando os prazeres ao obsoleto
Dias tingidos de cinza, tétricos
Alma vagando no vazio
Calafrios que percorrem as vértebras
Persistindo ainda nesse mundo de mortais
Em dias e noites de agruras
Nessa dolorosa existência do ser
Lutando comigo mesma para sobreviver
Volto meu olhar opaco na chuva da noite...
-sorrio!
Sorriso sem vida, acuado, desgastado
Sorrio diante do infortúnio que me abraça
Palidez na face, tez fragilizada, envelhecida
Esperanças sinistras que beiram o abismo
Onde vai se perpetuando a tristeza mórbida
Dias belos não são propriamente aqueles com sol intenso, dias de chuva podem ser maravilhosos, basta a você saber o que carrega em seu coração... Poderia dizer que o amor de Deus nos une, mas o querer fazer o bem em nossas mentes, fará com que esse amor seja por completo.
Bom dia o tempo é do frio
O tempo começou nervoso hoje, meio indigesto, uma mistura de chuva, garoa e frio.
A coberta ainda quente me seduz clamando para ficar, o dever, chato, insiste e me arrasta.
Pelo sim pelo não, devo ir afinal o dever tem conluio com a razão e,
contrariar a dupla afronta a consciência,
melhor seguir em frente...
portanto: "diga a vida que vou prá lida"
Bora lá fazer o tempo e escrever mais uma página no diário da vida.
Bom dia o tempo é do frio
O tempo começou nervoso hoje, meio indigesto, uma mistura de chuva, garoa e frio.
A coberta ainda quente me seduz clamando para ficar, o dever, chato, insiste e me arrasta.
Pelo sim pelo não, devo ir afinal o dever tem conluio com a razão e,
contrariar a dupla afronta a consciência,
melhor seguir em frente...
portanto: "diga a vida que vou prá lida"
Bora lá fazer o tempo e escrever mais uma página no diário da vida.
A chuva cai, eu divago.
A chuva cai, eu divago.
Pensando em ti nesta tarde fria
Sentido em mim a alegria
Do nosso amor que agora é real
Que ao sonho foi leal
Olho dá janela a chuva cai
Lentamente, e esquecida
Das arestas do mundo
Uma linda melodia
Se fez ouvir na minha mente
E me vi lá fora aconchegada
Em teus braços sem medo
A chuva cai, eu divago.
E me sinto flutuar em teus braços
Ao som da melodia dançamos
Ali na rua lentamente
Suavemente deslizamos
Na chuva fria, em teus braços
Aquecida, sentindo o pulsar
Do teu coração, nosso olhar
Apaixonado e beijos ardentes
Sem pressa eu vivia aqueles instantes
Entregue ao nosso amor, a chuva cai eu divago.
Ouço tua voz recitando para mim
Poema do amor sem fim
19/05/17/ Jalcy Dias
NOSTALGIA
Passa o vento,
Passa a chuva
E passa o tempo...
O tempo inteiro acaba
E ela não passa para me fazer feliz!...
É bem verdade que essa lembrança exacerbada,
Que ora me aflige a alma,
Passará...
E apenas a lembrança do vento,
Da chuva e do tempo
Será, suficientemente, capaz
De apagar a dor que a distância promoveu!...
AUTOR: Sivaldo Prates Ribeiro
DEMOCRATIZAÇÃO
A chuva que por aqui passou
Levou, repentinamente, a tísica
Que me causava dor...
Vi águas torrenciais empurrando-a
Para o fundo do mar,
Para nunca mais voltar
E suprimir o meu viver...
Agora, não mais sinto a tísica transtornar
O meu humor, reduzir o meu querer
E devorar a minha paz.
Já não me sinto ofegante ao falar
E já posso até cantar
Um belo cântico de veracidade
Democrática!...
AUTOR: Sivaldo Prates Ribeiro
Lá fora a chuva cai
Fria, em uma manhã anti sonora
Em uma cidade que descansa
Do ronronar de feras terríveis
Cruéis sem coração, quente ou frio.
Ou melhor, coração têm.
Mas não sentem um só único sentimento
Bom ou mal interferindo, se ferindo.
Retroalimentando a ganância do capital
Ainda me lembro de como eram as manhãs
Manhas lindas de sol, desnudando tudo.
Ao alvorecer em todas as nuanças
Como um desenrolar de uma pintura
Que dos mais pasteis dos tons possui; Agora não!
Vem uma fera sem coração
Como um míssil maquinal maquiavélico
Composto de fluidos e metal.
De cores berrantes, como antes havia os matizes.
Mais perfeitos de todo tipo, borboleta, Flutuantes calmas anti- sonoras
Agora só o estrondo da fera desembestada
Em um poste elétrico tirando uma vida
Com o caos sonoro já não mais se dividia as vísceras
De quem era o mestre daquela pobre fera
Sangue e carne se retorcem em metal
O capitalismo retroalimentando
Ferindo interferindo quente ou frio, Coração, cruéis.
Ferindo interferindo quente ou frio, Coração, cruéis.
O capitalismo retroalimentando
Sangue e carne se retorcem em metal
De quem era o mestre daquela pobre fera
Com o caos sonoro já não mais se dividia as vísceras
Em um poste elétrico tirando uma vida
Agora só o estrondo da fera desembestada
Mais perfeitos de todo tipo, borboleta, Flutuantes calmas anti- sonoras
De cores berrantes, como antes havia os matizes.
Composto de fluidos e metal.
Como um míssil maquinal maquiavélico
Vem uma fera sem coração
Que dos mais pasteis dos tons possui; Agora não!
Como um desenrolar de uma pintura
Ao alvorecer em todas as nuanças
Manhas lindas de sol, desnudando tudo.
Ainda me lembro de como eram as manhãs
Retroalimentando a ganância do capital
Bom ou mal interferindo, se ferindo.
Mas não sentem um só único sentimento
Ou melhor, coração tem.
Cruéis sem coração, quente ou frio.
Do ronronar de feras terríveis
Em uma cidade que descansa
Fria, em uma manhã anti-sonora
Lá fora a chuva cai
NOITE DE CHUVA
Quando a noite caiu
Em meu leito adormeci
Despertei com a chuva
E de desejos me enchi
Desejos naquela hora
Foi minha inspiração
A chuva incessante
Caía como canção
Em meu corpo nu
O cobertor dançava
Parecia uma valsa
Que em mim escorregava
De um lado para o outro
Virava sem parar
O sono foi embora
E os sonhos começaram a chegar
Sonhei que a Noite
Estava se aproximando
Recitando poesias
E em segundos me amando
Que tédio, despertei!
Era a hora chamando
O despertador era o indicativo
De que o plantão estava se aproximando.
Estava sozinho sentado ao relento, coração um aperto tremendo, de repente uma chuva de esclarecimento lavou meus sentimentos, despertou minha razão que dominou a situação e revelou uma auto valorização que não via olhando apenas meu reflexo no espelho, bastou olhar uma única vez para dentro de mim para me apaixonar outra vez.
Sem Razão.
Ontem, depois da chuva
Outra vez algo constante
Presente em pensamentos
Sem palavras, sem versos,
Sem traves, graves incidentes,
Sem pauta e sem clave de sol
Duram sempre
Pouco menos que momento
Constantemente cortantes
E que demoram muito a passar
Meus olhos, não sei dizer se choram
Sei que o coração sempre se abate
Timidamente, um tanto pálido
Palidamente lívido
A noite passa
Hoje, bem antes do Sol
Respiro o nevoeiro
A cada dia mais sólido
A graça dos raios
Sutilmente coloridos
Despontando no horizonte
Ausentes aos olhos
de quem busca somente nos sentidos
A causa e a razão para vê-los
Eu penso e relembro
A imagem de olhos, cabelos, palavras
Penso no nada
Existente num lugar incerto
Que fica exatamente
Na linha imaginária
Que demarca o limite Longe-Perto
Um lugar que fica
Entre o Mar e o Deserto
Existentes
Nos nossos corações humanos
Agora, antes da tarde
Compreendo o ponto tardio
Uma certa visão
Que em outra versão
Ou época qualquer
Causaria arrepios
Mas agora são tão poucas
deslocadas, sem foco ou razão
Que quase nada me causam
Além da costumeira tristeza
Última certeza que restou na vida.
Edson Ricardo Paiva
Sempre existe algo que se aprende com a dor, o importante é avançar sobre ela, pois a chuva não cai para sempre e é necessário sermos nós a regar, pois só assim se pode respirar o aroma das flores da primavera e saborear livre e pausadamente o amanhecer do verão.
Você já parou pra pensar quantos livramentos Deus te deu quando mandou chuva sobre a terra e você murmurando não pôde sair de casa ?
Amar é como se molhar na chuva e quando o sol brilhar você lembrar que precisa da chuva pra sobreviver
Se tua noite for de luar, que estes te iluminem de esperança; se tua noite for de chuva, que as gotas na janela te inundem de paz. Se nao houver luar ,noite de estrelas ou gotas de chuva, olha dentro de ti e sente o calor que te aconchega e te renova a cada instante na mutabilidade constante.
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