Chimarrão
Enquanto o Sol não raia no horizonte, mato a saudade do meu canto, com a cuia e a bomba, misturando a água, o mate e o pranto.
Corda bamba
Se eu pudesse agora
Escrever a minha história
Eu começaria do final
Quando já fosse bem velhinha.
Ainda saudável aos 90
Com meu véio em minha casinha
Acordando sempre cedo
para regar minhas plantinhas.
No almoço aquela comida caseira
Com os filhos todos a mesa
Nos visitando todos os dias
E trazendo a sobremesa.
Final da tarde um chimarrão
E muitos casos para contar
Para os nossos lindos netinhos
Que sempre vem nos visitar.
Ah seu pudesse continuar
E soubesse onde estou indo
Seria lindo contar
passo a passo do meu destino.
Seria um peso a menos
Na minha mente tão cansada
Saber o meio e o final
Dessa breve ou longa caminhada.
A incerteza do final
Me faz viver na corda bamba
Ora estou bem, ora estou mal
Mas sigo com esperança.
Crer na existência de Deus
Me leva ao menos a uma certeza
Terei um lar feliz no céu
E mais nenhuma tristeza.
Talevi, J.
Me agrada a simplicidade
Foi Deus quem me fez assim,
Quem não gostar do meu jeito
Tampouco importa pra mim.
Eu só preciso de ti aqui do meu lado, um rancho, 3 filhos correndo pelo galpão, e como consequência, um mate e a felicidade, fazendo jus a nossa união.
A chuva me traz a saudade.
O mate me traz o sabor.
O sabor me traz a lembrança,
dos beijos do meu amor.