Cheiro Lembranca
Quando menos espero
lá vem uma lembrança velhíssima!
Como se eu fosse ao "arquivo da memória"
e de lá trouxesse uma ficha gasta pelo tempo,
talvez importante apenas para mim.
Pessoas que nelas aparecem já não estão mais por aqui,
apenas nas histórias que delas escrevo na vã tentativa
de tê-las novamente ao meu lado, conforta-me, porém,
o fato de trazê-las aqui, bem guardadas na alma. Cika Parolin
A simples lembrança
de uma flor ofertada
explode num turbilhão de pensamentos!
O que foi, o que poderia ter sido...
O antes que não teve depois!
Cika Parolin
Força diante da fraqueza; alegria diante da lágrima e lembrança diante da saudade são duetos que invadem o coração enlutado.
Infância:
Oh, doce infância!
Tempo que não volta nunca mais
São memórias de um passado
Lembranças de uma velha história
Que voam com o tempo.
Oh, doce infancia!
Que saudades eu tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância vivida
Eram tempos muito bons
Que não voltam nunca mais
Toda lembrança remete-me a um ser, sendo este responsável pelo o que eu sou e também por tudo que serei.
Você é o segredo o qual escrevo
A lembrança que não esqueço
Mas que escrevo
Pelo fogo do desejo.
Você é o sentido que descrevo
Porque sou paixão
Paixão ardente nessa mão
Nessa mão que escrevo.
Vim de longe
Voei na mão do vento
Me tornei leve
Me esvaziei, porque foi preciso
Porque foi preciso te esquecer.
Amo o dia e à noite
Mas não posso amar os dois
Há de deixar o dia
E permanecer na noite
Ou há de deixar as sombras
E viver à luz do dia.
O dia é intocável
A noite a todos toca
Mais se vai como uma criança.
Tem noites que tem lua
E outras que não tem
Prefiro o dia
Porque sempre haverá um sol.
Nessa manhã, igual a tantas outras,
vieram-me à lembrança os nossos dias.
Não olhamos mais as mesmas paisagens,
nem nossos caminhos tornarão a se cruzar!
Estás em outra dimensão, porém existes dentro de mim,
mais vivo do que nunca, meu irmão,
nos laços perenes que nos unem.
Cika Parolin
Gratidão é reviver a lembrança que sorriu ou feriu, fazendo dela uma ponte de travessia para a mente feliz.
Lembrança póstuma
Para não dizer que o mundo perdeu-se de seus amores
Para não desver as flores, ao longo do tempo, com opaco das cores.
Para não fazer-se carrasco, aos nobres olhos dos doutores
Para sempre levares como epifania, a parábola dos sofredores
Para assim, carregar na penumbra, a claridade dos autores
E enfim, fazer-se-a, a vontade dos seus senhores…
O tempo que passa já passou
Os momentos que a vida eternizou
E fica na lembrança aquela criança
Tão cheia de esperança
Vidas passageiras e esquecidas
Na eternidade tempo e espaço
Mas vou lembrar daqueles
Que me fizeram rir e me levantaram
Eu, tu, nós todos somos nuvem passageira
Nessa linha temporal a vida é ligeira
Já somos frágeis e o tempo nos enfraquece
Mas mesmo assim sou feliz e lhe agradeço
Toda vida percorrida
A vida é bela e curta
Por isso decidi
Viver cada dia como se fosse o ultimo.
Sem sentimentos.
Fechei os olhos e a lembrança passou em minha memória,
Como um slide de fotos...
Revivi cada cena que se passava em minha memória.
Fiquei paralisada e de olhos fechados,
Senti as lágrimas escorrerem em meu rosto.
Senti meu coração pulsar, chorei ainda mais,
Soluçando sem parar, com uma dor forte em meu peito.
Veio em meu interior a vontade de correr
Para os seus braços e matar as saudades dos momentos.
Abri os olhos sem ter mais lágrimas para chorar,
Gritei seu nome, pensei e perguntei, falando alto para
ninguém...
Por onde andas, por onde está, o que está fazendo,
No que está pensando, com quem está,
Será que se lembra de mim,
Será que faço parte de suas lembranças?
Sem respostas, caiu a ficha,
Coloquei em minha mente,
Que o meu destino não é com ele e o dele eu não sei.
Só sei que fiquei perdida e sem direção.
Preferi seguir sem sentimentos para essa loucura.
E não buscar respostas, sentidos e nem mesmo solução.