Cheiro
Saudade do que ainda não vivi.
Saudade do cheiro que ainda não senti.
Talvez não seja saudade e sim vontade de saber como é.
Não precisa ser forte, não precisa ser caro..
Só precisa ser aquele cheiro..
Aquele que me faz lembrar de tudo. .
De tudo o que me faz sentir..
O SEU CHEIRO.
entre toda minha vida, entre toda a minha historia ja conheci muitas, mas vc foi a unica que fez meu dia ter sol, minha noite lua, a chuva ter cheiro, as flores exalarem o que todo ser humano procura, essencia, e essencia achei em vc
Existem cheiros inesquecíveis.O cheiro do mar quando se chega em Salvador – uma licença poética, com licença.
Eu tenho o cheiro do pecado (às vezes, até de enxofre), mas sou um sujeito puro (com aquela essência de alecrim que inspira paz).
Chove lá fora...
Ah, de repente vem
um cheirinho
de terra molhada,
sensação de paz na alma
e gratidão pela minha jornada.
Como que eu vou dizer pra ela
Que eu gosto do seu cheiro
Da cor do seu cabelo?
Que ela faz minha pupila dilatar?
A vida sempre nos surpreende, e do nada arranca os espinhos e nos presenteia com flores. Sua presença em mim tem cheiro de jardim.
Não ligo para q horas são, más quero toda hora o seu beijo .
Não ligo para qual dia é, más me sinto bem por estar ao seu lado.
Não ligo para o quanto estou mal, quando vejo seu sorriso, me sinto completo.
Não ligo para nada q não tenha seu nome, seu cheiro, seu olhar ou seu gosto...
Seu cheiro ficou comigo
Após este breve adeus
E ter-te nos braços meus
Ficou a inocência de seu odor
Misturados com seu calor
Nos labirintos do lençol
Enlaçados com a turbação
Do pensamento sem noção
Gravados no sentimento
Inebriando o contentamento
Com resíduos de nossa paixão
Que naufragaram na minha emoção
É pura essência de hortelã
Que bem cedo, ainda pela manhã
Exala por todos os meus poros
Em eternos cânticos sonoros
Dissolvendo minh'alma em ti
Acordando o meu coração
Marejado de saudosa comoção
Da necessidade de você ter partido
Mas, seu cheiro ficou comigo
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/02/2019
Rio de Janeiro, RJ
O que eu vou levar pra minha casa
Depois de passado meu tempo, quando na lista infindável dos dias impressos no calendário já não houver junhos para mim, de volta pra casa vou levar sem arrependimentos:
Muitos sorrisos que dei. Algumas risadas esparramadas nas conversas com minha mãe; detalhes do olhar que meu pai tinha sobre tudo; os laços que tenho atados aos meus irmãos; muitas músicas; a surpresa diante de qualquer pássaro. Diante de qualquer beleza que voa; o silêncio diante das belezas – que sempre foram minhas mais indescritíveis preces.
Vou levar alguns sábados à tarde, e algumas sextas-feiras inesquecíveis. E a lua.
Vou levar muitos textos que amei; as cores das flores e do céu. Vou levar pedaços bem grandes dos outonos e suas luzes mágicas. Vou levar meus amigos, tios e tias, primos e primas e minhas histórias de infância. Vou levar meu amor incondicional pelas árvores e pelo que há de mais pequeno e verde. Vou levar as pequeninas flores do campo e sua singeleza coberta de manhãs.
Vou levar minhas meninas margaridas, porque sem elas nenhum lugar será completo. Vou levar o que tenho sido e o que não consegui ser. Vou levar meus meninos – a filha e o filho que criei. Vou levar o barulho das águas que habitam o mundo das mais variadas formas até chegarem ao lugar em que, juntas, se chamam mar.
E do mar vou levar o cheiro. E vou levar as palavras, porque sem elas não há salvação.
Vou entregá-las a Deus e deixar que Ele escreva em mim o último, o derradeiro, o mais perfeito poema.
E que, assim, eu possa ver a verdade – que a morte é simplesmente o jeito que Deus tem de nos fazer poesia.
A inveja, quando se instala em sua casa é como um mofo que se espalha aos poucos e você sente o cheiro do desconforto, mas se não elimina o foco, grande é o estrago que ela te causa.
— Jucelya McAllister