Cheiro Lembranca

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Não vivo do passado, e sim da lembrança.

O passado tornou-se uma vaga lembrança, bonita, mas guardada... Como uma peça de roupa que gostamos de usar, em algum momento ela torna-se repetitiva, compramos roupas novas, aquela é deixada de lado.

No labirinto do seu olhar eu me perco,mas com a sua lembrança eu penso , em um dia me libertar dos labirintos do seu olhar , achando assim a entrada de seus pensamentos pra fazer com que você só pense em mim.

AS TANTAS ATIVIDADES NÃO DEIXARIAM QUE EM MIM, A LEMBRANÇA DESTE SEU DIA TÃO ESPECIAL, PASSASSE DESPERCEBIDO*

A imaginação nada mais é do que a lembrança de outras eras.

Há momentos que faltam palavras

Ainda me lembro daquela tarde,
não era vaga como estas lembranças,
O sol era forte, e arde
E nos lábios poderia sentir uma fala de pobres esperanças.

Ainda me lembro daquela noite,
Andar sem rumo em busca de ouvir apenas uma frase boa,
E que sempre um abraço era um conforto forte,
pAra uma pessoa que está a caminhar pelos cantos da rua.

Ainda me lembro de tal instante,
Que correr pelos cantos da casa,
Tornava-me uma criança distante
Com esta pequena asa.

Ainda me lembro que momentos são guardados como fotografias,
E sem o uso de atos. foram expressas no geral,
Pois no dialógo de uma vida toda, faltaram palavras,
Para que completasse o sentimento final.

Ainda me lembro das cartas que me escrevia,
guardar em uma gaveta, era fácil demais,
Eu poderia tê-las em minha memória e, sempre temia
Que com o entulho delas, ainda farias barcos de papel, mais e mais...

Acordei com o seu gosto
E a lembrança do seu rosto
Porque você se fez tão linda

Mas agora você vai embora
Quanto tempo será que demora
Um mês pra passar

A vida inteira de um inseto
Um embrião pra virar feto
A folha do calendário
O trabalho pra ganhar um salário

Mas daqui a um mês
quando você voltar
A lua vai estar cheia
E no mesmo lugar

Se eu pudesse escolher
Outra forma de ser
Eu seria você

E a saudade em mim agora
Quanto tempo será que demora
Um mês pra passar

Ser campeão da copa do mundo
Um dia em Saturno
Pra criança que não sabe contar vai levar um tempão

Daqui a um mês
quando você voltar
A lua vai estar cheia
E no mesmo lugar

Permita que todas as mágoas, raivas, decepções e tristezas fiquem somente na sua lembrança e assim não tirem o lindo sorriso dos seus lábios.

Guardo teu sorriso meigo na lembrança na esperança que um dia ele sorria me desejando.
Guardo teu olhar carinhoso na lembrança na esperança que um dia ele me deseje no olhar.
Guardo teu jeito moleque na lembrança na esperança que com esse teu jeito me arrebates com um simples abraçar.
Guardo teu sorriso, teu olhar, seu jeito moleque na lembrança, na esperança...
Oh esperança que me consola que me afoga que me faz respirar.... VIVER a te esperar. (DESEJAR)

A minha mais bonita lembrança é a dos teus olhos escandindo a noite para desenhar em meu corpo os poemas que só tuas mãos conseguiam escrever.

POIS É

A verdade pode durar uma vida inteira, perseguir uma mulher madura, assaltada de lembranças provocadas por uma amiga que mexe com uma varinha "o fundo lodoso da memória". E, de repente, a avó percebe uma convulsão na sua realidade, porque de repente outra verdade se sobrepõe. Explica. Reduz. E ao mesmo tempo amplia. Pois é. A verdade, em Lygia Fagundes Telles, é tão crua quanto esclarecedora. O que está em seus contos é a vida, sua própria e de outros, tão real e tátil como o chão áspero de cimento.
Reli, com assombro renovado, seu Papoulas em feltro negro, que ela incluiu no livro "Meus contos preferidos". Em onze páginas, Lygia roteiriza, organiza, sumariza, romantiza, anarquiza e enfim suaviza e cicatriza uma vida inteira.
Ojeriza.
Fuga.
Medo.
Ansiedade.
Mentira.
Não foi sem intenção que a narrativa das memórias suscitadas por um telefonema se concentre na latrina do colégio. Era o ponto da tangência. O ponto da fuga. A casinha fedorenta era melhor do que a sala de aula, com aquela presença esmagadora, opressora da professora castradora. Mentira! Tão bem dissimulada que pareceu verdade, por cinqüenta anos. E a verdade, um dia, lhe atinge a face como a aba de um chapéu de feltro, ornado de papoulas desmaiadas.
A memória é sinestésica. E os elementos formais estão ali, polvilhados no conto de Lygia, a declarar a ação dos sentidos. O tato da memória traz a aspereza do giz, o suor das mãos, o pé que esfrega a mancha queimada de cigarro no tapete. A audição da memória pede que se repita a Valsa dos Patinadores, como se repetiu a lembrança pela voz da companheira sessenta e oito, da escola primária. Mas o cheiro da memória remete, primeiro, a urina. A latrina escura. E eis a visão da memória a denunciar a obliteração. Negro quadro-negro. Trança negra. Saia negra. Feltro negro.
No meio do negrume, o sol reflete o seu fulgor majestoso na vidraça. É o esplendor do flagrante descobrimento. "O sol incendiava os vidros e ainda assim adivinhei em meio do fogaréu da vidraça a sombra cravada em mim." Dissimulação - mesmo em meio a tanta luz, há uma sombra. É uma sombra que persegue a personagem até o reencontro com a professora. Sombra, por definição, é uma imagem sem contornos nítidos, sem clareza. Como a professora, morta-viva, "invadindo os outros, todos transparentes, meu Deus!" E Deus, que sombra é esta a que chamamos Deus?
Pois é. Neste conto de Lygia, o gosto da memória, ou a memória do gosto, está ausente. Não se manifesta o sabor. Por que não se manifestou o saber, é por isso?
O conto é partícula de vida. É meio primo da História. Mais do que eventos, registra caráter, caracteres, costumes, clima, ambiente, formas, cores, preferências, gostos. O conto é uma das modalidades da história feita arquivo. Por isso conto, contas, contamos. O conto oral é o livro em potência, a história em potência. Ambos pertencem a quem os usa, e a quem de seus exemplos faz uso.
A escola deve ensinar a ler. Mas também deve ensinar a ouvir. Por isso, também na escola, que é um complemento da família, é preciso haver quem conte histórias. Como Lygia, que nos faz lembrar que é preciso haver a lembrança de uma infância vivida, o acalanto de uma voz querida, contando histórias, ilustrando a vida.
Lygia é de uma franqueza pontiaguda.
Este conto, em especial, é uma escancarada confissão de humanidade. A personagem é Lygia, ou qualquer um de nós. A personagem é frágil. Conquanto pensasse, a vida inteira, que era forte. Imaginava-se executora. Conquanto pensasse, a vida inteira, que era executada. Humana, enfim. Eis a verdade. Eis Lygia. Pois é.



Jornal das Letras, edição de agosto de 2007

Não é porque a lembrança existe, que o sentimento permanece..

Todo domingo é meio lembrança, meio começo, meio cansaço, meio maçante, meio preguiça,
meio esperança.

Tenha sempre na lembrança
Que Jesus é a esperança
De quem tem saudade e dor.

MINHA ESPERANÇA

G. Collyer

Tenha sempre na lembrança
Que Jesus é a esperança
De quem tem saudade e dor

Com Ele vivo na bonança
O que faço não me cansa
Pois guardo firme seu amor

O futuro Ele é quem sabe
Que a fé nunca se acabe
A vida assim tem sabor.

Guardo vivo na lembrança
O que aprendi quando criança
Que minha mãe me ensinou.

Disse ela com fervor:
"O Senhor tá lá em cima
Foi Ele que nos criou

Jesus por nós tem estima
Ele tá com o Pai lá em cima,

Ele quer que nos amemos
E ao próximo nosso irmão,

E no coração nós guardemos
Seu nome com devoção.

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19.05.2011

"Uma máscara cai, uma lembrança morre, mas use sua esperança para fazer uma identidade verdadeira e memórias para todo o sempre."

Tudo que permanece na lembrança não tem fim. Nós apenas encerramos um ciclo, foi bom pra mim, foi bom pra você, e trouxe várias e várias experiências. Não vamos gastar tempo nos maltratando e pensando no que poderia ter sido, porque o que tinha que ser, já foi. Entra no barco comigo, não precisa está tão perto assim, eu prometo ficar quietinha, deixando você apreciar a paisagem linda que é a vida enquanto ela vai nos guiando... até as pedras se encontram, por que nós não? Um dia, em meio ao meu desespero escutei isso de você: - calma, tudo tem seu tempo!

“Você acha que se curou, daí vem aquele dia, em que a lembrança volta, bate na porta, e você, se achando forte a deixa entrar, e percebe que todo aquele remédio anti-ele não fez efeito.”

Detesto coisas boas passageiras, não pela saudade deixada, mas sim pela lembrança que fica.

E quando eu penso que te esqueci vem a lembrança inesquecivel...